junho 28, 2010

Capítulo 368 – Orion desarmado




Nailo cruzou a porta que dava acesso a uma sala grande, na borda da torre. Seus amigos já estavam todos reunidos, combatendo estranhas criaturas construídas a partir de partes de corpos de seres diferentes. Eram golens feitos de carne, conforme Anix explicou posteriormente. As quatro criaturas possuíam asas dracônicas e voavam, ainda que desajeitadamente.

junho 23, 2010

Diário de Campanha em PDF para download

Prontinho, finalmente terminei a recaitulação e já fiz upload dos arquivos dos outros volumes do diário. Ao todo são 4 volumes disponíveis no momento. O 5º volume está na fase final, mais uma ou duas sessões de jogo e eu já o encerro e dou início ao próximo (e, creio, último) volume da campanha. Seguem abaixo os links para baixar os 4 arquivos. Depois vou criar um post fixo para deixar os pdfs e outros links interessantes disponíveis para vocês se divertirem.

Diário de Campanha - Volume 01
Diário de Campanha - Volume 02
Diário de Campanha - Volume 03
Diário de Campanha - Volume 04

junho 22, 2010

Acabando...

Mais uma postagem no ar, ainda com uma defasagem em relação às sessões de jogo. Já estamos no final da masmorra, falta apenas uma sala, apenas um desafio para "zerarmos" esta aventura, e também esta etapa da campanha. Mais uma fase está chegando ao fim, acredito que em mais uma ou duas sessões nós terminaremos Coração da Espiral da Presa Noturna e passaremos para a nova fase da trama. Mais um plot twist vem ai, para surpreender (e irritar) os jogadores e novos desafios a serem vencidos. A próxima fase será curta e depois termos uma outra de duração média que antecede o grande finale.

Capítulo 367 – Servo do mal



Após vencer o combate, todos deixaram o corredor em chamas e respiraram por alguns instantes. Enquanto descansavam, investigaram os locais ao redor, a sala onde os genasis estavam escondidos até entrarem no combate, a sala dos inumanos, o próprio corredor. Havia uma porta no final do corredor, depois dele se dobrar para a esquerda e havia outra, lacrada, ao lado daquele em que Orion e Nailo tinham destruído os mortos-vivos.
_ O que será que há atrás daquela porta? – perguntou Legolas, curioso.
_ Não sei, mas seja o que for, é importante. Olhe aquele desenho – respondeu Anix, apontando para um círculo rodeado de símbolos mágicos inscrito na porta.
_ Bem, vamos descobrir! – disse Orion, levantando-se e chutando a porta com força. A pedra estremeceu ante o pé do humano, mas, ao invés de ceder, revidou o golpe com uma potente descarga elétrica. Uma armadilha mágica lacrava a passagem.
_ Deixem comigo, vou entrar lá e ver o que há lá dentro – disse Legolas, retirando de sua mochila um elmo em forma de cabeça de chacal. O arqueiro colocou o elmo que pertencera à múmia em sua cabeça e se concentrou, ativando o poder mágico da peça. Legolas desapareceu, teletransportado para algum outro lugar.
Os companheiros gritaram por Legolas, esperando que ele respondesse de além da passagem lacrada. Mas o silêncio e o crepitar das chamas foram as duas únicas respostas que ouviram.
_ Idiota! Magia de teletransporte não funciona aqui dentro. Só os aliados de Gulthias conseguem utilizá-la aqui – bufou Anix. – Venham, vamos procurá-lo. Ele pode estar em qualquer lugar da torre, ou até mesmo fora dela – o mago chamou os companheiros e se dirigiu para a saída.
_ Nós ficaremos aqui, Anix – disse Nailo. – Não perderemos o terreno já conquistado para nossos inimigos. Esperaremos vocês voltarem.
Novamente os heróis se separaram. Anix, Lucano e o grupo de Luskan foram em busca do arqueiro, enquanto Nailo, Orion, Squall e Mexkialroy os aguardavam.

