Capítulo 299 – Contratempos
Nailo, Lucano e Darin retornavam para as vias principais da cidade, a fim de reencontrar seus amigos, quando um som chamou a atenção dos heróis. Era um ruído distante, abafado pelo burburinho constante das ruas movimentadas. Mas isso não era suficiente para disfarçá-lo aos ouvidos apurados de Nailo. Era um animal em perigo, um cão ou lobo ganindo de dor e de medo, não distante dali.
_ Darin, fique aqui, eu volto logo para buscá-la! Não saia dessa loja! – deixando a noiva e seu lobo em segurança numa pequena loja de capas mágicas, Nailo correu, acompanhado de Lucano, em direção aos ganidos.
Poucos metros dali havia um beco que se contorcia por entre as casas e estabelecimentos comerciais e terminava abruptamente, nas costas de um sobrado alto. Ali havia três homens encapuzados, suas cabeças e corpos cobertos por mantos negros. Cada um deles segurava uma ponta de corda de cânhamo, usada para prender um enorme lobo cinzento, maior que um lobo comum, que rosnava e se debatia, tentando fugir de seus captores. Vez ou outra o animal era golpeado com uma vara e gania. Seu pescoço sangrava, a pele esfolada pelas amarras.
_ Ei, vocês! Parem já com isso! Soltem esse lobo! – gritou Nailo, assim que chegou ao beco, revoltado com o que via.
_ Ora, cale-se! E vá embora daqui! Isso não é de sua conta, garoto! Suma ou irá se arrepender! – retrucou o mais alto dos homens.
Nailo deu um passo beco adentro, atento aos homens e com as mãos perto das espadas. Sua boca emitia grunhidos, rosnados e latidos iguais aos de um cão. Como em resposta, o lobo o imitou enquanto se debatia.
_ Agora já sei que são maus. Soltem o lobo ou irão se arrepender! – Nailo sacou as espadas após gritar com autoridade. Na mão direita, a velha espada forjada nas minas de Durgedin faiscava como um céu de tempestade. Na mão esquerda, uma espada nova, recém adquirida na cidade voadora, soltava descargas elétricas, tentando se igualar à sua rival de maior tamanho.
_ Idiota. Acaba de selar sua própria morte. – resmungou o homem alto. – Matem-no! – gritou por fim.
Os três homens avançaram sobre Nailo com espadas em punho. O ranger se esquivou dos ataques e revidou com suas lâminas carregadas de eletricidade. O primeiro dos inimigos tombou já sem vida.
_ Vocês são muito fracos. Rendam-se! Será melhor para vocês – zombou Nailo.
Entretanto, os dois encapuzados não se intimidaram com o poder de Nailo. Estavam em vantagem numérica, era certo que venceriam, pensavam eles. Voltaram a atacar. Desta vez uma das espadas tocou superficialmente o corpo de Nailo, causando não mais que um raspão, mas foi o suficiente para elevar a moral dos criminosos. Lucano chegou nesse momento e engajou-se na batalha, flanqueando um dos oponentes que cercavam seu amigo.
Então surgiu um quarto homem, também envolto num manto negro. Vendo o que se passava ali, correu para fora do beco em busca de reforços. Mas Lucano o seguiu e, usando o poder concedido por Glórienn, cegou-o magicamente. Impossibilitado de ver, o bandido interrompeu sua fuga e tentou lutar, em vão.
Dentro do beco, o líder dos criminosos encontrava-se em grande dificuldade. Já havia recebido vários golpes das espadas de Nailo, assim como seu comparsa, e, percebendo que não conseguiria vencer aquele combate, decidiu apelar para seu último truque sujo. Desembainhou uma adaga, cuja lâmina gotejava um líquido viscoso e amarelo, de cheiro forte. Tentou golpear as costas de Nailo, mas o elfo se esquivou facilmente do ataque. Tentou então fugir correndo, mas, ao passar perto do lobo que torturava momentos antes, foi atacado com violência e ódio. Por fim, a lâmina longa do ranger terminou por ceifar a vida do homem antes que ele pudesse completar o primeiro passo de sua fuga desesperada.
