outubro 14, 2008

Capítulo 321 – Desgraça anunciada


_ Onde está o Sam? – gritou Lana novamente. Os heróis hesitaram antes de responder.

_ Como assim, onde ele está? Não está com a gente. Ele deveria estar com você! Não estamos entendendo nada! – disse Anix.

_ É, explique o que aconteceu. Isso está muito confuso. – pediu Lucano.

_ Aquele rato do Sam Rael desapareceu há uns três meses! Estávamos em Valkaria, quando eu descobri que estava esperando um filho dele. Dei a notícia ao safado e ele desapareceu! – explicou a elfa.

_ Como assim desapareceu? – perguntou Nailo.

_ O pilantra se fez de contente e disse que ia a uma taverna comprar vinho para comemorarmos a notícia. Ele saiu e nunca mais retornou. Imaginei que o verme tinha fugido da responsabilidade e, como sabia que ele tinha prometido encontrá-los, pensei que ele estivesse com vocês. Fui até Follen e lá fiquei sabendo onde encontrá-los. Estava indo até o forte e parei para descansar nessa vila. E tive muita sorte nisso, pois vocês vieram direto para cá. – respondeu Lana.

Os cinco elfos estavam confusos e assustados. Era fato que Sam tinha prometido reencontrá-los quando saíssem do forte e a ausência dele nos portões de Forte Rodick dias antes os deixara preocupados. Agora a notícia do desaparecimento misterioso do bardo os transtornava ainda mais. Lana ainda cobrava explicações, todos desejavam sair daquele lugar o mais depressa possível, livrar-se daquela situação embaraçosa e encontrar as respostas para aquele mistério. Desejavam ir logo até Follen e até Darkwood, na esperança de encontrarem o bardo em algum destes lugares. E, antes disso, desejavam retornar ao castelo de Zulil, para atear fogo àquele lugar maldito, caso ele não tivesse sido consumido pelas chamas ateadas na última visita de Legolas ao lugar. Um desespero começava a tomar conta dos cinco. Aquela situação era agourenta e o prenúncio de uma grande desgraça que estava para ocorrer. Então subitamente, os cinco heróis contorceram seus corpos simultaneamente, sentindo uma pontada aguda perfurando-lhes as costas. Olharam para trás, esperando encontrar o agressor, mas não viram nenhum inimigo apunhalando-os. Olharam uns para os outros, assustados e confusos e, então, todos os maus pressentimentos se confirmaram. O berloque de Legolas tocou, silenciando toda a taverna.

_ Amor? Liodriel? Sou eu, bem! – o arqueiro atendeu o chamado de sua esposa, ainda assustado. E então entrou em pânico.

_ Legolas!!! Socorro!!! Me ajude!!! – do outro lado, em Darkwood, Liodriel gritava, desesperada.

_ Liodriel, o que está acontecendo? Responda!!! – berrou Legolas.

_ Tem um homem louco aqui! Está ateando fogo em toda a vila, matando as pessoas! Deuses...ele vem vindo para cá! – disse a elfa em desespero.

Nesse momento todos os cinco tinham os ouvidos colados no aparelho mágico. Então, em meio aos gritos desesperados de Liodriel, veio o som de várias explosões. A comunicação foi cortada. Legolas gritava desesperado com o aparelho, na esperança de ouvir a voz de sua amada novamente, mas, em vez disso outra voz saiu do aparelho quando ele foi religado em Darkwood. Era uma voz suave, mansa, e assustadoramente familiar.

_ Olá Legolas! – disse a voz. – Há quanto tempo, não? Tenho algo aqui que lhe é muito querido! Acho que você vai querer vê-la novamente, certo? – disse a voz.

_ Maldito! Quem é você! – gritou Anix. Legolas nada falou. Estava em choque.

_ Ora, Conheço essa voz! Anix, certo? Então você também está ai? Aposto que os outros inúteis também estão ai! Avise ao Nailo, Lucano e Squall que eu estou também com algo que eles amam. E Estou segurando nesse momento Uma bela cabeleira dourada que acho que você gostaria de rever, Anix! – disse a voz.