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Anix encontrou Legolas caído do lado de fora da torre, aos pés do desfiladeiro. O elfo estava inconsciente e seu corpo trazia as marcas de inúmeros ferimentos. As marcas no chão revelavam que ele tinha caído de uma grande altura, possivelmente rolando penhasco abaixo, o que explicava os cortes e arranhões.
Lucano usou sua magia divina para curar o corpo do amigo. Quando finalmente despertou, Legolas contou o que lhe acontecera:
_ Eu me teleportei, pensando que ia conseguir entrar na sala lacrada. Mas apareci dentro de um lugar apertado e escuro. Percebi que era um tubo de ferro muito comprido. Ai lembrei daquele cano onde o tal de Oggunon estava aprisionado. Ouvi um som de alguma coisa rastejando abaixo de mim e desejei sair dali. O elmo me transportou para um lugar ainda mais apertado, era como se eu estivesse dentro da montanha. Senti meu corpo sendo puxado com força através da rocha e desmaiei. Achei que tinha morrido, mas parece que dei sorte desta vez.
_ Sim, foi muita sorte. Principalmente agora que você já gastou a sua pulseira para matar a múmia­ – disse Lucano. – Ainda bem que você está vivo.
_ Bem, vamos voltar logo. O Nailo pode estar precisando de nós – sugeriu Anix. Todos concordaram.

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Uma hora já havia se passado desde a partida de Anix. Impaciente, Orion se levantou, decidido a arrombar a porta. Nailo se juntou a ele juntos os dois conseguiram por a barreira abaixo. Uma saleta diminuta se revelou e dentro dela o ruído metálico de correntes revelou a presença de seu ocupante. Um ser parecido com um humano na forma e tamanho estava diante dos heróis. Era envolto por grilhões e ferro, como se fossem mortalhas, todas terminando em um gancho, uma lâmina ou uma bola pesada e cheia de cravos pontudos. As inúmeras correntes serpenteavam e deslizavam pelo corpo da criatura, como se estivessem vivas. Um círculo mágico traçado no chão com pó de prata, idêntico ao que havia na porta, selava o ser em uma prisão que poderia ser eterna.
_ Um Diabo das Correntes! – exclamou Anix, perplexo, que acabava de chegar de volta ao corredor.
_ Diabo? Vamos destruí-lo! Ele é maligno! – gritou Luskan.
_ Esperem! – pediu o diabo. – Ouçam o que tenho a dizer primeiro.
O diabo, um kyton, como ele mesmo explicou, era prisioneiro de Gulthias há muito tempo. Seu nome era Rhunad, e revelaria tudo o que sabia sobre o vampiro e sobre seu covil, caso fosse libertado pelos heróis. A criatura desejava apenas retornar ao seu mundo de origem, onde seu mestre o aguardava, certamente com um castigo preparado para puni-lo por sua longa ausência.
_ E qual é o nome de seu mestre? – perguntou Orion.
_ Gehörnt! – respondeu o kyton, causando espanto.

