abril 12, 2006

Capítulo 193 – Rapto

Capítulo 193 Rapto

Enquanto isso, na vila de Carvalho Quebrado, Anix e os faziam suas próprias investigações. Legolas tratou de levar o menino resgatado na noite anterior para seus pais, enquanto seus amigos se preparavam.

O arqueiro saiu com o garoto, já mais calmo, e o levou para a casa que ficava atrás da taverna, onde residia a família Morfik. Os pais do menino, Ordin e Teela Morfik, receberam seu filho Sammy emocionados. Agradeceram muito a Legolas por ter resgatado seu adorado filho. Legolas, com ar arrogante, ralhou com os dois, advertindo-os para que tomassem conta melhor do garoto. O casal agradeceu novamente e pediu desculpas ao arqueiro pelo transtorno causado. Legolas deixou a criança sob os cuidados de seus pais, e retornou para a estalagem.

Enquanto isso, na estalagem, Anix e Lucano dedicavam seu tempo a preparar as magias que usariam no dia que começava. Sendo um mago, Anix era obrigado a passar cerca de uma hora todos os dias estudando seu tomo de magias, memorizando os feitiços, para que pudessem ser utilizados quando necessários apenas com a pronúncia de algumas poucas palavras para finalizar a conjuração. Lucano já não necessitava disso. Sendo um clérigo, tudo o que precisava fazer era orar para sua deusa, agradecendo pelas bênçãos concedidas e suplicando que ela lhe concedesse o poder para utilizar as magias escolhidas. Entretanto, Anix se surpreendeu ao ver Lucano terminar suas orações e pegar um livro parecido com seu grimório na mochila. Então ele se deu conta, Lucano também estava estudando as magias arcanas. O clérigo estava se tornando um mago também. Entusiasmado com a idéia de ter mais um companheiro mago, Anix se dispôs a ajudar Lucano em seu aprendizado, e ofereceu-lhe o grimório de Isaulas emprestado para que, assim como ele, Lucano também pudesse ter acesso aos conhecimentos mágicos do elfo morto por Escamas da Noite. Quando terminaram os estudos, os dois foram para a rua, investigar, como Glorin havia ordenado. Além disso, Anix desejava encontrar algum curandeiro que pudesse fornecer cura mágica ao grupo, poupando assim as magias de Lucano. Perguntou a Norgar, o estalajadeiro, que lhe indicou uma casa, no extremo nordeste da vila, onde vivia Velta Limine, a curandeira local.

Ao saírem, os dois deram de cara com Legolas, que voltava da casa dos Morfik. Cumprimentaram-se rapidamente, e estavam prontos a seguirem seus caminhos quando o som de um grito de mulher os interrompeu. Alguém gritava, de forma desesperada não muito longe dali. O som parou a vila. As pessoas, que só agora começavam a sair de suas casas, fugiram apressadas, temendo ser um novo ataque. Os três heróis montaram em seus cavalos e seguiram rapidamente na direção do som.

Chegaram a um casebre, já no limite oeste do vilarejo, com as portas abertas, como se tivesse sido invadido. Os três entraram de armas em punho, preparados para o combate. Vasculharam cada canto da casa, até que chegaram a um quarto, onde uma elfa chorava aflita, enquanto dava socos no peito de um elfo que tentava confortá-la.

_ O que está acontecendo aqui? Por que essa gritaria? – perguntaram os heróis, com os olhos percorrendo rapidamente o cômodo em busca de ameaças.

_ Nosso filho! Levaram nosso filhinho!!! – respondeu o elfo com uma voz melancólica.

_ Quem o levou? Pra onde? – perguntou Anix.

_ Foram os mortos! – respondeu o elfo, soltando o pranto.

_ Ah! Droga! E por que vocês deixaram ele sair? Não sabiam que era perigoso? – gritou Legolas, culpando o casal pela própria desgraça.

_ Mas nós não deixamos! Ele estava bem aqui ontem à noite! Agora pela manhã quando vim ver se estava tudo bem com ele, encontrei a janela arrombada! – justificou o homem, com lamúria.

Os heróis olharam na direção da janela, e viram que ela estava toda quebrada. Os pedaços se espalhavam por cima do colchão de palha da cama, deixando evidente que ela havia sido arrombada de fora para dentro. Anix e Lucano se entreolharam, sensibilizados com a tristeza do casal. Legolas, entretanto, continuava irritado. Parecia que o fato de pertencer ao exército tinha lhe subido à cabeça.

_ Mas que droga! Isso que dá vocês viverem aqui, quase no meio do mato, afastados do centro da vila! – reclamou Legolas – Agora nós é que vamos ter que resgatar esse garoto!

Legolas saiu da casa, irritado, e foi até a estalagem para comunicar ao capitão do rapto do menino. Enquanto isso, Anix e Lucano tentavam obter mais detalhes sobre o caso e confortar a família.

Seus nomes eram Anmil e Lívia Zaian. O garoto raptado, Nolin, era um jovem elfo de apenas doze anos, pequeno e magro. Tinha um cabelo azulado cortado na altura das orelhas, e vestia roupas verdes quando fora visto pela última vez.

Anix partiu para procurar a tal curandeira da vila, deixando o casal sob os cuidados de Lucano. O clérigo procurou dar paz aos corações dos dois, usando toda sua sabedoria e os ensinamentos de sua deusa para tal. Ao descobrirem que Lucano era um representante de Glórien, os dois se ajoelharam, entregues às lágrimas, e imploraram que o sacerdote salvasse a vida de seu pobre menino. Encabulado, Lucano prometeu fazer todo o possível para salvar o menino, e saiu, indo em busca de seu capitão, assim como Legolas.

3 comentários:

  1. Anônimo11:26 PM

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