outubro 22, 2012

Capítulo 386 – O retorno do inimigo


Mal abriu os olhos e saudou seus companheiros, Anix sentiu a torre tremer.  Orion já se acostumara com aquilo durante a noite, mas mesmo assim seu coração disparava a cada chacoalhar da construção. Os tremores pareciam ficar cada vez mais fortes.
Em silêncio, cada um dos aventureiros se preparou para o combate iminente. Seria, esperavam, o último naquela torre amaldiçoada. Desejavam que fosse o último em suas vidas. Após tantas batalhas, tanto sofrimento e tanto sangue em suas mãos, aqueles jovens heróis desejavam um pouco de paz em suas vidas.

Capítulo 385 – Pacto com o monstro


Anix adormeceu e, como já se tornara rotina, o ser que abrigava em seu corpo despertou.
_ Onde estou? – perguntou o beholder. – Aqui não é a floresta!
_ Estamos dentro da torre, no subsolo – respondeu Legolas.
_ E onde é a saída? – quis saber o monstro. - Vou me alimentar.
_ Espere! Não pode sair ainda. O sol ainda não se pôs, ainda é dia.
_ Não importa! Tenho um trato com meu hospedeiro. Quando ele dorme eu fico livre. Não se intrometam.

Capítulo 384 – A última porta


_ Halfling maldito! – xingou Orion. – Onde este desgraçado escondeu a chave?
_ Só pode estar com ele – deduziu Anix depois de pensar por alguns instantes. – Convencido como era, para ele o lugar mais seguro era com ele mesmo. Vamos voltar até a caverna e revirar o corpo dele.

Capítulo 383 – Ancião de Ferro


Orion foi o primeiro a descer, seguido por Legolas e depois por Yczar. Depois vieram Anix e Guiltespin, voando na vassoura mágica. Os demais ficariam aguardando, já que não era prudente todos se arriscarem naquela missão. O objetivo era claro, evitariam o confronto direto e buscariam obter a chave que faltava. Lutar contra o dragão seria feito apenas se fosse inevitável. Como o monstro metálico demonstrara ser lento, chegar até o baú da chave não seria tarefa complicada, esperavam os heróis.

Capítulo 382 – A última chave


Orion, já de volta ao estado normal após testemunhar a morte do inimigo, tomou a caixa em suas mãos e a abriu. Chamas se elevaram de dentro do baú numa explosão e atingiram o rosto do guerreiro. Sem sentir qualquer dor devido às queimaduras, Orion continuou sua tarefa assim que o momento de ofuscação passou. Pegou a terceira peça metálica, semelhante às demais em composição e cor, confirmando que de fato tratavam-se de partes da chave que necessitavam, e um pequeno bilhete que estava sob ela, no qual leu a seguinte mensagem:

Capítulo 381 – Chifres diabólicos


_ Acordem! É hora de retornarmos – chamou Legolas, após o raiar do dia. O sol já ia alto, trazendo calor para o vale. Anix e Mexkialroy despertaram, ambos ensopados de sangue, e foram se preparar para o dia de batalhas. O mago começava a se acostumar com aquela situação incomoda. Lavou rosto e mãos com a água do cantil, comeu um naco de ração de viajante e abriu seu livro de magias, como fazia todas as manhãs. Estudou os feitiços que usaria naquele dia, adicionou mais algumas linhas aos novos encantos que desenvolvia e alegrou-se ao finalmente concluir o aprendizado de alguns truques novos e poderosos. Seus inimigos que o aguardassem, pois teriam uma bela surpresa. Todo prontos, os três aventureiros voaram de volta para a espiral no meio do vale e desceram seus vários andares até chegarem ao subsolo, onde seus amigos os aguardavam.

Capítulo 380 – Contra-ataque


_ Intrusos! Tirem suas mãos do tesouro de Ashardalon! – a voz do fantasma ecoou sombria de trás da parede além do tesouro. Numa fração de segundo o guardião do tesouro a atravessou e atacou. Sua mão espectral atravessou o rosto de Orion num tapa violento. O guerreiro sentiu suas forças sendo sugadas, como se sua alma fosse arrancada de seu corpo. Antes que o humano pudesse entender o que lhe acontecia, dois outros inimigos surgiram ao seu lado, saídos das sombras no chão. Suas peles eram douradas como ouro, mas num tom estranhamente pálido. Exibiram seus caninos pontudos, voando para cima de Mexkialroy e da cópia ilusória de Guiltespin. Um dos genasis vampiros cravou seus dentes pontudos no pescoço de Mex e começou a sugar o sangue do dragão. O outro quase foi ao chão, ao tentar segurar a imagem falsa à sua frente.

