agosto 25, 2005

Capítulo 81 - Ninho

Era consenso entre os heróis que, após tantas batalhas num único dia, eles precisavam de um merecido repouso. Já era por volta das cinco horas da tarde, segundo Sam, e todos concordaram em acampar em algum lugar e prosseguir no dia seguinte. Sairf examinou cuidadosamente a sala de onde os orcs haviam saído, enquanto seus amigos reviravam os cadáveres em busca de tesouro. Só havia uma entrada, tornando o lugar perfeito para proteção do grupo durante a noite. Havia na sala muita fumaça, proveniente de um rústico fogão à lenha, onde a carne de um cervo do mato era mantida aquecida. Camas de palha e mobílias rudimentares e deterioradas se espalhavam pelo chão. Pendurados no teto, diversos crânios serviam de adorno para a sala. Uma análise mais cuidadosa revelou a quem pertenciam os crânios. Eram de anões, anões há muito tempo mortos pelos orcs, como concluiu Legolas, posteriormente. Era um esconderijo perfeito para descansarem, pensou Sairf, e tratou de convencer seus amigos do mesmo. Tudo resolvido, Legolas recolheu os corpos e os atirou dentro da fenda, para que não fossem vistos por quem viesse pelo mesmo caminho que eles mesmos tinham usado para chegar até ali. Então ele partiu com Nailo e Geradil, para buscar um dos braseiros que iluminavam a região da ponte de cordas. Enquanto isso, Squall e Lucano, decidiram fazer um rápido reconhecimento do andar inferior, e desceram as escadas que cortavam a fenda no solo. Legolas retornou para o abrigo com o braseiro para fornecer calor e iluminação ao grupo, sem sequer desconfiar dos problemas que Lucano e Squall enfrentavam.
Vários metros abaixo, Squall e Lucano haviam chegado a um patamar de pedra plano. A escadaria continuava à frente e abaixo indefinidamente. No patamar havia um veio de água que jorrava com força de um buraco na parede à direita. À esquerda, a correnteza seguia rapidamente por uma fenda estreita na parede. A fenda tinha largura e altura suficientes para que uma pessoa de tamanho mediano pudesse caminhar por ela. Curiosos, os dois pararam para observar a fenda. Quando Squall iluminou o vão com a tocha, pode ouvir um zumbido assustador.
Não tardou para que dois insetos, iguais aos que haviam enfrentado antes, surgissem de dentro da fenda e atacassem os dois heróis. Lucano disparou uma flecha assim que avistou os monstros, mas atravessou a pele da asa de um deles sem causar dano algum. Os insetos avançaram e cercaram os dois, tentando atingi-los com seus ferrões. Squall e Lucano se defendiam, tentando golpear os inimigos. Mas os heróis, após tantas batalhas, já não tinham mais forças para lutar.
Squall gastou a última magia que possuía e a usou para aumentar a força de seu companheiro. Com a força ampliada, Lucano, que tinha maior perícia com armas, seria capaz de derrotar as criaturas sozinho. Pensando nisso, Squall pegou o escudo das costas de seu amigo se protegeu com ele.
Lucano abandonou o arco e passou a usar a espada para lutar. Os insetos se debatiam contra a espada de Lucano e o escudo que protegia Squall, sem que nenhum dos lados sofresse ferimentos. Mas as criaturas eram muito rápidas, e o cansaço dos dois heróis aumentava a vantagem para os monstros. Um dos insetos conseguiu pousar no peito de Squall, e o outro sobre a cabeça de Lucano. Quase simultaneamente, os dois cravaram seus ferrões nos pescoços dos heróis.
Sentindo seu sangue sugado gota a gota, Lucano usou sua espada para atingir o inimigo que o atacava. Mas a criatura não caiu com um simples golpe de espada e continuou sugando até saciar sua fome. Com o estômago cheio, o inseto levantou vôo e partiu em direção a fenda, visivelmente mais gordo e pesado. Lucano o atacou por trás, cortando-o ao meio e manchando sua espada com seu próprio sangue absorvido pela criatura.
Squall, precisou da ajuda do clérigo, que cravou a espada nas costas do monstro, apertando com força até que a ponta tocasse o peito de Squall levemente. O feiticeiro retirou a carcaça da criatura de seu peito, todo ensangüentado e devolveu o escudo para Lucano, agradecendo-o pela ajuda. Mas apesar das criaturas estarem mortas, o zumbido de suas asas não cessava de jeito algum. Então os dois perceberam que o barulho vinha da fenda na parede, não dos insetos mortos. Squall iluminou com a tocha e viu o vulto de vários outros insetos voando pela fissura em sua direção. Os dois partiram em disparada, rumo à superfície. Correram pelos degraus como se estivessem correndo num plano reto, tamanho era o desespero que sentiam. Finalmente passaram pelos corpos dos orcs, e chegaram ao salão. Sem hesitar, correram para o abrigo, passaram pela porta e a fecharam depressa. Exaustos, juntaram-se aos seus amigos para descansar e recuperar as energias para o dia seguinte.

Um comentário:

  1. Anônimo5:07 PM

    Como vai???
    Então pena que seu site caiu no rank!
    Vai seu blog esta registrado no google...... legal!!!!
    Vamos jogar hj e detonar... abraço.
    Rodrigo.

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