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Ashardalon, dragão de extremo poder, era adorado como um deus pelos mortais. Em sua ânsia de poder, a criatura arrancara o próprio coração e o substituíra por um demônio, tornando-se ainda mais forte. Porém, Ashardalon morrera eras atrás, sem deixar evidências do paradeiro de seu corpo. Seu coração, entretanto, fora resgatado e colocado no centro da torre por seus devotos insanos. O culto, determinado a seguir sua divindade até a morte, ritualmente, no decorrer de vários anos, transformara o santuário em uma cripta comunitária. Finalmente, todos cometeram suicídio em massa, o que estranhamente trouxe o coração de volta à vida, sobrecarregando-o com energia negativa. Gulthias, o líder do culto, fora transformado em um vampiro e por possuir forte vínculo com o coração, fora capaz de utilizá-lo para reviver outros fiéis como mortos-vivos. Para seu azar, Gulthias fora derrotado em tempos passados e aprisionado no fundo de uma fortaleza arruinada, onde esperou por anos até que alguém aparecesse para libertá-lo. Agora o vampiro estava de volta, reerguendo o culto a Ashardalon com a ajuda de aliados poderosos e com a promessa de trazer de volta à vida o dragão-demônio.
Rhunad relatou ao grupo tudo o que sabia a respeito de Gulthias e seus aliados. Infelizmente ele passara anos aprisionado dentro da sala após ser invocado para o mundo físico por um ritual mágico executado pelo vampiro chefe, portanto Rhunad pouco sabia sobre os novos aliados de Gulthias.
_ Por mim isso basta – disse Nailo. – Acho que você já sofreu demais ficando trancado aqui e sinto que você não está mentindo, portanto, não vejo problemas em libertá-lo.
_ Concordo! – disse Squall. – Mas, tenho uma proposta a lhe fazer. Por que não nos acompanha? Você nos ajuda e se vinga de Gulthias. O que acha?
_ Agradeço a oferta, mas devo recusá-la. Como lhes disse, devo retornar o quanto antes para meu mestre, e receber a punição por ter me ausentado tanto tempo. Quanto mais me demorar por aqui, maior será minha punição. Por hora me contento apenas em partir para meu lar e em saber que Gulthias já tem seus algozes. Torço por vocês neste embate e, caso venham a ser derrotados, então retornarei algum dia para obter minha vingança contra o vampiro. Uma última informação que os ajudará. Gulthias observa tudo que se passa na torre através das pedras com a marca da árvore, a forma que ele assumiu durante o tempo em que esteve paralisado com uma estaca de madeira em seu peito. Ele também pode se transportar magicamente para esses locais conforme sua vontade, tome cuidado. Outra coisa, ele se refugia no centro da torre. Vocês devem acessá-lo pelas catacumbas no subsolo e não há meios de penetrar em seu esconderijo por magias de teletransporte ou parecidas. O local é selado magicamente, somente aqueles que têm vínculo com o coração de Ashardalon podem usar meios mágicos para chegar ao centro, todos os outros só podem chegar até lá pela porta normal.
_ Bem, obrigado pela informação – falou Nailo. - e o que fazemos para libertá-lo, então?
_ Basta que desmanchem a barreira ao meu redor. Desfazendo o círculo rúnico eu poderei partir.
Nailo já esticava o pé para dentro da saleta, afim de desmanchar o desenho no chão, quando um barulho chamou-lhe a atenção. O som de uma porta se abrindo no final do corredor veio acompanhado do chamado de Squall.
_ Encrenca. Temos companhia! – alertou o Vermelho. Squall bateu as asas e voou de encontro aos inimigos, Legolas, Anix e os demais o seguiram.
_ Rhunad, ajude-nos a derrotá-los, e então poderá ir embora – pediu o ranger.
_ Este não era o nosso trato, mas concordo com a proposta. Ajudarei vocês nesta batalha e então partirei.
Nailo espalhou o pó colorido do chão e este perdeu seu brilho mágico. O diabo sorriu com malícia e então comemorou.
_ Livre! Finalmente livre! Vamos, elfo. Vamos matar novamente!
As correntes ao redor de Rhunad se agitaram como serpentes, como se tivessem vida própria. O diabo saltou por cima do Guardião e correu pelo corredor de encontro aos demais. Nailo levantou-se rapidamente e o seguiu.