_ Desgraçado!!! O que vai fazer! – gritou Legolas, finalmente.

_ Bem, vou para casa! Tenho muito trabalho a fazer! E vou levar suas namoradinhas comigo para me fazerem companhia! Bem, vocês sabem onde me encontrar! Se quiserem revê-las ainda com vida, estarei esperando por vocês! – foram as últimas palavras da voz antes de desligar o aparelho. Era Zulil.

Todos estavam pasmos, confusos e desesperados. Nesse momento a união do grupo quase foi quebrada. Uma longa e exaltada discussão teve início. Os heróis não sabiam o que fazer, estavam perdidos. Alguns queriam ir para Darkwood imediatamente, outros, como Lucano, queriam ir direto para o castelo ao norte de Carvalho Quebrado, e Nailo queria que Anix os transportasse magicamente até Vectora onde, esperava ele, pediria ajuda a Vectorius antes que fosse tarde demais. Mas, sem magias preparadas suficientes para transportar todos da maneira que desejavam, o grupo teve que pensar com calma e escolher um único destino. E escolheram o certo.

_ Norgar, preciso de um lugar escuro, muito escuro. Você tem um porão aqui? – pediu Anix.

_ Sim, Anix! Venham comigo! – respondeu o taverneiro.

Os aventureiros seguiram o homem até o subterrâneo da taverna. Lá, Anix evocou um poder que até então mantivera oculto dos amigos. Um túnel negro de sombras se abriu diante deles, um caminho para o castelo de Zulil.

_ Amigos, todos dêem as mãos agora. Aquele que se separar do grupo ficará perdido para sempre no mundo das sombras. Vamos agora! Andarilho das sombras guie-nos e nos mostre o caminho! – gritou Anix, puxando seus companheiros pelo túnel.

A travessia, embora cobrisse uma longa distância, foi curta. Os heróis atravessaram o túnel sombrio e poucos instantes depois saltavam para fora do mesmo sob a sombra de um carvalho diante do castelo. O castelo continuava lá, inteiro, imóvel. No alto da torre mais alta puderam perceber algumas mudanças. As janelas, outrora abertas, agora estavam lacradas por paredes de pedra. Nailo rastreava o chão procurando por rastros do seu inimigo. Havia pegadas de dois elfos, um mais leve do que o outro, de um halfling e marcas de carroça e cavalos. Quando estavam prontos para seguirem as pegadas, um grito os impediu e lhes mostrou o caminho a ser tomado. Do alto da torre ecoou um grito de agonia que se calou num silêncio mórbido. Era a voz de Darin, esposa de Nailo.

_ Vamos! – gritou o ranger, correndo para dentro da fortaleza. Os outros o seguiram e logo após ouviram mais um grito. Desta vez era a voz de Aino, a esposa de Lucano.

Sem hesitação, o grupo correu pelos corredores e escadarias do castelo. Tudo estava iluminado pela luz de tochas bruxuleantes. Enquanto corriam Lucano despejava bênçãos e proteções em seus companheiros, preparando-os para a batalha. Rapidamente alcançaram o segundo andar, Legolas viu que o fogo que ateara ao castelo fora apagado por alguém. Finalmente chegaram ao final da construção e à escadaria que dava acesso à torre. Galgaram os degraus com a velocidade e ferocidade de leopardos e entraram no cômodo onde tinham travado a fatídica batalha contra Zulil. E, conforme o necromante esperava, caíram em sua armadilha.

A porta de entrada foi lacrada por uma parede de pedras que desceu do teto assim que o grupo a atravessou. O arco mágico de Legolas deixou de brilhar, tal qual as espadas de Nailo e Lucano. Da mesma forma que as armas, todos os outros itens dos heróis perderam seus poderes e as proteções e magias que tinham conjurado durante o trajeto dissiparam-se por completo. Estavam numa zona de anti-magia, uma área onde nenhum poder mágico era capaz de funcionar.

