outubro 21, 2008

Kraken

Pois é, o kraken é um bichinho fdp. É danado de difícil de matar. O desgraçado controla o clima e pode armar uma verdadeira tempestade antes de atacar. Seu dano, para seu nível, não é muito alto. Mas seu bônus de ataque é super alto (eu nem precisava rolar o dado) o que faz com que ele repita esse dano diversas vezes e acabe com qualquer personagem. Legolas ficou com 0pv, Lucano ficou com menos de 10, Squall, Nailo e Orion perderam respectivamente cerca de 90, 80 e 60% de seus pvs. Foi um susto, um bom susto para todos, mas já passou. Poderia ter sido bem pior, se ao invés de mestre eu fosse adversário dos jogadores, a coisa poderia ter resultado em morte coletiva.

Bom, nos próximos capítulos teremos uma expedição na sela de Galrasia, cheia de perigos e surpresas.

Capítulo 324 – Perigo no mar


Tinham viajado já por sete dias completos, quando ancoraram o navio no anoitecer 13º dia de Lunaluz. As velas foram recolhidas e os marujos entregaram-se a uma merecida noite de repouso. Era por volta de onze horas da noite quando o capitão Engaris encontrou os heróis no convés. Estava pensativo, andando de um lado para outro com a mente distante e o olhar perdido no horizonte.

_ Algum problema, capitão? – perguntou Nailo.

_ Sim, Nailo. Parece que vem uma grande tempestade ai. Dê só uma olhada nessas nuvens. – respondeu Engaris.

Nailo olhou para o alto e viu pesadas nuvens negras deslocando-se velozmente para o norte e fechando-se sobre a embarcação, com se atraída por ela. Distante no horizonte a situação era ainda mais sombria. Relâmpagos cortavam o céu, acompanhados do estrondo de poderosos trovões. E o vento se movia cada vez mais veloz, balançando as velas cada vez com mais violência.

O capitão chamou seu imediato e deu ordens para que as velas fossem recolhidas e amarradas. Em instantes Argis retornava do porão com um punhado de homens para cumprir as ordens do capitão. Nailo e os outros ajudaram e, por sua experiência anterior, pediram para que os marinheiros se abrigassem e se protegessem, enquanto eles ficariam em alerta no convés do Arthur Tym – Liberdade.

Pouco tempo depois, uma pesada chuva despencou sobre o navio. Eram gotas grossas e geladas, acompanhadas de grande quantidade de granizo. O vento sacudia o navio de um lado para outro e o faiscar dos relâmpagos iluminava o céu negro. A apenas algumas dezenas de metros da nau, viram um cone escuro descer das nuvens até tocar a superfície do oceano. A água subiu pelo cone, arrastada pelo vento e formando uma tromba d’água que cresceu e tomou a forma de um poderoso tornado.

Alheio a tudo o que acontecia estava Legolas, sentado no alto do cesto da gávea com o olhar perdido no horizonte a mente ainda tentando se adaptar a todas as desgraças pelas quais tinha passado dias atrás.

O navio jogou de um lado para outro e todos ouviram o som de algo se chocando contra o casco da nau. Nailo ouviu um som estranho da água se agitando e sentiu que havia algo errado. Seus olhos apurados viram uma sombra se movendo sob o navio e ele sacou suas rosas gêmeas e se preparou.

_ Todos às armas! – gritou Legolas, do alto do mastro principal após ver a gigantesca sombra passando sob o navio e desaparecendo nas profundezas.

_ O que foi Legolas? – perguntou Anix.

_ Tem uma lula nadando embaixo do navio! – respondeu o arqueiro, levantando-se e preparando sua arma.

_ Mas como você conseguiu ver essa lula através do casco do navio? – perguntou Engaris, sem suspeitar qual era o tamanho da tal lula vista por Legolas.

_ Ora, eu poderia ver uma lula através da sua alma! Parem de fazer perguntas e preparem-se! – gritou Legolas.

Na popa, Engaris preparava-se para fazer algum comentário, talvez uma bravata, quando empalideceu por completo, apontando para a proa da embarcação e gaguejando gritou:

_ Kra...kra...kraken!!!

Do fundo do oceano ergueu-se um gigantesco tentáculo de polvo. Tinha a grossura de um homem e cada uma de suas ventosas era do tamanho de uma cabeça humana. A massa de carne golpeou Lucano mais rápido do que qualquer um poderia esperar, arremessando-o longe. Antes que o clérigo pudesse cair, o tentáculo já o alcançara e se enrolava ao redor dele, esmagando-o com gigantesca força. Lucano gritou, sentindo seus ossos sendo esmagados como gravetos e, antes que seus companheiros pudessem correr para ajudá-lo, outros sete tentáculos se ergueram das águas, serpenteantes como cobras e acompanhados do gigantesco corpo do animal ao qual pertenciam, o corpo do kraken.

O kraken era um enorme molusco, uma lula imensa, tão grande quanto o próprio navio. Cada um dos seus tentáculos era longo o suficiente para abraçar a nau inteira e forte o bastante para parti-la em seu abraço mortal.

_ Kraken!!! Ataquem!!! Leusa thiareba!!! – gritou Legolas do alto, disparando uma rajada congelante de seu arco no monstro. A criatura pareceu nem sentir o ataque.

_ Nailo! Amigos! Fiquem perto de mim! – gritou Anix segurando o ranger que avançava ao encontro de Lucano. O mago pegou então um punhado de esterco bovino em sua bolsa, murmurou um feitiço e espalhou o esterco ao redor de si e em seus amigos. Seus corpos brilharam, imbuídos de força mágica e preparados para o combate.