junho 03, 2010

Capítulo 366 – Corredor em chamas



O sol raiou no céu de Galrasia, banhando a ilha pré-histórica com calor e luz. Era o vigésimo quarto dia do mês e o olho de Azgher brilhava intenso já muito acima do horizonte quando os heróis despertaram de seu pesado sono. Seus corpos cansados e feridos estavam doloridos devido às intermináveis lutas na noite anterior. Mas o cansaço vinha acompanhado de satisfação e alívio, pois um poderoso inimigo havia sido finalmente derrotado. O caminho até Zulil e até o resgate das almas de suas amadas tornava-se menos difícil. Entretanto, ainda havia uma árdua jornada pela frente, na qual os heróis estavam em clara desvantagem.
_ Nossos inimigo não cansam, não precisam se alimentar, não precisam dormir. Já estão mortos, ao contrário de nós – comentou Legolas, mastigando um naco de pão criado magicamente por Lucano. A constatação de que os mortos-vivos possuíam algumas vantagens em relação aos vivos dava um pouco de crédito às crenças de Zulil.
_ Sim, Legolas tem razão – concordou Anix. – Precisamos pensar em algo para impedir que eles tirem vantagem disso.
_ Proponho trocarmos o dia pela noite! – sugeriu o arqueiro. Seu semblante era sério e uma névoa fina e gelada o cercava. – Nossos inimigos se escondem durante o dia, por medo do sol. Dormiremos também durante o dia e recuperaremos nossas forças sem temer novos ataques como o de ontem. Assim, quando chegar a noite e nossos inimigos despertarem, nós também estaremos acordados e a plenas forças para combatê-los!
_ É uma boa idéia! – concordou Orion. Nailo, e os outros balançavam as cabeças positivamente, também aprovando a sugestão.
_ Tolos! – rugiu Mexkialroy, com escárnio. Diante do assombro de todos, Kátia parecia a única a concordar com dragão. – Tu o disseste, elfo. Nossos inimigos repousam durante o dia, enquanto estamos acordados. Logo, estão todos vulneráveis, indefesos, enquanto o sol brilha. Aproveitemos esta chance para acabar com a maior quantidade deles antes do anoitecer. Quando a noite finalmente chegar, estaremos em vantagem, já que o número de oponentes estará reduzido.
_ O dragão está certo! – completou a halfling. – Além disso, podemos montar turnos de guarda durante a noite, e contamos com magias para nos alertar da presença dos inimigos.
_ Sim, eu posso vigiar durante a noite – voluntariou-se Galanodel.
_ Vejam elfos! Não há o que temer! Ao invés de nos acovardarmos, devemos atacar com todas as forças. Vamos massacrar esses vermes podres como fizemos na noite anterior. Agora levantem e vamos logo mastigar os nossos inimigos – o dragão azul se levantou, imponente, tomando a frente do grupo, como se o liderasse. Convencidos pelas palavras de Mexkialroy, os heróis se aprontaram e prosseguiram.
Minutos depois estavam novamente no andar abaixo deles, o quarto nível da torre a partir do alto. Nailo viu com assombro o emaranhado de pegadas que tinham pisoteado o chão, finalmente percebendo a dimensão real da batalha que haviam travado na noite anterior. Legolas abriu cuidadosamente a porta onde antes existia a armadilha mágica. Sem surpresas desagradáveis desta vez, o arqueiro avançou aliviado. Porém, sua mente, e as dos companheiros, se voltava para Relâmpago, preocupada com o destino final do companheiro de Nailo. Legolas, seguido dos amigos, avançou pelo salão onde a estátua de mármore repousava e abriu a porta que conduzia adiante, caindo na cilada de seus inimigos.
Uma rocha do tamanho de uma cadeira caiu em cima de Legolas, jogando o elfo para trás, ferido. O arqueiro olhou através da passagem e viu vários girallon no salão após a porta. O chão ao redor das criaturas estava cheio de pedras, prontas para serem arremessadas contra os invasores.
Uma flecha voou ligeira, antes que outra rocha pudesse ser erguida, e atingiu um dos monstros, ferindo-o com gravidade. Legolas invadiu o salão, seguido por Orion e Mex, que cuspia faíscas elétricas nas criaturas.
Os monstros revidaram, lançando rochas nos heróis com violência. Nailo tentou a diplomacia, mencionou a presença de Squall e prometeu libertar os símios. Mas uma voz metálica vinda do corredor atrás dos gorilas sepultou qualquer esperança de paz.
_ Não há herdeiro algum! Eles são impostores! Acabem com todos, ou serão castigados!