Na entrada do beco, o homem cego se debatia, tentando fazer com que sua lâmina encontrasse o corpo de Lucano. Desesperado, sacou também uma adaga envenenada e, quando o clérigo tentava desarmá-lo, cravou a lâmina gotejante em seu braço. Mas Lucano era forte e protegido pelo poder da deusa dos elfos. Tomado de cólera, vingou-se com um corte limpo na garganta do inimigo que tombou inerte. O veneno entrara em seu corpo, mas em quantidade insuficiente para causar-lhe qualquer mal.
O último dos criminosos sentiu a lâmina faiscante de Nailo perfurar-lhe o estômago, suas pernas fraquejarem e seus olhos escurecerem antes de ser atingido com força na cabeça e desmaiar. Nailo amarrou o homem desmaiado e tratou suas feridas apenas o suficiente para que ele não morresse de hemorragia. Depois, conversou com o lobo.
Usando o poder que Allihanna lhe concedera, Nailo descobriu que os homens eram pessoas más, que maltratavam animais, e que o lobo poderia levá-lo até o esconderijo daquela gangue maligna. Colocou o bandido desmaiado sobre os ombros e, guiado pelo novo amigo, deixou o beco com Lucano.
Já de volta às ruas, o enorme lobo, bem como o fato de Nailo carregar um homem ensangüentado e amarrado nas costas, causou espanto geral na população. A milícia foi avisada e de heróis eles passara a fugitivos. Assim, fugindo dos soldados e seguindo o lobo, Nailo e Lucano corriam pelas vias de Vectora, entrando pouco a pouco em Mucro, o bairro das armas.
Sem que pudessem imaginar, não distante deles estavam Seelan, Orion e Squall, fazendo o caminho inverso, rumo à saída da vila dos armeiros, conduzidos por Tião entre ruas estreitas e tortuosas e por becos onde a luz do sol não conseguia chegar.
Squall fazia planos para vender as armas de Grinch em outro lugar, já que agora entendia o funcionamento delas e tinha uma noção do preço que elas valiam. Precisava apenas encontrar outra pessoa interessada e pedir um valor acima do proposto por Gorco, o qual ele tinha certeza de que era muito abaixo do que as armas realmente valiam. Orion sentia-se inseguro dentro das paredes de aço que eram sua armadura. Assediado por Seelan, sequer desconfiava que todo aquele flerte não passava de uma traquinagem que o mago sempre fazia com os soldados novatos. Tião tagarelava sem parar, mostrando cada rua, cada loja como se fosse única. Sempre tinha alguma história, algum detalhe a mencionar sobre cada lugar. Talvez tivesse apenas uma boa imaginação que fizesse valer a pena o dinheiro gasto em sua contratação.
Subitamente, em um trecho onde várias ruas estreitas se encontravam num pedaço de uma rua larga e quase deserta, o grupo foi cercado por quinze homens de aspecto suspeito, todos envoltos em mantos escuros e encapuzados. E estavam todos armados.
_ Assalto! – gritou um deles, ameaçando com uma espada. – Entreguem tudo que têm sem reagir ou morrerão!
Squall iniciou a conjuração de um feitiço, murmurando os primeiros versos e movimentando os braços. Orion sacou sua espada flamejante, furioso. Tião se encolheu entre os heróis. Seelan apenas deu um sorriso.
_ Calma, não façam nada. É melhor não reagirmos. Vou entregar todo o dinheiro que trago na mochila, será melhor assim. – disse Seelan, detendo os outros dois. Depois abaixou, tirando a mochila das costas e colocando-a no chão. De dentro dela tirou uma pequena bolsa de cor bronze. Colocou a mão na bolsa vagarosamente e agarrou alguma coisa. – Tomem! – gritou após arremessar para os bandidos uma pequena bola de pêlos do mesmo tom da bolsa. A esfera se transformou num enorme rinoceronte ao tocar o solo. Sob o comando de Seelan, o animal atacou os assaltantes, empanando um deles com seu chifre gigantesco. A batalha começou.