Olharam ao redor. O laboratório em forma de círculo tinha sido completamente alterado. A câmara tinha sido dividida em duas partes, separadas por grossas grades de ferro escuro e frio. Na metade em que estavam, o alçapão do chão e as janelas tinham sido lacrados com rocha e o teto, um pouco mais baixo do que antes, tinha algo de muito estranho incrustado em sua estrutura de pedra. Exatamente no centro da metade do teto que estava sobre os heróis havia um tipo de compartimento, uma cavidade quadrada, cavada na rocha e isolada dos elfos por uma grossa parede de vidro e barras de ferro. Protegido dentro da cavidade, um imenso olho estático observava os aventureiros, rodeado por velas de desenhos e runas arcanas. Era um olho de observador, um olho de beholder, uma criatura aberrante repleta de olhos e cheia de poderes. E um dos poderes desta perigosa criatura era justamente impedir o uso de qualquer tipo de magia.

O grupo avançou em direção à grade que dividia o aposento. Legolas entrou em desespero ao ver o que havia do outro lado e tentou agarrar e arrancar as barras de ferro à força. Mas sua tentativa foi em vão, pois, além de estarem firmemente cravadas no chão e no teto, após a grade havia uma barreira invisível, um tipo de parede mágica, que impedia o avanço dos heróis. E além desta barreira mágica, estavam os corpos.

Cinco plataformas de pedra erguiam-se do chão sustentadas por pilastras também rochosas e envoltas pela escuridão da penumbra que imperava após a barreira. Cortinas negras juntavam-se à escuridão para criar uma atmosfera sombria e impedir que alguns lugares fossem acessados pela visão dos heróis. Além das plataformas havia prateleiras presas na parede do fundo, sobre as quais repousavam cinco enormes pedras preciosas que refletiam de forma fantasmagórica a luz de uma única tocha que se ocultava em algum lugar atrás das cortinas. E, para desespero dos heróis, sobre as placas de pedra havia cinco corpos, cinco mulheres elfas. Eram elas Liodriel, Darin, Enola, Aino e Deedlit. Todos ficaram paralisados por um longo instante, mirando com seus olhares os corpos de suas amadas na esperança de perceber um espasmo, por menor que fosse, indicando a presença de respiração, a presença de vida. Mas, não havia movimento. Não havia respiração. Não havia mais vida naqueles corpos que jaziam sobre a rocha fria. Estavam todos entregues à tristeza, ao desespero e ao medo, quando o som de passos, e uma risada sombria os tirou daquele estado de torpor.

_ Há há há há!!! Finalmente chegaram, meus amigos! Pena que chegaram tarde demais! Perderam um belo espetáculo! – Zulil surgiu por trás das cortinas, protegido por sua grade de ferro e sua parede mágica.

_ Desgraçado! Por que fez isso? – gritou Legolas.

_ Porque eu esmago aqueles que se colocam no meu caminho! – respondeu o necromante, sorrindo.

_ Mas elas não lhe fizeram nada, nem conheciam você! – protestou Nailo, guardando as espadas e esperando conseguir resolver aquela situação sem combate direto.

_ Mas vocês fizeram! Destruíram minhas criações, meu laboratório! Atrapalharam meus planos e ainda tentaram me matar! Por isso eu as matei! Agora minha vingança está quase completa! – Zulil rugiu. Sua voz perdia o tom calmo e suave para tornar-se um trovão carregado de ódio.

_ Maldito! Você não devia ter feito isso! Vou lhe dar uma chance de se redimir e desfazer essas maldades! Pegue-a antes que seja tarde! – Nailo Insistia.

_ Ora não me faça rir! Suas ameaças são vazias, vocês não passam de cadáveres ambulantes! – rebateu o mago.

_ Mas isso não é possível! Eu o matei, arranquei a sua cabeça! Você não podia estar vivo! Como isso é possível? – perguntou Anix.