Impelidos pela ordem de seu mestre oculto, os girallon se armaram novamente. Nailo sacou suas espadas, frustrado. Teria novamente que matar inocentes para sobreviver. O ranger avançou, anda relutante, quando uma parede mágica e invisível se formou à sua frente, bloqueando uma das pedras arremessadas contra ele. Era Squall.
O feiticeiro invadiu a sala, já transformado em dragão, aterrorizando os girallon com sua presença e seu tamanho. Alguns gorilas fugiram para o corredor, outros paralisaram de medo e permaneceram no lugar e outro, ainda indeciso entre lutar ou não, desistiu do combate assim que Orion se aproximou dele e o ameaçou de morte.
Squall dissipou o muro de energia e cuspiu fogo nos gorilas amedrontados. Legolas e Orion atacaram o que parecia ser o líder dos símios simultaneamente, matando-o, enquanto Mexkialroy eletrocutava os restantes com seu poder. Nailo seguiu os inimigos em fuga pelo corredor. Os gorilas fugiam apoiando-se nas paredes com habilidade espantosa. Quando o ranger tocou o chão além do salão, entendeu o porquê da escalada. O piso estava todo coberto por uma grossa camada de óleo combustível, que se inflamou assim que um dos fugitivos atirou uma tocha ao solo. Nailo viu uma porta poucos metros à frente, na parede da direita, e já corria em direção a ela quando uma esfera de fogo voou de encontro ao seu corpo. O Guardião foi atingido por uma bola de piche em chamas, e seu corpo começou a pegar fogo. Desesperado, o ranger se debatia, tentando se livrar do piche incandescente, mas acabou escorregando e caindo no chão, piorando ainda mais a sua situação.
_ Esse fogo não me assusta! – rugiu Squall, vendo o corredor em chamas. O Vermelho avançou, seguido de Legolas que subiu em suas enormes costas para ficar a salvo das chamas. Ambos viram a situação desesperadora de Nailo, e viram os inimigos à frente. No final do corredor, protegido por uma barricada de entulho, um girallon disparava uma pequena catapulta carregava com bolas de piche flamejante. Mas os dois nada puderam fazer contra o inimigo ou a favor de Nailo, pois os girallon que viravam à esquerda no final do corredor, acionaram uma armadilha. Um dos macacos soltou uma corrente em seu caminho e uma pesada rede, feita de correntes de aço, se precipitou sobre Legolas e Squall. Os dois foram ao chão, presos a ele pelo peso das correntes. E a situação de Nailo se agravou ainda mais, pois agora ele também estava e imerso num mar de fogo.
No salão anterior, Anix fulminava os inimigos restantes com magia, tirando-lhes a vida. Um dos girallon, que estava paralisado de medo, foi derrubado por Orion e amarrado por Luskan e seus subordinados. Com a situação sob controle, Anix deixou o salão por conta de Luskan e os outros e voou para ajudar seus amigos no corredor. Disparou uma bola de fogo mágica contra o controlador da catapulta, deixando-o extremamente ferido e assustado. O mago ria, zombando do inimigo, quando uma pedra o atingiu, quase o derrubando no fogo. Os girallon que tinham fugido, retornavam ao combate, arremessando rochas no final do corredor, onde ele fazia uma curva para a esquerda. Furioso, o mago voou até os inimigos, disparando uma rajada de energia prismática contra eles, fazendo-os sentirem os mesmos efeitos da armadilha que tinham preparado no dia anterior. Dois deles caíram mortos pela magia, outro, assim como acontecera com Relâmpago, desapareceu, enviado para outra dimensão, e os demais ficaram gravemente feridos pelo poder do mago.
Mexkialroy e Orion juntaram-se ao grupo. O humano subiu nas costas de Squall, desajeitadamente, caindo diversas vezes. O dragão voou sobre todos e pousou dentro da sala para onde Nailo tentava ir.