Rapidamente os outros assaltantes se atiraram sobre os heróis. Squall se viu cercado por vários deles, que atacavam com força e precisão. Sentiu seus sabres rasgando sua roupa e sua carne, e perfurando-lhe em locais onde doía muito, como se enxergassem os pontos fracos do feiticeiro. Squall viu seu sangue tingindo o chão enquanto seu corpo, em contraste, empalidecia rapidamente.
A um passo dali, Seelan apenas se esquivava das várias espadas que tentavam morder-lhe. Uma delas raspou em seu ombro, provocando um corte raso que tirou um lamento em tom de desprezo da boca do mago.
_ Que droga! Olhem o que fizeram, seus mal educados! Agora vocês irão me pagar por isso!
Orion não encontrava dificuldades. Os poucos golpes que sua espada não conseguia aparar encontravam a couraça de metal que o protegia, sem lhe causar dano algum. Mas, cercado por todos os lados, não pode evitar que um dos atacantes encontrasse uma abertura em sua armadura e golpeasse com extrema precisão. A dor intensa mostrou ao guerreiro que os inimigos não eram tão fracos quanto pensava, e que não estavam ali para brincar.
Encolhido, com as mãos protegendo a cabeça, Tião era ignorado pelos atacantes. Melhor assim, pensaram os heróis. Dessa forma somente os bandidos perderiam a vida naquele combate. Mas logo mudaram de opinião, quando um dos assaltantes empurrou o guia para tirá-lo do caminho e gritou com ele.
_ Sai da frente Tião! Não atrapalhe! – gritou o bandido sem pensar nas conseqüências de suas palavras. Uma verdade oculta foi revelada, aquilo era uma cilada,Tião estava do lado dos assaltantes.
Seelan mantinha-se calmo. Fitava os inimigos um a um enquanto pensava na melhor estratégia. Estava em Vectora, como bem lembrou, logo, não poderia cometer erros. Viu que Squall se encontrava em apuros e decidiu começar a atacar por ali.
_ Desculpe, Squall! – gritou ele. – Mas eu prometo que isso não vai doer nada!
E veio um feitiço. Após os sinistros versos de Seelan, sua mão tornou-se negra como a mais escura das noites, e um raio igualmente negro saiu dela e se abriu num leque de trevas, atingindo Squall e todos os que o cercavam.
Squall sentiu o fôlego desaparecer, estava cansado como se tivesse corrido por quilômetros sem parar. Seus inimigos estavam em igual condição. Erguiam suas espadas com dificuldade e desferiam ataques bambos que sequer se aproximavam do feiticeiro.
Seelan gritou para Squall se proteger e se curar, mas foi ignorado. Squall tentava lutar e atacar seus oponentes com sua mágica. Cloud o ajudava, cuspindo fogo sobre os inimigos de seu mestre. Mesmo fracos, os inimigos eram em grande número, e essa vantagem os tornava letais contra o enfraquecido e ferido Squall.
_ Ah, moleque teimoso. Parece que está querendo morrer. – resmungou Seelan, se esticando até Squall.
Veio então um segundo feitiço. Dessa vez, a mão de Seelan tocou o braço de Squall, enquanto desviava dos assaltantes que tentavam detê-lo. Squall foi envolvido por uma fumaça mágica e seu corpo se desmanchou e se mesclou àquela névoa até que o feiticeiro se não passasse de uma mera nuvem de fumaça alaranjada.
_ Orion! Agora é com você. Divirta-se! – Seelan deu um sorriso e foi se afastando dos inimigos entre um golpe e outro.