_ Cale-se! Eu não lhes devo explicações! Entretanto, já que vocês vão morrer mesmo, vou satisfazer sua curiosidade! Eu voltei de uma maneira simples! Basta ter um pouco de dinheiro e você consegue fazer maravilhas, como, por exemplo, ter um clone seu guardado, esperando para abrigar sua alma! Pois saibam, seus vermes, que quando me derrotaram aqui, minha alma foi transportada magicamente e eu despertei imediatamente depois da batalha em meu novo corpo que estava em uma de minhas bases, em Valkaria! E desde aquele dia eu venho me preparando para este momento, preparando minha doce vingança! – respondeu Zulil. Parou por um momento, gargalhando enquanto os heróis o olhavam, atônitos, e prosseguiu. – Imagino que vocês devam estar se perguntando como eu consegui localizar suas namoradinhas! Pois antes que me perguntem, terei prazer em lhes contar! Saibam que vocês foram traídos! Foi um amigo de vocês quem me contou tudo que eu precisava saber, onde cada um de vocês morava, quem eram as pessoas mais queridas para vocês! Um velho amigo de vocês é na verdade um traidor!

_ É mentira! O único traidor aqui é você Zulil! Pare com essa loucura já! – protestou Nailo.

_ E o traidor esta aqui também! – prosseguiu o mago, sem se importar com Nailo. Olhou para sua esquerda, para um canto que os heróis não podiam ver e fez um aceno com a mão. – Venha até aqui. Venha, Sam! – e ele veio.

O som de passos se formou naquele longo e mórbido silêncio que durou somente uma fração de segundo. Uma cabeça surgiu de trás das cortinas, com um chapéu adornando-a. Imediatamente os cinco elfos reconheceram o rosto que surgia, era Sam Rael. Mas algo estava errado ali. Havia um objeto metálico brilhante abaixo do pescoço de Sam e, conforme ele foi adentrando na câmara, todos enfim entenderam o que se passava. Era apenas a cabeça de Sam Rael que estava ali, separada de seu corpo e depositada sobre uma bandeja. Uma bandeja carregada por um halfling que eles conheciam bem, Flint Stone.

_ Foi muita sorte encontrá-lo em uma taverna de Valkaria quando eu preparava minha vingança. O tolo estava alegre por ter recebido a notícia de que ia ser pai e estava na taverna em busca de vinho para comemorar com a vagabunda prenha. Quando me viu, o imbecil ficou todo alegre e veio me contar a novidade. Foi bastante fácil fazê-lo falar de vocês e narrar suas aventuras que ele cantava todo orgulhoso. Eu fui dando corda e ele foi me contando cada vez mais coisas. Disse de onde cada um era, o que gostavam de fazer e quem amavam. Ele me entregou todos vocês, suas fraquezas e vulnerabilidades como se me servisse um banquete. Depois que eu sabia tudo o que precisava, contratei uns goblins para dar cabo do sujeito. Sabem, foi um grande espetáculo vê-lo chorar, gritar e implorar antes de morrer. Ah, e aquilo que dizem sobre s bardos é verdade! Sim, matar bardos dá muito azar! Os goblins que contratei morreram logo depois de matarem seu amiguinho aqui! Hoje eles são ótimos escravos zumbis! – Zulil continuava falando, zombando dos heróis e daqueles que eles mais amavam. O ódio tomava conta de todos.

_ Bem, agora chega de conversa! Eu tenho muita coisa a fazer e não posso ficar aqui perdendo tempo com um bando de condenados inúteis. Vamos embora! – e Zulil pegou um pergaminho mágico e pronunciando versos arcanos, fez surgir um portal diante de todos. Do outro lado da passagem era possível ver uma floresta densa que circundava um desfiladeiro. Eram árvores gigantescas e moitas com folhas do tamanho de um homem e no fundo do escuro desfiladeiro havia uma sinistra torre. Uma libélula do tamanho de um cachorro passou diante do portal antes do primeiro inimigo atravessá-lo. Flint Stone fez uma zombaria, jogou a cabeça de Sam no chão e a chutou para longe antes de entrar e desaparecer através do portal. A seguir veio Laurel, que oculto atrás das cortinas e na escuridão.

_ Laurel! Por que faz isso?Por que fica ao lado dele? Por acaso acha que ele está certo? – perguntou Nailo.

