Capítulo 283 – Crescidos
_ Venham todos! Eu tenho uma idéia! – clamou Anix, correndo escada abaixo.
Todos acompanharam o mago em sua corrida e, enquanto desciam viram a porta do segundo andar se abrindo e vomitando uma dúzia de goblins armados. Sem hesitar, Anix concentrou sua mente e lançou uma de suas mais poderosas magias. A bola de fogo certamente explodiria e queimaria todos aqueles goblins, pensou o mago. Mas, antes que a magia explodisse, um trovão foi ouvido e o cheiro de cloro se intensificou no ambiente. E o que era para se transformar numa explosão de chamas, tornou-se uma gigantesca teia.
Não era o que o herói esperava, mas acabou servindo para impedir o ataque dos inimigos. Os goblins ficaram enredados, presos numa gigantesca teia de aranha que cobria boa parte da escada. Eram presas fáceis.
Orion se aproximou, com sua espada flamejante, e começou a atear fogo na teia. As chamas avançavam rapidamente pelas fibras inflamáveis, queimando e ao mesmo tempo soltando os goblins. Mas, cada monstro que se libertava, após receber algumas queimaduras, era morto a golpes de espada por Nailo, Squall e Orion.
Assim eles atravessaram os degraus cobertos pela magia de Anix e mataram todos os inimigos. E são quando o massacre terminou, Squall se lembrou de retirar a galinha de sua cabeça.
Chegaram então à porta do segundo andar. Além dela, dentro de uma enorme sala, um monstro rugia, brandindo uma gigantesca clava de aço recoberta por espinhos metálicos afiados. Era uma criatura de pelagem espessa e aparência bestial, um goblinóide. Tinha cerca de quatro metros de altura e era muito parecido com os bugbear que haviam enfrentado na praia, embora fosse muito maior.
Sem hesitar, Squall apanhou a varinha mágica que pertencera a Zulil, e com o pronunciar de uma palavra mágica, um raio foi disparado em direção ao monstro. A fera encurvou o corpo e deixou sua maça pender nas mãos, como se não suportasse mais o peso da arma. Estava mais fraco.
Orion invadiu a sala, urrando em desafio à criatura. E, para surpresa geral, a cada passo dado pelo guerreiro, seu tamanho aumentava mais e mais, até que ele atingiu a mesma altura do monstro. Orion, o humano gigante, golpeou o couro duro do bugbear com sua espada. O sangue brotou farto, e o cheiro do pelo queimado rivalizou com o do cloro em suas narinas.
O monstro revidou com igual fúria. Sua maça atingiu com peso sobrenatural o peito do humano, amassando-a e esmagando os músculos e ossos que estavam por baixo. O monstro parecia que levaria vantagem, mas foi surpreendido pela chegada de Nailo pelo seu flanco direito. A espada elétrica do ranger penetrou fundo entre as costelas do inimigo, causando dor e ardor. E Nailo agora era um elfo gigante.
O próximo a se tornar gigante foi Lucano. Com Dililiümi ele rasgou o ventre do adversário, e a espada inflamou-se para queimar o inimigo, como se sentisse prazer em fazer aquilo. Uma voz ecoava na mente do clérigo: “Queime o maldito monstro!”.
Por último veio Squall. Correu enquanto seu tamanho aumentava, até ficar diante do monstro, ambos da mesma altura. Passou a espada na garganta do inimigo num corte limpo, fazendo-o tombar para trás, já pálido e sem vida. O sangue jorrava com abundância, e as gotas pareciam aumentar de tamanho antes de tocarem o chão da torre.
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