Mas, antes que pudessem atacar com sua nova força, o Kraken reagiu primeiro, seus tentáculos imensos golpeando, agarrando e esmagando Lucano, Orion e Squall. Três dos heróis estavam presos pelo monstro, indefesos frente à sua incomparável força. A criatura atacou o cesto da gávea, destruindo-o, quebrando a ponta do mastro e tirando Legolas de seu esconderijo. A fera continuou atacando o elfo que se agarrara ao mastro, tentando derrubá-lo. O arqueiro segurava-se ao poste de madeira, resistindo bravamente às marteladas desferidas pelo inimigo. No solo seus companheiros se debatiam, subjugados pelo poder do monstro.

_ Grande Oceano! Clamo por tua ajuda nessa hora de necessidade! – orou Nailo. O ranger correu pelo convés, em direção à borda do navio e saltou. Mergulhou na água agitada, um ato suicida e desesperado. Porém, sua prece foi atendida. Em contato com a água do mar, o colar do deus surgiu de dentro do corpo de Nailo e ele podia respirar sob a água. Nadando o mais rápido que podia, Nailo tentava se aproximar do monstro para atacá-lo.

No convés, Orion golpeava o kraken com sua espada seguidas vezes. Mesmo assim, a criatura o agarrava cada vez mais forte, tirando-lhe o sopro de vida que ainda restava nos pulmões. Lucano e Squall não estavam em melhor situação. Já a beira da morte, o clérigo não podia fazer outra coisa além de usar sua magia e prolongar sua vida, na esperança de ser salvo pelos amigos. Vendo o desespero e o perigo no qual o clérigo se encontrava, sua espada novamente o ajudou.

_ Acalmai-te ó filho de Glórienn! Ajudar-te-ei a derrotar essa besta que tenta destruir a vós e a vossos irmãos elfos! – a voz da espada fez-se presente, alta e clara para todos ouvirem. De sua lâmina partiu uma faísca brilhante que atingiu o corpo do kraken e explodiu em chamas. O som da explosão rivalizava com o ribombar dos trovões no céu. Mesmo assim, o kraken não recuava.

Squall, esmagado por um dos tentáculos, concentrou sua mente e, pelo poder do anel mágico, transformou-se em dragão. Abriu as asas vermelhas, lutando contra a descomunal força do tentáculo do monstro e conseguiu se soltar. O feiticeiro alçou vôo, afastando-se do perigo para retomar o fôlego e retornar logo em seguida atacando. Em sua escapada, Squall foi novamente atingido por uma chicotada do longo tentáculo. Dessa vez, porém, conseguiu escapar do abraço mortal da criatura.

Os heróis se recuperavam da desvantagem inicial, mas a noite ainda tinha surpresas para eles. O capitão Engaris badalava o sino, desesperado, chamando por seus marujos. Os homens subiram ao convés e com arpões tentavam afastar o monstro do navio. Mas um perigo maior se aproximava. O tornado formado pela tempestade mudara sua direção, indo para cima da frágil embarcação. Engaris girava o timão, tentando virar sua nau, mas era inútil, já que ela estava presa pelo monstro. Enquanto alguns combatiam, outros começaram a soltar as velas para por o navio em movimento e escapar da tormenta.

Sentindo que era preciso agir rapidamente, Legolas se atirou corajosamente do alto do mastro central do navio, dando várias piruetas no ar e pousando sobre o convés. Mais dois ou três passadas largas e ele se atirava para fora da nau, mergulhando no vazio, escapando dos tentáculos que serpenteavam e aterrissando sobre o corpo do enorme molusco. Chrishe, gritou ele, disparando o arco sem munição na criatura. Um raio em formato de flecha se formou e atingiu o enorme olho da criatura, congelando-o quase totalmente, causando enorme dano ao kraken. Mesmo assim, a fera resistia.

Os tentáculos se voltavam para atacar Legolas, quando, de cima da nau, Anix atacou. Seu cajado estava erguido, faiscando como o céu tempestuoso, como se chamasse para si os relâmpagos que dançavam entre as nuvens. Anix apontou o dedo indicador para o kraken e um relâmpago brilhante e estrondoso partiu em direção ao monstro. Legolas saltou, enquanto o monstro tinha espasmos pelo ataque. Sob a água, Nailo via um belo brilho azulado envolvendo o inimigo. Mesmo assim, o kraken ainda resistia.

O monstro apertou ainda mais o corpo de Lucano e de Orion. Golpeou Legolas e Nailo com tamanha força que o arqueiro quase ficou inconsciente. Por fim, três de seus membros agarraram Orion e o colocaram diante da enorme bocarra em forma de bico que começou a comer a carne do guerreiro.

Enquanto Orion se debatia sob a água, tentando escapar da mordida do kraken, Squall, em forma de dragão, voou até o inimigo, escapando da fúria de seus tentáculos e pousou sobre seu corpo enquanto lançava sobre ele uma poderosa baforada de fogo. Legolas subiu nas costas de Squall, disparando duas vezes o seu arco no monstro, ferindo-o ainda mais. E o kraken ainda resistia.

Lucano, auxiliado por Dililiümi, golpeava o tentáculo tentando se soltar. Sobre o dorso de Squall, Legolas continuava disparando seu arco sem cessar. Sob as ondas, Orion atacava o bico córneo do monstro até parti-lo em pedaços, enquanto Nailo fatiava o dorso do monstro com suas espadas gêmeas. Ainda assim a fera resistia. Anix então gritou:

_ Legolas, Squall, protejam-se! – e das mãos do elfo uma bola de fogo partiu, atingindo a cabeça do kraken e explodindo seu olho já ferido. Legolas e Squall voaram para longe das chamas. Nailo, Orion e Lucano continuaram atacando enquanto as chamas lutavam contra a chuva incessante. E o monstro não resistiu.

Os tentáculos caíram sem vida no oceano. O kraken começou a afundar lentamente. Na embarcação, os marujos lançavam cordas para resgatar Nailo e Orion, e o capitão começava a manobrar evasivamente para escapar do tornado. Nailo arrancou um grande pedaço do monstro antes de subir a bordo. Daria um ótimo assado segundo ele. Com a ajuda de todos, em poucos instantes o navio voltava a se mover, suas velas infladas pelo vendaval. Minutos depois a ameaça do kraken e do tornado eram apenas lembranças. Procuraram por uma área de águas calmas, onde finalmente puderam descansar.