_ Venha para cá elfo! Saia logo deste fogo! – chamou o dragão. Mas, o que parecia ser um refúgio seguro, revelou-se outra armadilha. Diversos mortos-vivos cercaram o dragão enquanto ele tentava ajudar Nailo, e o atacaram. As criaturas inumanas drenaram a vitalidade do dragão com suas garras, obrigando-o a fugir. Mex voou pelo corredor, seguindo Anix, e, irritado por ter sido ferido, matou o girallon na catapulta com seu sopro elétrico.
Nailo, com muita dificuldade conseguiu se levantar e escapar da rede. O elfo correu para fora do alcance do fogo, entrando na sala repleta de mortos-vivos. Com o corpo ainda coberto de piche em chamas, Nailo começou a retalhar os inumanos que o atacavam. Orion desceu correndo pelo pescoço de Squall e uniu-se a Nailo. Unidos, os dois guerreiros foram formando uma pilha de corpos picados à sua volta.
Legolas e Squall tentavam se libertar da corrente, mas, mesmo ainda presos, os dois atacavam seus inimigos, disparando fogo e gelo nos girallon e nos mortos-vivos. E quando a balança do combate parecia finalmente pender a favor dos companheiros, uma mão fantasmagórica surgiu magicamente flutuando acima dos heróis.
A porta atrás do artilheiro abatido se abriu e de trás dela surgiu um genasi de cobre. O homem metálico assumiu o lugar do símio morto e começou a disparar pelotas de piche contra os heróis. A massa negra e pegajosa aderia ao corpo de cada um dos companheiros atingidos e se incendiava a seguir, a se tocada pelas labaredas que se erguiam do chão chamejante.
A mão mágica desceu sobre Anix, atingindo o ombro esquerdo do mago. Anix sentiu algo agarrando sua perna no mesmo instante e sentiu sua mente ficando confusa, perdeu o fôlego e por pouco não desabou nas chamas. Agarrando-se à vassoura com devoção, Anix viu um genasi de prata aparecer ao seu lado, tornando-se visível após atacar o elfo.
Pedras continuaram voando contra os heróis, assim como bolas de piche em chamas. O genasi de prata, gritava ordens para seus subordinados enquanto usava a mão espectral para atacar os invasores com suas magias debilitantes.
Os heróis revidavam. As espadas de Orion e Nailo derrubavam os inumanos aos pedaços, um após o outro. Anix usou poderes necromânticos para deixar os genasis e girallon exaustos, depois, junto com Mex, descarregou uma corrente de relâmpagos sobre os inimigos. Muito enfraquecido pelos ataques do homem prateado, Anix foi forçado a recuar. Mas Legolas o substituiu, disparando uma saraivada de flechas nos adversários, após se libertar da rede de aço. Os projéteis congelados foram acompanhados por uma torrente de chamas, cuspida por Squall.
O genasi de cobre, que avançava na direção do grupo rodopiando seu mangual, tombou no meio do fogo com uma dúzia de setas de gelo cravadas em seu peito. Carregado por Galanodel, Orion despencou do alto diante do genasi de prata que perseguia Anix. O guerreiro ergueu os olhos para o novo adversário ao mesmo tempo em que a lâmina de sua arma subia e atravessava o estômago prateado em seu caminho. O genasi tombou para trás, sem vida, quando Orion terminou de se colocar em pé. Os girallon no final do corredor também não representavam mais ameaça, pois já serviam de almoço para Mexkialroy.

junho 01, 2010

Diário de Campanha em PDF para download

Quem quiser baixar o volume 1 do diário de campanha para ler em casa com calma, sem ter que ficar navegando pelo blog, basta acessar o link abaixo e fazer a festa.

Diário de campanha volume 01

 Bom, este é o volume 1. Já estamos finalizando o 5º volume na cronologia atual da campanha (as postagens no blog estão um pouco atrasadas, mas logo logo eu acerto isto). Acho que mais 1 volume encerra a campanha, então aproveitem, pois está acabando.