_ Sim, acho! – respondeu Laurel, sorrindo. Entrou no portal e, antes de desaparecer, virou-se e mostrou a língua, agitando-a como uma serpente e zombando dos heróis.

_ Bem, agora é minha vez! – Zulil pegou as cinco jóias que estavam nas prateleiras e uma sexta gema, até então oculta nas sombras. Acionou uma alavanca na parede. – Agora minha vingança está completa! Boa morte para vocês! – e, dizendo estas palavras, o traidor desapareceu pelo portal que se fechou logo em seguida.

Todo o castelo começou a tremer assim que Zulil acionou a alavanca. O teto começou a se mexer e desceu rapidamente sobre os cinco elfos. Do outro lado da barreira nada acontecia, mas eles não podiam atravessar por causa das grades e da muralha invisível. A porta pela qual tinham entrado, todas as janelas e o alçapão no qual Glorin caíra um ano antes eram agora paredes de rocha sólida. Não havia como escapar.

Os aventureiros seguravam o teto, tentando impedir que as várias toneladas de pedra os esmagassem. Squall e Lucano tentavam quebrar o vidro para destruir o olho do beholder e assim poderem usar magia para escapar, mas todas as tentativas eram em vão. Anix percorria as bordas da sala desesperadamente, tentando travar o movimento do teto com lâminas de adagas, espadas, com moedas, jóias e qualquer coisa que encontrasse. O teto descia rapidamente. Legolas e Nailo tentavam segurá-lo, mas sentiam que seus braços iam quebrar a qualquer momento. A sala já tinha menos de um metro de altura, Legolas ouviu seus ossos estalando e trincando, e soube que tudo estava perdido.

O arqueiro deitou-se no chão, olhando para o corpo de sua amada que jazia do outro lado da grade e calou-se. Nailo deitou sobre Relâmpago, protegendo-o com seu corpo, sacou as espadas e as apoiou no chão para tentar escorar o teto.

_ Foi bom viver com vocês, amigos! – foram as últimas palavras do ranger.

Anix e Lucano ainda tentavam segurar o enorme peso, mas sentiram que era impossível. Squall continuava golpeando o vidro, mas como ele não recebera sequer um arranhão, sentiu que a hora de sua morte tinha finalmente chegado.

Então, quando todas as esperanças estavam perdidas, os cinco aventureiros ouviram um estranho som. Era o tilintar semelhante ao de um martelo numa bigorna, vindo do outro lado da entrada da sala. Junto com as batidas, outros sons começaram a surgir. Eram como explosões, trovões e rajadas mágicas. Os sons foram ficando cada vez mais altos, cada vez mais próximos, até que eles viram uma fina camada de gelo se formar sobre a porta de entrada.

_ Capitão! É o capitão Glorin! – gritou Legolas. A parede explodiu. Gelo e fogo invadiram a sala, junto com vinhas serpenteantes que desapareceram ao entrar na área anti-magia. Glorin travava o teto com seu machado, com a ajuda de Jonathan, Seelan e Kuran. Todd invadiu a sala, rolando pelo chão e atirando adagas nas bordas do teto, retardando sua descida mortal. Uma sexta pessoa surgiu pela porta, convocando os elfos para fora da armadilha.

_ Depressa! Saiam daí! Venham! – era uma voz familiar, que não ouviam há quase um ano. Era Lars Sween.

_ Não vou deixar a Enola aqui! – gritou Anix, enquanto seus amigos se atiravam para fora da sala.

_ Se você morrer aqui, não poderá ajudá-la! – disse Lars. O elfo voltou a sim e saltou para fora da sala, junto com Todd, antes de o teto desabar de vez, destruindo o piso, o olho do beholder, as grades de metal, a muralha mágica de Zulil e parte das paredes da torre. Os heróis estavam salvos, ao menos por enquanto, graças à ajuda de Glorin e seus amigos. E Lars estava de volta. Com a ajuda dos seus poderes, Aino, Enola, Liodriel, Deedlit e Darin podiam ser trazidas de volta, podiam ser ressuscitadas.

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