Mais três dias de calmaria se passaram desde então, e na manhã do dia 17 de Lunaluz, o Arthur Tym – Liberdade finalmente alcançou a costa de Galrasia. Era uma ilha monumental tão extensa que parecia mais um continente. Uma floresta de árvores colossais se erguia logo após uma curta faixa de areia que formava uma pequena praia. No que calculavam ser o centro da ilha, uma montanha se erguia, solitária e imponente, centenas de metros acima do solo.

_ Bem, nós aguardaremos o retorno de vocês no navio, meus amigos. – disse Engaris. – Ficaremos a uma distância segura da ilha. Esse local é perigoso e não quero arriscar nossos pescoços.

_ Que tipo de perigos existem na ilha? – perguntou Nailo.

_ Monstros. Dinossauros, como aquele lá no alto! – exclamou o capitão, apontando para o céu, onde um monstro reptiliano voava tranqüilamente. Suas asas abertas chegavam a ter facilmente uns cinco ou seis metros de uma ponta à outra.

_ Há alguém que viva lá além dos monstros? Humanos? – perguntou Anix.

_ Nunca ouvi dizer isso e creio que não exista nada além de monstros por lá. Há um boato de uma humana que vive na ilha sozinha, mas eu duvido que uma jovem possa sobreviver sozinha nesse inferno verde. – respondeu o capitão.

_ Bem capitão! – disse Squall. – Para sua segurança, é melhor que não fique por aqui nos esperando. Volte para Malpetrim. Daqui pra frente nós podemos nos virar. Tenho pergaminhos mágicos que poderão nos transportar de volta para o continente.

_ Sério? Bom, então nós iremos embora mesmo! Fiquem com o barco salva-vidas e boa sorte a todos. E que nós possamos beber juntos novamente algum dia! – disse Engaris, despedindo-se dos heróis.

_ Adeus, capitão, e obrigado pela ajuda! – disseram os heróis.

O grupo desceu até a flor da água, onde um pequeno bote de madeira, cheio de provisões e ferramentas, os aguardava. Remaram em direção à ilha, enquanto o Arthur Tym – Liberdade se afastava levado pelo vento. Minutos depois eles pisavam na areia da praia de Galrasia. A vida era abundante naquele lugar, em cores, cheiros e sons. Era possível sentir a energia vibrante daquele misterioso lugar, na forma de um calor envolvia os corpos dos heróis como se eles estivessem próximos de uma fogueira acesa. Uma mosca do tamanho de uma mão humana voejou ao redor dos aventureiros, deixando-os espantados. Mas, não havia tempo para admirar o lugar ou para se assustar com ele. Tinham uma missão a cumprir e com isso em mente, os seis heróis penetraram no mundo perdido de Galrasia, onde o perigo e a aventura os aguardavam.

outubro 20, 2008

Cajado do poder dracônico


Finalmente, eis o cajado do Anix. É uma versão modificada do item homônimo do Draconomicon (já falei que esse livro é ótimo?). Limitei os poderes dele em vezes por dia, abolindo a regra de cargas normal do D&D. Assim, o item não fica inútil após gastar 50 cargas. Além dos 3 primeiros poderes originais do Draconomicon, acrescentei outros para dar ao usuário todos os poderes do dragão. Inclui vôo, a presença aterradora e metamorfose para virar um dragão (sem direito a sopro, etc). Ficou legal. Isso encerra o ciclo dos itens. Mais pra frente o Orion também ganhará um item especial, que na verdade não será um item, mas sim uma criatura. E vou dar uma revisada no sopro gelado, já que achei ele meio fraquinho após finalizar todos os outros itens. Talvez eu aumente a quantidade de utilização de alguns poderes, etc, só pra igualar o preço e, consequentemente, poder dos itens.

Eis o cajado:

Este cajado é feito de osso de dragão e decorado com dentes de diversos tipos de dragão. O conjurador pode acionar as seguintes magias:

Ø Sobro de Dragão (3x/dia) (xacla bi bletáa) (sopro de dragão)

Ø Pele de Dragão (3x/dia) (ciri bi bletáa) (pele de dragão)

Ø Poder do Dragão (3x/dia) (cabil ba bletáa) (poder do dragão)

Ø Vôo (3x/dia) (exex ba bletáa) (asas do dragão)

Ø Medo (3x/dia) (cliximçe ba bletáa) (presença do dragão)

Ø Metamorfose (apenas dragões) (1x/dia) (chalne bi bletáa) (forma de dragão)

Aura: Moderada, transmutação

NC: 10

Magias: Sobro de Dragão; Pele de Dragão; Poder do Dragão; Vôo; Medo; Metamorfose

Preço de mercado: 150.000 PO

Custo de criação: 75.000 PO + 3000 XP


Rosas Gêmeas de Livara Austini

Eis agora a ficha completa das espadas de Nailo. São duas espadas com poderes iguais. Para não duplicar o custo do item, impus uma limitação. Só funcionam se estiverem juntas. Logo, se o Nailo for desarmado, ficar sem poder:

As Rosas Gêmeas de Livara Austini são um par de espadas longas mágicas feitas de mithral e perfeitamente iguais, como se uma fosse o exato reflexo da outra. Suas lâminas extremamente afiadas são levemente curvadas e possuem uma saliência próxima à ponta que se assemelha a um espinho de rosa. Os cabos de ambas as espadas são adornados com detalhes de rosas. Ramos de rosas se entrelaçam para formar os cabos, culminando cada um em um botão de rosa prateado. As guardas possuem o formato de rosas vermelhas abertas, feitas com pedras preciosas. As espadas possuem diversos poderes mágicos que só podem ser ativados se as duas estiverem sendo empunhadas pelo dono. Ambas são consideradas armas leves para efeito de regras.

