agosto 06, 2008

Capítulo 313 – A segunda chance de Anix

Muito bem, amiguinhos. Aproveitem bem esse dia pois hoje, assim que o sol se pôr, nós voltaremos para o forte. – disse Seelan, assim que o grupo apareceu em Darkwood. Rapidamente Legolas e Nailo agarraram suas mulheres e foram para suas casas desfrutar as últimas horas que passariam juntos. Squall e Lucano foram visitar Nevan. Orion, meio deslocado do grupo, ficou para trás, junto com Seelan. Anix, Silfo e Enola também permaneceram ao lado do capitão.

_ Quanto a você, caro Anix, gostaria de levar sua namoradinha de volta para casa e passar o resto dia lá com ela? – perguntou Seelan.

_ Sim, claro! – respondeu Anix.

Seelan os transportou para o bosque onde a ninfa e o sátiro habitavam. Silfo, percebendo que sua protegida precisava ficar a sós com o elfo, saiu para pescar. Antes de se despedir, Seelan entregou a Anix um pergaminho mágico.

_ Fique com isso, Anix. É um pergaminho de teletransporte. Assim que a noite chegar, quero que você se teleporte direto para o forte Rodick. Combinado? – disse Seelan.

_ Combinado, Seelan – respondeu Anix. – Obrigado!

_ Espero que você não apronte de novo com isso. Estou confiando em você. Aproveite bem o dia e até a noite! – e dizendo essas palavras, Seelan desapareceu magicamente.

Anix envolveu Enola num afago e a beijou. Os dois passaram o dia juntos na palha, estavam em êxtase. Eram momentos maravilhosos que Anix desejava que nunca terminassem, assim como Enola. Quando então o crepúsculo se aproximava, Anix começou a se preparar para partir. Enola entristeceu.

_ Bem, Enola, a hora de eu partir se aproxima. Porém, antes de deixá-la, eu quero lhe dar algo. – Anix estava sério. Retirou de sua mochila um pequeno baú de madeira trabalhada, decorado com adornos dourados e o entregou à ninfa. – Tome, é para você.

Emocionada e curiosa, Enola abriu o baú e viu lá dentro o bracelete de ouro, prata e rubi que era a herança de família dada pela mãe de Anix. Os olhos da ninfa brilharam como o sol e uma chama se acendeu dentro dela. Estava maravilhada. Imediatamente, Enola tomou a jóia nas mãos e a colocou no braço esquerdo. Ficou ainda mais bela.

_ Anix, é lindo! Obrigada! Obrigada! – Enola não tirava os olhos da jóia, torcia o braço delicadamente de um lado para outro, fazendo poses para admirar o presente.

_ Que bom que gostou. Agora me devolva isso! – disse Anix, ainda sério.

_ Devolver? Por que? – Enola recuou, levando a mão direita ao bracelete. Estava espantada.

_ Porque isso só será seu definitivamente no dia em que você estiver preparada para se casar comigo! – as palavras do mago eram como um soco.

Enola emudeceu por um instante, depois se aproximou do elfo sedutoramente e sussurrou em seu ouvido:

_ Então é isso? Pois tenho algo a lhe dizer... – uma pausa. O coração de Anix pareceu parar aguardando o desfecho. – eu aceito me casar com você, senhor Anix Remo! Eu serei sua esposa! Já pode deixar o bracelete comigo, pois eu estou pronta para me casar. Conversei com sua mãe e ela me ensinou muitas coisas. Parta em paz para o seu forte e cumpra sua promessa lá. E, quando você retornar, então nós nos casaremos!

_ Está bem! – disse Anix. O mago quase não conseguia conter a emoção, mas ainda não era momento de amolecer. Manteve-se firme como uma rocha...ou quase. – Mas levarei o bracelete mesmo assim e só o entregarei novamente no dia de nosso casamento.

_ Ah não, Anix! Por favor, deixe-me ficar com ele agora! Deixa, vai! Olha como eu fiquei linda! Seja bonzinho, por favor, por favor! – Enola beijava e abraçava o elfo, sussurrava em seu ouvido de forma sedutora. Estava engajada em não se separar do belo presente que recebera. E, sabia Anix, estava determinada a se casar com ele.

_ Está bem. Fique com ele então. Eu já vou! – respondeu Anix secamente, enquanto abria o pergaminho de Seelan.

_ Cuide-se bem, Anix! – disse Enola. Seus olhos se encheram de lágrimas, seu coração se apertou e sua voz soou trêmula. Era outra vez a Enola de sempre.

_ Adeus! – e Anix partiu. Num piscar de olhos estava novamente no forte. Viu seus amigos surgirem no pátio principal momentos depois. Era hora de voltar ao trabalho duro. Mas, ao menos dessa vez, Anix tinha a certeza de que o aguardado dia do seu casamento com Enola estava muito próximo.

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