dezembro 08, 2006

Capítulo 249 – Inocentes ou culpados?

Capítulo 249 Inocentes ou culpados?

Legolas mandou que todos retornassem as suas casas e disse que ele escolheria os que o acompanhariam na viagem e os avisaria em suas casas. Quando todos se recolheram, mandou uma flecha com uma mensagem para Logan, para que ele vigiasse mais atentamente os moradores das casas em que eles haviam encontrado os itens do gigante.

Depois, juntamente com Bolor, o grupo foi até as casas onde estavam as peças roubadas e convocaram o líder de cada uma delas. Eram eles: Morim Picktwister, Bairin Gauntlesmith, Dwain Chiselback, Ovin Rockback, Bain Orefinger e o próprio Bolor Trollback. Também foram convocados para a viagem Morur Platetearer e Dak Firehead, os dois combatentes da vila que os haviam ajudado a fazer o reconhecimento do local quando ali chegaram. Além destes, Buluk Groundwright também foi convocado para servir de testemunha, junto com Dak e Morur, e contar ao povo da aldeia o que aconteceria na caverna de Ramassin.

Todos reuniram seus equipamentos e prepararam-se para a viagem. Partiram por volta das 14 horas e chegaram à montanha de Ramassin quando o sol já se deitava no horizonte. Takezo e Druidick ficaram na vila, vigiando os anões, já que não tinham certeza se eles eram honestos ou se todos faziam parte do roubo do tesouro, e também para proteger a vila em caso de ataque. Quando chegaram diante da entrada da caverna de Ramassin, Legolas apeou e todos repetiram o gesto. O arqueiro então pegou os itens roubados e começou a interrogar os anões.

_ Bem, agora que estamos aqui, vou contar a verdade! Não existe Noruega nenhum! Quem está atacando a vila são os monstros de Ramassin! Ele faz isso porque roubaram o tesouro dele! E quem fez isso foram vocês! Os outros estão aqui para testemunhar o que vai acontecer! – gritou Legolas, apontando para os acusados.

Todos ficaram espantados, como se não soubessem do que se tratavam as palavras de Legolas.

_ Mas do que está falando? Nós não roubamos nada! Não somos ladrões! – disseram os anões.

_ Estamos falando disso aqui! – Eldon mostrou o tesouro, e contou onde cada um dos objetos havia sido encontrado, dentro das casas de cada um ali presente.

_ Mas...nós não sabemos o que são essas coisas, nunca as vimos antes! Não somos ladrões! – respondeu Bolor, sua voz demonstrava que ele estava confuso, como se não soubesse de nada mesmo, ou como se soubesse blefar muito bem.

_ Como não? Nós encontramos essas coisas nas suas casas! – disse Legolas.

_ Talvez não tenham sido eles, sargento! Alguém pode ter roubado e colocado as coisas lá! – disse Logan.

_ Isso, as mulheres! Devem ter sido elas! – deduziu Eldon.

_ QUEM ESTÁ AÍ? AH SÃO VOCÊS? ONDE ESTÁ MEU TESOURO? E OS LADRÕES? SÃO ESSES AI EMBAIXO? – a voz de Ramassin ecoou pelas montanhas como um trovão, calando a todos. Quando olharam para trás, viram que o gigante já saia de dentro de seu covil.

Assustado, Kaen Blaco apontou para os anões acusados, tanto por medo como por crueldade. Ramassin não teve dúvidas e os apanhou com sua poderosa mão, segurando todos pendurados pelas roupas. Os heróis, com a ajuda de Logan, tentaram contornar a situação.

_ Calma, esses não são os ladrões! Vieram apenas para testemunhar e reafirmar o tratado de paz com você! E nós trouxemos o seu tesouro de volta! Agora solte-os e vamos conversar! – Logan gritava para que sua voz alcançasse os ouvidos de Ramassin, traduzindo as palavras de seus companheiros e as suas próprias.

_ Mas por que ele apontou para esses anões sujos quando eu perguntei quem eram os ladrões? – perguntou o gigante, apontando para Kaen Blaco.

_ Ora, ele devia estar dizendo que eles são inocentes! Além disso, ele é meio estúpido, não ligue para ele, sua cabeça não funciona direito! – disse Logan.

_ Então os ladrões são os outros três? Vou matá-los! – gritou o gigante.

_ Não! Eles não são ladrões não! Ninguém aqui é! Olha, vamos entrar na sua caverna pra podermos conversar melhor! Já está ficando escuro aqui! – disse o soldado, salvando por pouco os outros três da morte certa.

_ Está bem! Venham então! – e o gigante entrou em sua caverna, carregando os anões, e seguido pelos heróis.