História: Livara Austini era uma dedicada druida elfa que servia a Allihanna com enorme devoção. Livara nasceu em Lenórienn e viveu grande parte de sua vida no extinto reino dos elfos. Com a queda de Lenórienn, ela herdou de seu pai suas armas mágicas. O pai de Livara, o elfo Mirilenil Austini, era um ranger competente e habilidoso conjurador além de excelente ferreiro. Quando não vigiava as florestas ao redor de Lenórienn, Mirilenil trabalhava em sua forja e se dedicava ao estudo da magia. Forjou para si duas magníficas espadas mágicas e com elas combateu os goblinóides na Infinita Guerra até o dia em que foi morto em uma emboscada preparada pelos hobgoblins. Em seu leito de morte, Mirilenil confiou sua maior criação à sua única filha. Assim, Livara herdou as rosas gêmeas de seu pai e partiu de Lenórienn, afastando-se de seu reino e das dolorosas lembranças da morte do pai.

Como era uma Druida a serviço de Allihanna, Livara jamais poderia usar armas cortantes e assim ela o fez durante toda sua vida. Ao invés de lutar usando as lâminas de suas espadas, ela combatia usando apenas os cabos ou as costas das armas, para atordoar ao invés de matar. Em sua jornada, Livara jamais tirou a vida de qualquer animal, ser humanóide, ou árvore. As únicas criaturas mortas por ela eram os monstros e os goblinóides, estes últimos eram destruídos com grande ódio. Mesmo quando matava, Livara jamais usava as lâminas de suas espadas.

Os anos passaram e Livara se alojou em seu exílio nas vastas matas de Sambúrdia. Ali ela encontrou uma floresta ancestral, tomada por árvores antiqüíssimas que lembravam a sua terra natal. Livara fez do bosque sua morada e ali encontrou finalmente a paz que buscara após a morte de seu pai. Livara dedicou sua vida a proteger o bosque e as criaturas que nele habitavam e a ensinar os povos do Reinado a amar e respeitar a natureza. Por sua dedicação, a própria deusa Allihanna surgiu diante de Livara para abençoá-la e recompensá-la. Allihanna concedeu a Livara vários poderes e a permissão para usar as espadas de seu pai além do compromisso de atender a um desejo qualquer da elfa. Livara agradeceu as bênçãos concedidas, recusou-se a usar as espadas mágicas, mantendo o voto de não usar armas cortantes, e como desejo pediu algo simples a Allihanna. Seu único desejo era permanecer naquele bosque, protegendo-o como já vinha fazendo, e permanecendo para sempre naquele local onde ela reencontrara a paz. Allihanna concordou e concedeu o pedido a ela. A deusa entregou a Livara um poder secreto, transformou-se num pássaro e partiu.

Anos se passaram e uma guerra eclodiu próximo ao bosque de Livara. Era a revolta que culminou com a separação dos reinos de Sambúrdia e Trebuck. Os combates de aproximaram perigosamente do bosque que, por ficar próximo à fronteira dos dois reinos, era um local estratégico para ambos os exércitos. Uma das tropas de Sambúrdia estava disposta a invadir e ocupar a floresta onde a druida habitava. A geografia do local, com suas árvores gigantes, vales e colinas, forneceria uma posição estratégica e bem protegia para as tropas emboscarem os habitantes de Trebuck. Além disso, o bosque forneceria madeira para armas e munição, para fogo e suprimentos em água e comida suficientes para manter um posto avançado durante muito tempo, entretanto isso culminaria na devastação da mata protegida por Livara.

Percebendo que não seria capaz de deter um exército inteiro sozinha, Livara sentiu que era o momento de utilizar o poder secreto concedido por Allihanna. E finalmente, desde o dia em que haviam deixado o reino élfico anos atrás, as lâminas gêmeas voltaram a cortar. Numa clareira no centro do bosque uma das espadas foi cravada no chão. A outra lâmina atravessou o coração quente e piedoso de Livara, e ela ofereceu sua própria via à Natureza. Seu corpo padeceu, mas sua alma ascendeu com o poder de Allihanna e ocupou toda a extensão do bosque. Sua aura mágica emanava por todo o local, controlando a fúria da natureza contra os inimigos e barrando a entrada dos exércitos. Desde então, a alma de Livara permanece no bosque, protegendo-o das ameaças e aguardando até o dia em que chegue alguém que tenha o mesmo amor e dedicação pela natureza que ela mesma teve, para então herdar suas armas mágicas e dar continuidade à sua missão em outras partes do mundo.


Poderes das espadas

As duas espadas só manifestam seus poderes se empunhadas ambas por uma mesma pessoa, provavelmente, o guardião escolhido pela alma da própria Livara. Seus poderes e custos dos mesmos são:

Ø Espada longa O.P - 315 (1d8; 19-20/x2)

Ø +1/+1d6 elétr.(explosão elétrica) - 18.000; +2 for - 4.000 (müjij dorgonaf [rosas cintilem])

Ø feitas de mithral - +2.000

Ø Armas leves - +3.000

Ø GRAMA - constrição (N1 NC1 CD 11) 3x/ dia - 3.600 PO área controlável pela espada (borhij igikeaf [vinhas ataquem])

Para usar este poder, o portador deve fincar uma espada no chão, pronunciar a palavra de comando (ação padrão) e se afastar (ação de movimento). Quando desejar poderá acionar o poder como uma ação livre com um simples pensamento. O raio entre ele e a espada fincada no solo será o raio da área de constrição. O usuário deve recuperar a espada pelos meios normais e pode selecionar quais alvos serão afetados pelo efeito da constrição.