Capítulo 379 – Guardião fantasmagórico


_ Intrusos! Ousaram invadir a câmara sagrada! Eu, o guardião do tesouro de Ashardalon, matarei a todos! – gritou a criatura que surgira magicamente diante dos heróis. Era um ser translúcido, que lembrava um humano com características de dragão. Porém, diferente de Squall e dos outros meio-dragões que já haviam visto, este possuía algo mais. Suas escamas eram vermelho enegrecidas e sua cabeça adornada com um par de chifres afiados. Seus olhos brilhantes e vermelhos eram puramente malignos. Asas de morcego se projetavam das costas da aparição, e uma cauda comprida, delgada e pontuda como uma lança, agitava-se de um lado para o outro. A criatura era de alguma forma parte dragão e também parte demônio, para espanto de todos. E, como a maioria das coisas naquela torre maldita, não estava viva. Era um fantasma.

Capítulo 378 – Bem vindos ao culto!


_ Mas o senhor precisa confiar em mim – insistiu Legolas. – O corpo de Anix está muito ferido, e se não o curarmos logo, tanto ele quanto o senhor podem morrer.
Chafurdando no cadáver da bruxa, o beholder que agora dominava Anix, não deu qualquer atenção a Legolas.
_ Legolas, afinal, o que está acontecendo? – perguntou Yczar, espantado. O Cavaleiro da Luz ficou ainda mais chocado ao ouvir a explicação dada pelo elfo a respeito do que acontecera a Anix em Vectora. Enquanto o arqueiro narrava os fatos para os amigos, a criatura terminou sua grotesca refeição.

Capítulo 377 – Fogo e bruxaria


Um brilho inundou a alcova onde o guerreiro e o mago tinham aparecido e seus aliados saltaram de lá de dentro velozmente ao avistarem o perigo. Os rugidos de Orion pareciam estremecer as paredes.

Capítulo 376 – Além do abismo – tesouros e fúria


Deitado sobre uma rocha, enrolado em seu próprio rabo, Mex observava, risonho, o resultado da batalha. Dezenas de corpos estavam espalhadas aos pedaços por todo o chão rochoso da gruta. Havia cadáveres de humanos, elfos, goblins e criaturas nativas da ilha, como as dragoas-caçadoras, e havia também corpos de monstros como ogros, trolls e outros. Estavam agora todos inertes, alguns congelados, outros queimados até os ossos e muitos deles retalhados por lâminas e garras. Legolas, Squall e Orion comemoravam a vitória como se tivessem derrotado o próprio Zulil. De certa forma, o necromante sofrera uma grande derrota ali ao perder seu exército.

outubro 18, 2012

Capítulo 375 – À procura das chaves


Legolas tomou a dianteira, liderando o agora numeroso grupo até o subterrâneo. Atravessaram as catacumbas até chegarem ao corredor onde tinham travado o combate conta Flint. No caminho, foram abrindo todas as portas que encontraram. Eram oito salas ao longo do corredor, todas pequenas de não mais que nove metros quadrados, algumas cheias de entulho, outras recheadas de tesouros que os heróis deixaram para recolher mais tarde, pois havia inimigos por perto que deveriam enfrentar. Na primeira das portas uma armadilha mágica quase congelou o corpo de Orion com um sopro frio e todos suspeitavam que mais armadilhas os aguardavam nas demais saletas, mas havia algo mais urgente a resolver. Anix encontrara o inimigo e o atraia para uma armadilha. A poucos metros do pelotão, o golem que os ameaçara na noite anterior perseguia o mago a passos vagarosos e pesados.

outubro 14, 2012

Capítulo 374 – Ordem da Luz


Amanheceu. Era o vigésimo quinto dia do mês de Lunaluz, o sol brilhava forte naquela manhã de primavera. Não fosse pelo lugar e situação em que se encontravam, os aventureiros poderiam alegrar-se com aquele clima.

outubro 12, 2012

Capítulo 373 – Pactos demoníacos



De súbito, o grupo estava do lado de fora da torre, a vários metros do chão. A magia de teletransporte de Anix os arremessara aleatoriamente no espaço, afetada pela força maligna que dominava a espiral negra. Orion tivera menos sorte e materializou-se dentro da parede da torre, sendo cuspido para fora dela por uma força poderosa. Com seu corpo todo ferido pelo atrito com a rocha da parede, o guerreiro juntou-se aos demais para com eles despencar rumo ao solo. Ainda atordoados, levantaram-se e rumaram o mais rápido que conseguiam para a caverna que usavam como acampamento. Estavam feridos, cansados e humilhados. Apenas o pequeno Flint, praticamente sozinho, causara a todos tamanho estrago. Não supunham que alguém tão diminuto, de aparência tão frágil, pudesse ser tão poderoso. Subestimar Flint provara-se um erro. E para piorar a situação, o coração de Legolas parara de bater.