março 07, 2008

Capítulo 309 – Enfim...trolls!

Foi somente após o desaparecimento da névoa que Nailo pode finalmente encontrar a trilha verdadeira deixada pelos trolls. Um sapato de criança e algumas pegadas de seu dono revelaram que outra tentativa de fuga tinha acontecido e que, conseqüentemente, as crianças estavam vivas quando por ali passaram. Deixaram para trás o túmulo florido de Livara Austini, no fundo da cratera que fora criada, muitos anos antes, no local onde ela sucumbira e espalhara sua essência de vida por todo o bosque para protegê-lo da guerra e da destruição.

Os rastros seguiam, como dissera Livara, apenas pela borda da antiga floresta, apenas avançando mais para o interior de seu território no momento da perseguição à criança que tentara fugir. Caminharam por mais vários minutos, deixando para trás a antiga mata protegida pela druidisa Livara, até que encontraram uma pequena colina.

Era um morro rochoso baixo e extenso cercado por todos os lados pela floresta de Sambúrdia. Ramos de trepadeiras cresciam ao redor da encosta que se elevava cerca de dez metros do solo numa inclinação suave. Na face que se voltava para o leste, havia a entrada de uma grande caverna arredondada. As pegadas dos trolls conduziam para lá.

_ É aqui, tenho certeza! – exclamou Nailo animado. – Dessa vez pegamos eles. Os trolls entraram nessa caverna com certeza. Vamos!

Entraram. A caverna era um túnel circular de grande largura e altura, suficiente para que dois trolls andassem lado a lado sem precisar se abaixar. As paredes eram de rocha no início, para depois dar lugar à terra batida. O piso era de terra fofa e inclinava-se suavemente para baixo. Um cheiro de carne apodrecida vinha do fundo do túnel, tornando-se mais forte à medida que avançavam. De repente, Anix pisou em algo escondido sob a terra macia, talvez um galho ou osso, quebrando-o e produzindo um estalido agudo. Todos pararam alarmados, ficando em completo silêncio. Então, da escuridão adiante vieram urros enfurecidos e ensurdecedores. Eram trolls.

Três enormes monstros, de grossas peles verde amarronzadas, gosmentos e musculosos, correram de dentro da escuridão, armados de machados gigantescos. Os heróis se prepararam para o combate, sacando suas armas e posicionando-se. Anix lançou uma bola de fogo antes que os inimigos pudessem alcançá-los mas, por algum motivo estranho e desconhecido, o fogo parecia afetá-los muito pouco, e como todos sabiam, as chamas eram uma das fraquezas dos trolls.

_ Senhor Anakin! Fuja daqui com sua filha e proteja-a! – gritou Nailo.

_ Não, meu amigo! Ficarei e lutarei, usando as espadas que você me deu para ajudá-lo! Rere! Chaga! – gritou Anakin, ativando as espadas mágicas em suas mãos.

_ Eu também não irei embora! Também posso lutar! – vociferou Luise, desembainhando sua arma e avançando.

_ Que seja, então! Lutaremos todos juntos! – disse Nailo. E então sentiu algo estranho. Palavras formavam-se em sua mente, como se sussurradas dentro dela por uma voz muito distante, a voz de Livara Austini. – Lïajismüdhaf!!! – gritou Nailo, no idioma dos elfos, a palavra “desabrochem”. As Rosas Gêmeas brilharam e faiscaram como um céu de tempestade. Nailo avançou.

Squall já acabara de disparar sua engenhoca goblin nos monstros, liberando um ciclone de ar congelado que pouco efeito produzira nas criaturas. Os monstros contra-atacaram com seus machados, ferindo com grande força Nailo e Squall que estavam mais à frente. Um dos inimigos estendeu a mão sobre o outro e murmurou algo em seu idioma grotesco. Era uma magia de proteção, que os impediria de serem feridos por fogo, como percebeu Anix.

_ Precisamos de ácido! – gritou Nailo ao tomar conhecimento da magia que protegia os trolls. – Eles também são vulneráveis a ácido!

Mas, os heróis não estavam preparados para aquilo, não traziam ácido consigo, de modo que se viram forçados usar a força bruta para vencer aquele desafio.

As Rosas Gêmeas rasgavam a carne fétida dos trolls com violência, causando mais ferimentos do que o poder de regeneração dos monstros podia curar. Entretanto, mesmo assim, as feridas começavam a se fechar imediatamente após serem abertas, em velocidade assombrosa. A espada flamejante de Orion também abria largos cortes, fazendo o sangue escuro jorrar farto no solo da caverna. Entretanto, a chama de sua arma nada fazia aos inimigos que contavam com farta proteção mágica. Mais atrás, Legolas fazia chover flechas no inimigo que passara pela linha de frente de seu grupo e que era cercado e retalhado pelas espadas de Anakin, Lucano e Luise. No meio dos combatentes, Anix atacava com magias poderosas, drenando a vitalidade dos inimigos e tornando-os mais vulneráveis aos ataques de seus amigos. À frente, Squall ajudava Nailo e Orion, disparando rajadas de energia mágica nas criaturas até que a primeira delas tombou para trás inerte.

Mas não houve tempo para comemoração, pois o monstro despertou de seu sono de morte logo em seguida, restaurado pelo poder sobrenatural de cicatrização de se corpo, e voltou a atacar. Os machados desceram como raios sobre Squall e Orion, e ambos ficaram em situação desesperadora, pois não suportariam outra vez ataques daquela magnitude. Mesmo assim, todos continuaram atacando, cortando, queimando, furando, até que os outros dois monstros caíram, um rasgado pela lâmina da espada forjada por Durgedin, outro pela lâmina de fogo de Orion. O guerreiro ainda girou o corpo antes de terminar o ataque, atingindo com força o inimigo que restava em pé. O monstro resistiu ao golpe com dificuldade, conseguindo-se manter em pé agarrado a um mero fiapo de vida. Mas o pouco que energia que lhe restava para manter-se consciente lhe foi arrancado por uma rajada de dardos mágicos disparada por Anix.

O último dos inimigos tombou no túnel. Os heróis comemoraram a vitória, mas não puderam seguira adiante. Mesmo cortados, os pedaços dos corpos dos monstros que jaziam no chão começaram a se mexer. Estavam se regenerando.

2 comentários:

  1. Anônimo6:52 PM

    Nossa, muito bom. achei esse blog por acaso mas adorei e coloquei na minha página de favoritos, vou sempre dar uma passada aqui mesmo que tenha pego a estoria no final.

    POr fala na estoria, eu adorei esse capitulo a bataha com os Trolls foi ótima o que sera que vai acontecer com nossos heróis, agora que os monstro provaram que não serão facilmente vencidos e os recursos dos aventureiros não são suficientes? =]

    ASS.: Lord Brazen

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  2. Pois é meu amigo Lord Brazen, esses trolls surpreenderam os aventureiros. E a escuridão da caverna reserva para eles algumas outras surpresas mais desagradáveis ainda. Os recursos se esvaem, os inimigos ficam cada vez mais poderosos e não há tempo para preparação, os heróis estão entre o martelo e a bigorna, quero ver se conseguirão sair vitoriosos dessa aventura.

    Bem, por enquanto estamos de férias meio forçadas, já que a casa do mestre (nosso local de jogo) está passando por reformas. Mas em 1 ou no máximo 2 meses as coisas voltam ao normal e teremos postagens diárias, revelando o que o futuro reserva para nossos heróis e quais os planos do 20 deuses para eles.

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