Ø TERRA - terremoto (N8 NC15 CD 22) 1x/dia 43.200 PO (gammi gmafi [terra trema])

Para acionar este poder, o usuário deve cravar as duas espadas no solo, pronunciando a palavra de comando (ação padrão. O terremoto inicia-se a partir de um ponto determinado pelo usuário, seguindo as regras normais da magia.

Ø AR - Muralha de vento (N3 NC5 CD 14) 1x/dia 10.800 PO (bargü damkea [vento cerque])

Para acionar basta cortar o ar com as espadas na direção em que a muralha surgirá, pronunciando a palavra de comando (ação padrão),

Ø ÁGUA - Caminhar na água (N3 NC5 CD 14) 1x/dia 10.800 PO (ípei dimmapea-fa [água carregue-me])

Cruze as espadas sobre o peito e pronuncie a palavra de comando (ação padrão)

Ø FOGO - Coluna de chamas (N4 NC7 CD 16) 1x/dia 20.160 PO (ëüpü nabirga-ja [fogo levante-se])

Erga as duas espadas juntas, simulando o movimento das chamas se levantando do solo (ação padrão)

Ø LUZ - Luz do dia (N3 NC5 CD 14) 1x/dia 10.800 PO (jün onefora [sol ilumine])

Bata uma espada na outra, fazendo-as faiscarem e pronunciando a palavra de comando (ação padrão). A luz emanará das espadas

Ø TREVAS - Escuridão (N2 NC3 CD 13) 1x/dia 10.800 PO (rüoga itimali [noite apareça])

Junte as duas espadas pronunciando a palavra de comando (ação padrão). A escuridão emanará das espadas.

Total = 160.000 PO



Anel de Forma Dracônica


Eis o anel que Squall ganhou de Coração de Gelo. O dragão matou algum rival vermelho no passado e tomou isso dele. Esse anel é uma versão aprimorada de outro que existe no suplemento (ótimo, aliás) Draconomicon.:


Esse anel dourado tem a forma semelhante à de uma garra de dragão. Ele se estende ao longo de todo o comprimento do dedo do usuário, sem, no entanto, restringir seus movimentos. Até 3 vezes por dia, o usuário pode ativar o anel através de um comando mental (uma ação padrão) para se transformar em um dragão vermelho de ND igual a até seu nível de personagem menos 2 (um personagem de 12º nível poderia se transformar num dragão de ND 10). Este efeito é similar à magia Alterar Forma, como se usado por um conjurador de 20º nível e dura até 1 hora por ativação. Em seu poder máximo, o usuário pode usar o anel para se transformar em um dragão grande ancião, de 40 DVs e ND 26 (nesse caso o usuário deve estar no nível 20 de personagem).

Aura: Avassaladora, transmutação

NC: 20

Magias: Alterar Forma

Preço de mercado: 160.000 PO

Custo de criação: 80.000 PO + 3200 XP

outubro 16, 2008

Ciclos

E voltamos ao começo de tudo. Dizem alguns que a vida se dá em ciclos. Isso está de certa forma acontecendo na campanha. Os genasis voltaram, Zulil voltou, Sam voltou (morto, mas voltou) e os heróis retornaram a Malpetrim e ao mar. Até aqueles esqueletos chatos voltaram. Mas dessa vez, foi pra tomar uma surra e aprenderem a nunca mais encher o saco dos heróis.
A seguir:

- a ilha de Galrasia (já encomendei o suplemento, tá chegando em casa)
- dinossauros aos montes
- encontro com deuses
- o aguardado capítulo "Panteão"
- uma vila em perigo
- novos aliados
- e uma torre negra perdida no fundo de um desfiladeiro, a nova aventura longa que os heróis viverão, O Coração da Espiral da Presa Noturna

Pois é, uma nova Forja da Fúria tem início...não percam!!!

Capítulo 323 – Outra vez Malpetrim


Malpetrim, uma das cidades portuárias mais famosas de Arton. Sede de grandes aventuras ocorridas no passado. Sede da mundialmente famosa Grande Feira de Malpetrim. Reduto de piratas e aventureiros de todo o tipo. Fora nessa cidade que tudo começara no dia 14 de Salizz de 1397. Era uma manhã de sol, que prometia um dia perfeito para aventuras. Fora nessa manhã que os heróis, até então apenas um grupo de desconhecidos que viajara junto por estarem indo para o mesmo lugar, conhecera Zulil. Fora nessa manhã, nessa mesma cidade que o grupo embarcara no Lazarus de Arthur Tym para viver sua primeira aventura na ilha de Ortenko e combater as maldades do terrível Teztal. Fora também nessa cidade que o grupo conhecera o grande amigo Sam Rael, que agora jazia morto, pelas mãos de Zulil.

O dia findava quando os heróis retornaram a Malpetrim, muitos meses depois da primeira visita. Seus corpos estavam cansados, suas mentes confusas, suas almas sem brilho e seus corações partidos. Precisavam descansar, precisavam repousar corpos, mentes e espíritos, para então poderem iniciar uma nova jornada de aventuras em busca da cura para seus corações. Foram diretamente para a Estalagem do Macaco Caolho Empalhado, onde foram recebidos com alegria por Rud e Petra. O estalajadeiro e sua assistente deram consolo aos amigos que chegavam e puseram-nos nos melhores aposentos da casa, para repousarem.

Enquanto Anix e Lucano descansavam, tentando recolocar suas mentes em ordem, Nailo saiu pelas ruas à procura de algum guia para levá-los até Galrasia e Squall, acompanhado de Legolas, foi ao comércio em busca de equipamento para a viagem, em busca de pergaminhos mágicos.

Em suas andanças e conversas, Nailo descobriu que um marinheiro conhecia bem o caminho para o Mundo Perdido. Um vendedor de tomates lhe indicou a localização exata onde encontrar o navio e seu capitão. De posse desta informação, o ranger rumou para o porto de Malpetrim.