Orion também sorriu, as palavras de Seelan eram tudo que ele queria ouvir. Golpeou com sua espada e a primeira leva de inimigos tombou ao seu redor, cinco homens rasgados e queimados. Avançou até perto de Tião, e mais dois inimigos tombaram mortos. Com mais um golpe, desta vez desferido com o cabo da espada, o guia também caiu, desmaiado. Sua espada continuava limpa, o sangue de seus inimigos fervia e evaporava cada vez que a lâmina se banhava de vermelho após um ataque certeiro. Mais um passo, desta vez ele estava onde Squall se transformara em vapor. Mais cinco golpes, outros cinco inimigos tombados.
Restava apenas um inimigo, que tentava lutar contra o rinoceronte. Assustado e sozinho, ele largou sua espada e correu em disparada.
_ Vamos segui-lo – disse Seelan. – Squall desça aqui para eu dissipar a magia! – gritou em direção à fumaça que subia.
Orion já corria atrás do fugitivo carregando Tião nas costas. Seelan recolheu o rinoceronte de volta para sua bolsa mágica e fez outra magia em Squall, transformando-o de volta em elfo. O feiticeiro tomou uma poção mágica para se curar e os dois correram atrás de Orion, perseguindo o homem pelos estreitos becos de Mucro.
Acima deles estava Legolas, voando em sua vassoura mágica, sem desconfiar dos desafios enfrentados por seus amigos. Do alto, avistou os pais de Anix, Enola e Silfo, os únicos dentre seus amigos que circulavam pela vasta avenida das estrelas, que cortava a cidade no sentido norte sul. Legolas inclinou sua montaria encantada e desceu para se encontrar com os amigos.
_ Oi gente! E então, aproveitando o passeio? – perguntou ele, sorrindo.
_ Legolas, que bom vê-lo! Sim, estamos aproveitando muito – respondeu o senhor Ragnarok.
_ E onde estão Anix e Rael?
_ Bem, eles foram ajudar uma garotinha que estava em apuros. A mãe dela está doente e parece que elas são bem pobrezinhas. Eles foram ajudá-las. Você sabe que o Anix tem coração de manteiga mesmo.
_É, eu sei. E pra onde ele foi? Vou até lá ver se precisam de mim – disse Legolas.
Ragnarok indicou ao arqueiro o caminho que seu filho e o amigo haviam tomado. Legolas montou na vassoura e decolou, causando assombro em todos. Voava em baixas altitudes, quando viu Rael correndo por uma rua estreita. Sem hesitar, ele desceu ao encontro do rapaz.
_ Legolas, que bom! Preciso de ajuda – o clérigo conseguiu arrancar dos pulmões o pouco ar que lhe restava após a corrida para falar. – O Anix, ele precisa de ajuda. A garota foi assaltada. Anix foi atrás dos bandidos e desapareceu.
_ E pra onde ele foi? Diga logo, Rael! – gritou Legolas. O humano lhe apontou, à distância, o beco onde o mago desaparecera. – Depressa, vá avisar aos outros. E tente encontrar o Nailo e o Squall!
Legolas montou em sua vassoura e em segundos chegou ao beco. Olhou as três porta com desconfiança por um breve instante e chutou a que estava à esquerda.
Era uma casa pequena e simples com móveis velhos e remendados. Uma mulher de idade bastante avançada, que ia e vinha em uma cadeira de balanço emudeceu e ficou pálida ao ver sua casa invadida.
_ Desculpe, senhora. Errei de casa, perdão – Legolas saiu constrangido, fechando a porta, e correu para a que ficava no fundo do beco. Um pontapé a abriu com violência e barulho. Lá dentro, outra surpresa.
_ Ei, quem é você? Vá embora! Não vê que estou ocupado? – gritou um homem nu que devia pesar mais de cem quilos e estava sobre uma cama velha e suja, montado em uma mulher de meia idade, rosto cheio de maquiagem e roupa nenhuma.
Furioso e sem tempo a perder, Legolas apontou o arco, já carregado, para o sujeito. Ia perguntar de Anix, mas não teve tempo.
_ Espera! Calma aí, cara! Eu paguei, tá! Sem violência! – o homem agitava os braços em desespero, suava e tremia. Sua voz era quase um choro implorando por piedade.
