As Crônicas Artonianas estão de volta após uma nova e longa pausa. Durante anos alimentei este blog com carinho especial, carinho que nunca diminuiu, ao contrário do tempo do mestre. Muitas aventuras ainda foram vividas pela turma de Anix, Orion e companhia, após a chegada a Triumphus. Entretanto, infelizmente os jogadores cresceram, o poder subiu à cabeça e acabaram se transformando naquilo que mais odiavam: Digimons! Pisadas na bola consecutivas e cada vez piores me levaram a encerrar a campanha antes da história ter tido sua conclusão. O grupo foi desfeito, mas o desejo de jogar, mestrar e de continuar escrevendo nunca desapareceu.
Assim o tempo passou, uma nova tentativa foi feita com outro grupo, que também não deu certo (felizmente, agora reconheço). Então dei uma pausa geral e me afastei do escudo de mestre. O tempo passou mais uma vez, veio a 5ª edição do RPG Dungeons & Dragons, para a qual eu não dava a mínima bola (a horrível, em minha opinião, 4ª edição me afastou de vez do sistema, optando por ficar com o material que já possuía e por buscar um outro sistema que fosse tão completo e versátil, porém mais simples). Isso perdurou até que numa brincadeira de Facebook um amigo postou os seus 10 livros preferidos e entre eles estava o novo Livro do Jogador. Surpreso, contatei-o e perguntei se o jogo era assim tão bom. A resposta foi mais ou menos essa: “está f*da. É a melhor edição do jogo"! Bem, curioso e em busca de algo que substituísse minha tão amada 3.5, fui dar uma olhada na internet. Baixei o conteúdo pdf oficial e comecei a ler, ainda com desconfiança. Mas, para minha agradável surpresa, encontrei finalmente o que procurava. Devorei o starter set em 1 semana, comecei a comprar os livros pela Amazon e em menos de um mês começamos a jogar.
Desta vez um novo grupo foi formado, mantendo apenas um dos dois jogadores que ainda valiam a pena da turma antiga (Sim, o Anix continua, mas o Orion foi pra facul) e seguindo a premissa que levou à formação do grupo anterior e que rendeu 8 anos de bom rpg. Jogadores descontentes em outras mesas, outros que nenhuma ou poucas oportunidades tiveram de jogar uma campanha regular foram convidados. Estava formada uma nova turma de “excluídos”, jogadores marginalizados por outros grupos se juntaram para rolar dados e interpretar seus personagens.
O resultado? Bem sistema novo e muito bom, jogadores cansados de “mimimi” e dispostos a jogar, trouxeram de volta a mesma empolgação de quando os “(ex)Escolhidos” começaram suas aventuras. Hoje, praticamente 5 meses após a reunião inicial para criação dos personagens, o grupo está cada vez mais coeso e engajado. Novamente as cenas, situações e plots começam a surgir espontaneamente, tornando o jogo vivo, interessante, intrigante e divertido.
O grupo é novo, os personagens são novos, a história é nova, mas o cenário ainda é o mesmo. Continuamos a nos aventurar por Arton, a desbravar os mistérios nunca antes explorados pelo grupo antigo. E a cronologia foi mantida. Agora estamos 2 anos no futuro, após o grupo de Anix ter vencido o labirinto de Triumphus, a Pirâmide do Sol no Deserto da Perdição, o Torneio das Trevas em Sombria e ter recuperado algumas das jóias das almas. Enola já está liberta, após ter despertado poderes de meio-dríade, e vela os corpos das outras damas, enquanto seu marido continua a missão. Anix, Orion e seus companheiros continuam vivendo suas aventuras, mesmo que a campanha antiga não tenha mais suas sessões de jogo.
Agora o foco é em um novo grupo de heróis, que se conheceu involuntariamente e foi obrigado a se unir para combater um enorme mal. Um mal cujas proporções são gigantescas e que agora começam, aos poucos, a serem reveladas. Um mal que os próprios Deuses ignoram, já que no momento estão ocupados tentando consertar as cagadas de Legolas e companhia, tentando impedir que todos os selos sejam quebrados e a criação seja aniquilada. As aventuras do antigo grupo apareceção aos pedaços, a conta-gotas, à medida que os novos heróis forem tomando contato com elementos da campanha antiga e se envolvendo numa trama muito maior e universal. Crossovers ocorrerão ocasionalmente e a nova campanha interferirá na velha. Com a corrupção de Legolas, Squall, Nailo e etc., restou a Orion e Anix prosseguirem sozinhos com a missão de salvar as almas aprisionadas por Zulil.
Os novos heróis enfrentarão perigos ainda maiores que os seus antecessores e, espero, sairão vitoriosos onde os outros falharam. A nova jornada não será nem um pouco fácil, envolverá sacrifícios e definirá o destino de Arton. Será um caminho longo e penoso. Será uma Jornada de Sangue!
Ao final disso tudo, o mundo conhecido mudará radicalmente, Deuses cairão, heróis poderão ascender, dimensões entrarão em colapso e a verdade por trás do Destruidor de Mundos finalmente será revelada.
Desta vez, entretanto, a narrativa será diferente. Mais um relatório dos eventos do que um romance rebuscado, um material de consulta para mestre e jogadores. No futuro, quem sabe, eu não seja novamente capaz de dispender tempo para escrever em minúcias estas aventuras? O importante é que o show sempre deve continuar e é o que vem ocorrendo desde outubro de 2014 de forma surpreendentemente agradável.
Aos que lerem estes relatos mal e porcamente escritos, meu muito obrigado e sejam novamente bem vindos às Crônicas Artonianas, sejam bem vindos à Jornada de Sangue.
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