Vários navios estavam atracados no porto e muitos outros chegavam e partiam. Eram navios de variados tamanhos, formas e cores. Após alguns minutos de procura, Nailo chegou ao seu destino e qual não foi sua surpresa ao ler o nome da embarcação que procurava: Arthur Tym – Liberdade. No alto do convés um marinheiro já experiente passava instruções a seu filho, Argis.

_ Boa tarde! – saudou Nailo. – Estou procurando um navio que conhece o caminho para Galrasia! Por acaso seria este?

_ Sim, senhor! - respondeu o capitão. - Já estive naquela ilha maldita várias vezes e... – o homem parou, atônito, ao olhar para Nailo. – Espere! Eu o conheço! Senhor Nailo! Há quanto Tempo! – E, feliz, o homem desceu ao cais para cumprimentar e abraçar Nailo. Ele era o capitão Engaris Sthrol, que comandara o navio com os fugitivos de Ortenko de volta para Malpetrim.

Após o reencontro emocionado, Nailo contou ao capitão Engaris e ao seu filho Argis tudo que tinha se passado desde o dia que ele e seus amigos tinham partido para Tollon. O capitão prometeu ajuda.

_ Não se preocupe, meu velho amigo! Avise a todos que eu os levarei para Galrasia por minha conta! Agora vá descansar, meu amigo, que eu irei preparar a nau! E quando estiverem prontos, partiremos! – disse Engaris.

Nailo se despediu dos marinheiros e foi contar as boas novas para os companheiros. Na manhã seguinte, dia 7 de Lunaluz, o grupo de heróis embarcou no Liberdade – Arthur Tym e partiu para uma nova aventura.

O navio terminara de zarpar e distanciava-se do cais, quando os heróis ouviram gritos chamando por eles, vindos do continente.

_ Nailo! Legolas! Anix! Lucano! Squall! Esperem por mim! – gritava uma voz familiar no ancoradouro. Os elfos olharam para trás e viram quem os chamava. Era Orion.

_ Parem o barco! Temos que voltar! Um amigo nosso acaba de chegar!

Orion tinha partido de Forte Rodick um dia depois de Lucano e dos outros. Planejava segui-los à distância, já que eles pareciam não aceitá-lo como membro do grupo ainda. Tinha em mente só aparecer diante deles quando fosse realmente necessário, quando estivessem em perigo. E Orion sabia que isso aconteceria, cedo ou tarde, conforme os sonhos precognitivos que tivera. Mesmo se tivesse partido junto com o restante do grupo, Orion nada poderia fazer para impedir a desgraça que se sucedeu, apenas atrairia para si a ira de Zulil antes do tempo predestinado. E, caso tivesse permanecido no forte por mais tempo, sua morte teria sido certa já que Orion tornaria-se adversário da bruxa que atacara a base e matara Todd Flathead.

Orion viajou um dia e meio seguindo o rastro dos elfos, até que o colar em seu peito brilhou e ele ouviu uma misteriosa voz dizendo: “Volte para o forte!”. Orion retornou sem hesitar, gastando quase o mesmo tempo que levara para chegar onde estava. Quando chegou ao seu destino, encontrou apenas destruição.

O guerreiro prontamente ajudou os sobreviventes do massacre, retirando-os debaixo de escombros, fazendo curativos, carregando feridos. Tempos depois, Glorin e seus companheiros chegaram a Forte Rodick. Testemunharam a tragédia com ira e tristeza e, enquanto Jonathan e Glorin procuravam os rastros da bruxa, Seelan, Kuran e Lars foram tratar dos feridos.

Passou-se um dia inteiro no amanhecer do 7º dia do mês, o capitão Glorin deu sua última ordem aos soldados de Forte Rodick.

_ Ouçam, soldados! Forte Rodick está acabado e, creio, para sempre! No entanto, as pessoas que vivem nas vilas próximas não podem ficar sem proteção contra ameaças como a que causou essa destruição! Aqueles que ainda tiverem coragem, sigam para a capital e relatem tudo o que aconteceu aqui, e peçam para que tomem as providências necessárias! Logan será o líder e os conduzirá até Vallahim, já que o general ainda permanece inconsciente! Mantenham-se unidos e tudo acabará bem! Eu e meus companheiros partiremos para outra direção, atrás daquela que causou essa desgraça! Quando cumprirmos nossa missão, iremos procurar e ajudar aqueles que os treinaram durante todo esse ano, pois eles também se encontram em apuros! As pessoas que eles mais amavam foram vítimas de um assassino cruel, e eles irão atrás desse bastardo até o fim do mundo! Espero que um dia, quando todo esse turbilhão de desgraças tenha acabado, que possamos nos reencontrar! Adeus e boa sorte a todos!

Glorin e seus companheiros se despediram de todos os soldados, com exceção de Orion que permaneceu junto a eles por mais um tempo. Seelan contou tudo o que se passou em Carvalho Quebrado e no castelo de Zulil. Glorin disse que eles tinham ido procurar ajuda nas Montanhas Uivantes com alguém em quem ele confiava e que após isso os cinco elfos provavelmente iriam atrás do assassino de suas mulheres e amigo. Orion ponderou por alguns instantes e tomou uma decisão.

_ Eu irei encontrá-los! Vim para cá justamente para ajudá-los e receber ajuda deles, esse é o meu destino! Talvez, se eu estivesse com eles quando essa desgraça aconteceu, talvez tudo isso pudesse ser evitado! De qualquer forma, o que está feito está feito e eles ainda precisam de ajuda! Irei ao encontro deles! – disse o guerreiro.

Lars orou a Thyatis e o deus fênix lhe revelou a localização de Anix e dos outros. Estavam em Malpetrim. Seelan conjurou uma magia de teleporte e enviou o humano para encontrar os companheiros elfos.

_ Bem, já tenho a pista da desgraçada! Podemos seguir em frente! – disse Jonathan Wilkes.