_ Cala essa boca, seu verme! – gritou Legolas, tomado de ira. – Suma da minha frente antes que eu o transforme em peneira! Saia daqui! Verme!!!
O homem vestiu sua roupa, chorando e pulando até a porta e saiu correndo. Legolas olhou a mulher assustada deitada sobre a cama, uma humana ainda jovem, mas castigada pela vida, como era evidente em seu corpo e rosto. Virou as costas e saiu, apressado. Restava apenas uma porta, tinha que ser a certa. Não havia outra opção. Atirou seu corpo todo contra a madeira e entrou já quase disparando o arco. E não encontrou nada.
Estava em um cubículo, um quarto quadrado, escuro, sujo e baixo. Havia algumas cadeiras velhas e uma pequena mesa dentro do cômodo, e mais nada. Legolas procurou por pistas. Encontrou um alçapão oculto sob um tapete antigo e empoeirado. Abriu-o. Havia um fosso circular que descia muitos metros abaixo do solo. Uma das laterais do fosso possuía uma escada feita de barras de ferro dobradas e cravadas na terra batida. Sem perder tempo, Legolas agarrou-se à sua vassoura e pulou no buraco, descendo suavemente até o fundo. Lá, encontrou um longo túnel, escavado nas entranhas de Vectora para algum propósito maléfico. Sob seus pés, abandonado no chão, havia um pedaço de pano rasgado, retirado de alguma roupa que Legolas conhecia bem, o manto de Anix. A poucos metros dele, havia a luz de uma tocha presa em um suporte na parede. Sob a tocha, sentado em uma cadeira encostada na parede, havia um homem, um vigia.
_ Desgraçado! O que fizeram com meu amigo? Onde está o Anix??? – gritou Legolas, cheio de cólera. Duas flechas partiram de seu arco quase juntas e enterraram-se no peito do vigia.
O homem se levantou semi atordoado, levando uma mão ao ferimento que encharcava de vermelho o couro de sua armadura. Agarrou uma lança curta que repousava encostada na parede e disparou em direção a Legolas. Naquele espaço apertado, o herói não podia mover a espada ou mesmo o arco com liberdade, estava em desvantagem contra aquele tipo de arma. A lança perfurou o estômago do arqueiro, bebendo seu sangue. O homem gargalhou, confiante na superioridade de sua arma naquele tipo de terreno. Legolas não podia se afastar do inimigo para usar o arco a uma distância segura, nem podia usar a espada com eficácia para combater corpo a corpo. Mas ele ainda tinha um trunfo. Agarrou a vassoura com uma das mãos, enfiando-a com força por baixo do ombro da armadura do inimigo. Mentalmente, comandou o item para que voasse velozmente para frente e o soltou. A vassoura obedeceu e decolou, levando o vigia consigo, pendurado pela armadura.
O homem sacolejava de um lado para outro, batendo contra as paredes, e o chão. Seu peso o forçava para baixo, para fora da armadura, ficando pendurado pelo pescoço, quase asfixiado. Enquanto tentava se libertar da armadura para encerrar seu vôo forçado, Legolas o alvejava com o arco, como uma criança brincado de tiro ao alvo.
_ Verme! Quero ver você dar risada agora! – zombou o elfo. Mais duas flechas foram disparadas e o homem perdeu os sentidos. Sem ninguém para comandá-la, a vassoura voou por mais alguns metros e depois despencou no chão. Legolas correu até ela, conferiu se o homem estava realmente morto e montou em sua vassoura. Voou pelo túnel o mais rápido que podia, percorrendo centenas de metros em poucos segundos. Sem que soubesse, havia passado de um bairro a outro através do subterrâneo. Assim como seus amigos, Legolas estava agora no bairro de Mucro, vários metros abaixo dele. No final, aqueles contratempos que pareciam atrapalhá-los e impedi-los de cumprirem seus objetivos, acabaram servindo para reunir todo o grupo novamente. Faltava pouco agora para que todos voltassem a se encontrar.
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