Lá dentro, o gigante soltou os anões no chão e exigiu explicações do grupo. Desejava saber quem eram os ladrões e onde suas coisas estavam. Ramassin deixou claro que degolaria um a um os ladrões com seu gigantesco machado. Legolas inventou uma estória para tentar enganar Ramassin, pois não queria arriscar acusar os anões sem ter certeza absoluta de que eram eles os ladrões. Logan traduzia tudo para o gigante, tentando usar toda sua persuasão para convencê-lo a esquecer o episódio. Disse que um outro grupo, composto por humanos, elfos e um meio-orc, havia sido visto perto dali pelos anões. Esse suposto grupo teria roubado o tesouro de Ramassin e o abandonado no bosque perto de Cold Valley, onde Legolas e seus soldados o teriam encontrado.

_ MENTIRA!!!! Eu vi pegadas, pegadas de anões, que iam na direção da vila dos anões, no dia em que meu tesouro foi roubado! Ou vocês me dizem quem roubou o tesouro, ou matarei todos os anões! – gritou Ramassin enfurecido.

_ Mas você não precisa matar ninguém! Seu tesouro já foi devolvido, e agora tudo pode voltar ao normal! – disse Logan.

_ Não! Eles já me roubaram uma vez, e irão me roubar novamente! Por isso vou matar todos eles, caso os verdadeiros ladrões não sejam encontrados! – respondeu o gigante. Ramassin recolheu o tesouro trazido pelos heróis e colocou item por item em sua prateleira de gelo. Todos menos o anel, que ele colocou em seu dedo, ficando invisível em seguida. Depois ele retirou o anel, voltando a ficar visível, e o pendurou em seu pescoço com uma corrente.

_ Bom, então nós iremos encontrar esse grupo de ladrões e o traremos aqui! Se é só isso que você quer, nós o faremos e tudo voltará ao normal! – disse Legolas, e Logan traduziu para Ramassin.

_ Sim, tragam-me os ladrões e eu não incomodarei mais os anões! – respondeu Ramassin.

Legolas sorriu e cochichou com seus companheiros, expondo o plano que acabara de bolar.

_ Conseguimos ganhar mais um pouco de tempo! Bolor, você jura por Belugha que não roubou o tesouro dele? Todos vocês juram? – perguntou Legolas.

_ Sim! Juramos! – responderam os anões.

_ Bem, então retornaremos para a vila, e depois iremos até o forte! Lá nós conversaremos com Glorin pra ver se ele pode nos ajudar a resolver isso! Caso ele não consiga, pegaremos alguns presos condenados e os entregaremos ao gigante para saciar sua sede de vingança! – disse o arqueiro.

Tudo estava quase resolvido, restava agora um único detalhe, eles deveriam enfrentar o frio da noite na viagem de volta para Cold Valley. Logan conversou com Ramassin, novamente implorando para ele permitisse que o grupo passasse a noite ali. Surpreendentemente, desta vez ele concordou.

_ Está bem! Durmam ai pelo chão, e partam logo que o sol nascer! – disse o gigante.

Os heróis se acomodaram pelo chão gelado da caverna, comeram suas rações e se aqueceram como puderam, até que caíram no sono. Quando o sol nasceu, no décimo sétimo dia de pace, um kalag, o grupo pôs os pés na estrada e partiu para a vila dos anões.

Algumas horas depois, chegaram à vila e, sem perder tempo, começaram os preparativos para partirem para o forte Rodick. Os soldados pegaram seus equipamentos, enquanto que Bolor e os demais anões suspeitos reuniram suas famílias e pertences para a viagem que fariam.

Enquanto todos se aprontavam, Eldon interrogava as mulheres, para saber se suas suspeitas estavam corretas. O pequeno halfling acreditava que as mulheres eram as responsáveis pelo roubo sem seus maridos saberem. Mas, assim como Bolor e os outros acusados, todas as mulheres afirmavam desconhecer qualquer coisa sobre o tesouro roubado e demonstraram espanto ao saber que em suas casa haviam sido encontrados itens que faziam parte do tal tesouro.

Logan tentava encontrar alguma pista também. Conversou com todos, perguntando quem havia estado fora da vila na data em que o tesouro fora roubado. A resposta só o deixou mais confuso. Os anões que haviam ido até a montanha eram os únicos que haviam se ausentado, saindo para caçar no bosque. Além deles, outro anão havia participado da caçada, Dorain Cavernhand, de modo que Logan começou a suspeitar dele também.

O tempo corria contra eles, e a trama só se complicava ainda mais. Mas, ao menos Legolas tinha uma certeza. Glorin conseguiria resolver aquele problema. O anão já havia negociado um tratado de paz com o gigante no passado e certamente daria um jeito na atual situação. Essa era a esperança do jovem sargento, e de todos os moradores do vilarejo de Cold Valley.

Um comentário:

  1. Anônimo1:59 PM

    Legal Jeff , vai no meu blog , to postando otros contos com meus personagens , pena q esqueci a minha senha , talvez eu não volte a postar tão sedo Tchau!Yioddaaa.......

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