_ Ótimo! Temos muito trabalho a fazer! Vamos então! – falou Glorin.

_ Isso! Minhas juntas já estavam enferrujando! Finalmente vamos voltar à ativa! – era Seelan, com entusiasmo.

_ Ela vai nos pagar por ter feito mal a nosso amigo e por ter destruído meu jardim! – disse Kuran.

_ Sim, vamos atrás da maldita e ela receberá a punição que merece! E tudo voltará ao normal no fim de tudo isso! Afinal, não há mal que não possa ser desfeito, e não há pessoa que não merece uma segunda chance! Vamos amigos! – completou Lars.

E o grupo deu adeus ao que outrora fora o Forte Rodick, seguindo os rastros de uma perversa bruxa, irmã de Velta e de Zenóbia, como descobririam mais tarde. Assim, terminava uma era e uma nova, cheia de aventuras tinha início, para Glorin e seus companheiros, para Orion, para Legolas, Anix, Lucano, Squall e Nailo, e também para os sobreviventes do Forte Rodick, que iniciavam suas próprias jornadas de glória e grades feitos.

Orion contou a todos tudo o que tinha acontecido e lamentou a desgraça de seus amigos elfos, prometendo ajudá-los em sua jornada. O navio velejava veloz e tranqüilo pelas águas escuras e quentes do Mar Negro. Os ventos estavam favoráveis e no primeiro dia de viagem conseguiram percorrer grande parte da viagem. Mas, ao final do dia, quando a lua já surgia no horizonte, destronando Azgher do céu, a nau foi cercada por brumas espessas e sombrias.

O capitão diminuiu a velocidade, recolheu as velas e colocou todos em alerta. O navio deslizava lentamente pelas águas e tudo permanecia em um silêncio mórbido, um silêncio que foi quebrado pelo grito de Legolas, no alto do mastro principal.

_ Navio a bombordo!

Um navio de velas negras rasgadas surgiu entre a neblina, vindo de encontro ao Arthur Tym – Liberdade. O capitão Engaris manobrou a nau, tentando desviar do outro navio, mas não havia mais tempo, foram abalroados. Os cascos das duas embarcações rasparam um no outro, numa cacofonia assustadora, até que estavam emparelhados lado a lado. Cordas com ganchos voaram do navio inimigo, prendendo-o ao dos heróis. Os tripulantes da embarcação inimiga, até então ocultos, levantaram-se e começaram a atacar. Eram mortos-vivos. Um batalhão de esqueletos e zumbis se lançou ao ataque. No outro navio, Squall e seus amigos sorriam.

E tal qual acontecera meses antes, os heróis iniciaram a batalha contra o navio fantasma. Desta vez, entretanto, não eram mais os mesmos aventureiros jovens e inexperientes de antes. Estavam agora muito mais poderosos e com muito mais recursos do que antes.

_ Leusa Thiareba!!! – gritou Legolas e uma tempestade de neve, gelo e ar congelado partiu de seu arco, destruindo grande parte das criaturas.

_ Ëüpü nabirga-ja!!! – gritou Nailo, ativando as Rosas Gêmeas. E colunas de chamas se ergueram do chão no navio inimigo, incendiando com o fogo divino os mortos-vivos que eram atingidos.

_ Dililiümi! Proteja os elfos! – gritou Lucano. E de sua espada em forma de falcão partiu uma esfera que explodiu em chamas sobre os inimigos.

_ Shenex, efenhin!!! – gritou Anix, apontando seu cajado sobre os mortos-vivos e despejando um turbilhão de chamas sobre eles.

_ Sintam o fio de minha espada! – gritou Orion, saltando na nau adversária e partindo diversos inimigos ao meio com sua espada flamejante.

_ Monstros malditos! Conheçam o poder de Squall, o vermelho!!! – gritou o feiticeiro. O anel em seu dedo brilhou e Squall transformou-se em um enorme dragão vermelho, que voou até os inimigos e os dizimou com suas garras, e presas.

E assim, em apenas poucos segundos, toda a horda do navio fantasma foi destruída e sua embarcação desapareceu no ar, para nunca mais voltar a desafiar o poder daqueles heróis. Com um sorriso no rosto, o capitão Engaris Sthrol abriu as velas do navio e a viagem prosseguiu rumo à misteriosa ilha de Galrasia.

Sopro Gelado


Coração de Gelo, o portador do frio absoluto, na verdade não é o nome deste arco, mas sim de seu criador, um dragão branco ancião. Coração de gelo vive aos pés das Montanhas Uivantes, em uma caverna escondida e desconhecida da maioria das pessoas. Este dragão tem um temperamento mais gentil e calmo do que o de outros de sua espécie, talvez pelos longos séculos de vida que possui e que teriam amolecido seu coração gelado, talvez pela influência de Belugha, a rainha dos dragões brancos, que protege as uivantes e seus habitantes.

Coração de Gelo é um colecionador de tesouros como todos os outros dragões e seu tesouro favorito são as armas mágicas, muitas delas fabricadas por ele próprio. Seu tesouro fica oculto em uma câmara secreta de seu covil que apenas ele conhece.

Coração de Gelo é Leal e Neutro, e costuma ficar em seu território, sem interferir com os que vivem ao redor dele. Mas não se engane, apesar de parecer calmo e bondoso, basta ser desafiado para que ele mostre toda a crueldade que um dragão pode possuir e acabe com seus inimigos.

Coração de Gelo costuma algumas vezes fazer amizade com outros tipos de criatura inteligentes, como elfos, humanos ou anões, apenas por mera curiosidade para conhecer seus costumes. Entretanto, aquele que consegue cativar a lealdade e a amizade deste dragão, as terá para sempre (se não fizer nada que o irrite muito, é claro).

Entre outros tesouros, Coração de gelo construiu o arco abaixo, que ele costuma chamar carinhosamente de Sopro Gelado (Saphla Giareba).

