julho 04, 2005

Capítulo 67 - A partida

Na manhã do sétimo dia de Luvitas, um tirag, os heróis se reuniram em frente ao poço de Darkwood. Era uma fria manhã de inverno, e o sol sequer tinha terminado de raiar entre as copas das negras árvores de Tollon, quando todos se levantaram. Atormentados por mais uma visão do futuro, os bravos aventureiros entenderam que só tinham um caminho a seguir, o oeste. Eles deveriam percorrer cerca de três dias rumo ao poente, encontrar uma montanha com o formato de um dente de pedra, e então salvar a bela Liodriel das garras dos orcs. Com esse pensamento em mente, deixaram para trás o túnel formado pelas copas das árvores, que servia de entrada para a pequena vila onde Legolas e Nailo haviam nascido e se criado.
Após atravessarem a estrada, não mais que uma estreita trilha que cortava a floresta sentido norte-sul, notaram que um dos seus não estava presente. O bardo Sam Rael, que os estava acompanhando desde que haviam deixado a cidade de Malpetrim, não estava entre eles. Os cavalos foram parados, enquanto os olhares buscavam pelo bardo na direção da vila.
A escuridão não permitia que enxergassem com clareza, mas seus ouvidos perceberam alguma. À frente do grupo, um ruído de passos no meio da mata, se aproximava lentamente. Os heróis, em sua maioria elfos, perceberam um vulto caminhando entre as árvores, vindo em sua direção. Prepararam-se para sacar suas armas e lutar, mas o ser que se aproximava não parecia ser hostil. Quando a forma do vulto pode ser distinguida, os aventureiros imediatamente reconheceram a figura que se aproximava. Laura, a menina que havia se tornado a curandeira local, após a trágica morte de seu avô, se aproximou dos heróis, trazendo um pequeno bastão nas mãos.
_ Então vocês vão partir, não é? – a bela voz da jovem quebrava o silêncio da mata.
_ Sim, nós vamos resgatar Liodriel dos orcs! E você, o que faz de pé tão cedo? – respondeu Legolas.
_ Eu vim para lhes desejar boa sorte, e para lhe agradecer! Você foi o homem que vingou a morte de meu avô, não foi?
_ Bem, no final das contas foi mais ou menos isso que aconteceu!
_ Eu lhe agradeço, Legolas, e desejo a você e a seus amigos boa sorte em sua jornada. Também quero que vocês fiquem com isso. – enquanto falava, emocionada, a jovem entregou a pequena vareta que trazia consigo para Legolas.
_ Obrigado Laura, mas o que é isto?
_ Essa varinha pertencia ao meu avô, ela servirá para curar os seus ferimentos durante os desafios que virão. Eu quero que vocês fiquem com ela, e que ela os ajude a vencer a sua provação! Basta que um de vocês, que saiba usar magia divina, aponte a varinha e pronuncie Braxat, para que ela manifeste seus poderes!
Legolas agradeceu, e entregou o objeto na Nailo, para que ele fosse o responsável para o bem do grupo. Assim, eles poderiam contar com Lucano e Nailo para curá-los em caso de necessidade. O grupo se despediu de Laura, que partiu em direção ao vilarejo, ao mesmo tempo em que Sam chegava apressado a cavalo, trazendo pesadas bolsas consigo.
_ Cheguei meus amigos! Vamos partir, eu trouxe suprimentos para a nossa viagem!
_ O que você traz ai Sam?
_ Não se preocupem amigos, eu arranjei água, comida e tochas. Já que nós vamos entrar numa montanha, vamos precisar de iluminação! Agora vamos meus amigos, ao resgate da bela dama!
O bardo dividiu sua carga com Squall, os heróis deram com as rédeas em seus cavalos, fazendo-os andar, e partiram rumo ao oeste, onde aventura, perigos e tesouros os aguardavam.

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