O arco Sopro Gelado é um arco longo composto reforçado que permite aproveitar até +3 pontos do bônus de força do usuário em seu dano. Também possui as seguintes propriedades mágicas:

  • +1 de bônus de melhoria.
  • explosão congelante - +1d6 de dano de frio nos ataques normais, +2d10 em caso de decisivo (além do 1d6 normal). Palavra de comando: Kamthiaria (congele) (ação padrão).
  • fornece ao usuário +4 de bônus nos testes de resistência de Fortitude contra o calor e fogo (apenas quando ativo).
  • Fornece ao usuário Resistência 5 contra fogo (apenas quando ativo).
  • Pode disparar sem munição. Ao acionar a palavra de comando (ação padrão) Chrishe (flecha), o arco se torna capas de disparar raios congelados em formato de flechas. As flechas funcionam como a magia Raio de Gelo, mas causam dano de 1d8 de frio, têm alcance limitado pelo arco e não pela magia, são consideradas raios (exigem jogada de toque à distância), não somam bônus de Força do usuário ou +1d6 da habilidade congelante, mas ainda continuam somando 2d10 a mais de dano em caso de sucesso decisivo. Sem limite diário.
  • Pode lançar 1x por dia a magia Nevasca (NC 5), gastando uma ação padrão. O usuário deve pronunciar a palavra de comando e disparar uma flecha que explodirá numa nevasca ao atingir o alvo (esta flecha não causa dano). Palavra de comando: Miaquexke (Nevasca).
  • Pode lançar 1x por dia a magia Cone Glacial (NC 9), gastando uma ação padrão. O usuário deve puxar a corda pronunciando a palavra de comando para disparar o cone como se fosse uma flecha. Palavra de comando: Leusa Thiareba (Raio Gelado).
  • Emite um brilho frio que fornece iluminação como uma tocha ao ser ativado (Kamthiaria).

Evocação (Forte); NC 15; Criar armas e armaduras mágicas; Esfriar Metal (ou Tempestade Glacial); Nevasca; Cone Glacial; Resistência a Elementos; Raio de Gelo; Preço de mercado 130.000 PO; Custo de criação 65.000 PO + 5.200 XP.


Dililïümi – A caçadora prateada


Espada longa +1 Inteligente

Habilidades especial: Flamejante (+1d6); Anti-criatura (+3 contra goblinóides +2d6 de dano) (18.000 PO)

Tendência: Caótica e Boa

Habilidades: Int 17, Sab 17, Car 10; Fala (comum, élfico, goblin); visão no escuro e audição, 36m (9.000 PO)

Ego: 20

Poderes menores: Bênção nos aliados (3x/dia) (1.000 PO); Imobilizar Pessoas em um oponente (3x/dia) (6.500 PO), Curar Ferimentos Moderados (2d8+3) no portador (3x/dia) (6.500 PO); Muralha de Fogo ao redor do portador (1x/dia) (10.000 PO), Proteção contra Elementos Fogo (NC 10) no portador (1x/dia) (24.000 PO)

Propósito especial: defender os elfos

Poder Dedicado: pode conjurar Bola de Fogo (dano 10d6) (60.000 PO)

Personalidade: Dililiümi, a caçadora prateada, é uma espada longa de lâmina de mitral prateada que brilha no escuro, emitindo um brilho tênue que lembra a luz da lua cheia (ilumina como uma vela, 3m raio). Quando se aproxima de um goblinóide, contudo, seu brilho se intensifica e fica pulsante (ilumina como uma tocha, 6m raio). Essa espada foi construída mais de uma centena de anos atrás por um grande ferreiro elfo chamado Lennon Auraniel, ainda durante a infinita guerra dos elfos contra os robgoblins, justamente para fortalecer o exército de Lenórienn no combate a essas criaturas. Dililiümi é implacável quando luta contra goblinóides e fará de tudo para conduzir seu portador ao combate contra essas criaturas. Entretanto, se um goblin, por exemplo, se mostrar amigo de seu portador, a espada aceitará não matá-lo, mas prestará atenção especial ao pseudo-aliado e, a qualquer deslize dele que ela considera como traição e prova de que ele deveria ter morrido antes, ela tentará convencer seu portador a matá-lo e, caso não consiga, usará seu poder dedicado para fazê-lo. Dililiümi é uma espada reservada e desconfiada e não manifestará seus poderes até ter intimidade com seu portador e confiar plenamente nele. Até lá, apenas usará seu brilho para manifestar seu desejo de vingança contra os goblinóides, passando depois a usar a empatia para transmitir suas intenções ao portador, depois através da telepatia e, finalmente, quando confiar também nos aliados do portador, falará com ele e poderá se revelar uma grande conselheira. Dililiümi gosta de conversas casuais, descanso e cuidado delicado. Adora falar de suas muitas batalhas travadas contra os goblinóides e sobre o reino extinto dos elfos. Dililiümi se recusará a cometer qualquer ato que viole sua tendência boa, e poderá deixar de obedecer se portador para sempre caso ele a utilize para realizar um ato que ela desaprove.

Aparência: espada de lâmina longa prateada (mitral), lâmina de dois gumes. Lâmina contém inscrições em élfico com o seu nome dililïümi tmigailïi (caçadora prateada). Próximo ao cabo fica o brasão de seu criador, um falcão em chamas voando para o alto. O cabo é todo prateado e possui o formato de um falcão, sendo que a cabeça com o bico aberto seguram a lâmina, as asas abertas são a guarda da espada e as pernas formam saliências que se entrelaçam ao redor do cabo, culminando em duas garras de falcão que seguram uma pedra da lua.

Conjuração (moderada); NC 15º; Criar Armaduras e Armas Magias, invocar criaturas I; Bola de Fogo; Muralha de Fogo; Proteção Contra Elementos; Bênção; Imobilizar Pessoas; Preço 145.000 PO; Custo 72.500 PO + 5800 XP.