setembro 30, 2005

Capítulo 104 - Um fio de esperança

Desceram lentamente, iluminados pela lanterna coberta de Squall (a mesma que ele quis trocar pala flauta de Silfo e depois se arrependeu). Quando chegaram ao riacho, onde haviam enfrentado os insetos sugadores de sangue, Squall diminuiu a luminosidade para que eles não pudessem ser notados por ninguém e cair numa armadilha dos trogloditas.
Squall usou seus poderes mágicos para deixar Legolas e Lucano tão fortes quanto um touro. Também usou sua mágica para invocar um cão celestial e um vaga-lume celestial para ajudá-lo na batalha. Sairf invocou a ajuda de seus dois amigos, Netuno e Posseidon, além de proteger seu corpo com uma armadura mágica.
Legolas foi o primeiro a cruzar o riacho, indo até a borda do peitoril formado pela escada. Não sentiu nenhuma ameaça e chamou seus amigos para junto dele. Todos se aproximaram, então Squall abriu toda a lanterna e iluminou o local para seus amigos.
Longe dali, num dos cantos do Salão do esplendor diante da entrada para o cemitério dos anões, havia um mastro de madeira fincado no chão. Presos ao mastro por grossas correntes estavam duas pessoas. Uma delas, atrás do mastro, tinha a cabeça baixa coberta por um chapéu, como se dormisse tranqüilamente. A outra, na frente do mastro, com os braços para o alto, atados a grilhões enferrujados e com as pernas próximas uma da outra, presas também por grilhões, levantou a cabeça quando a luz da lanterna parou sobre seu rosto. Seus olhos brilharam e seu rosto finalmente foi reconhecido, causando emoção em todos que ali estavam.
_ Amigos! Estou vivo! Venham me ajudar a sair daqui! – gritou o elfo para os que estavam na escada. Todos ficaram felizes e emocionados ao ver que Nailo não havia morrido.
_ Nailo! Tudo bem com você? – perguntou Legolas, com o arco apontado para frente, preparado caso tudo não passasse de uma cilada.
_ Sim Legolas! Tudo bem! Agora me tirem daqui depressa! Temos que ajudar o Sam! Pode ser que ele também esteja vivo! Pode vir tranqüilo, a área está limpa! – Nailo, que passara os últimos cinco dias acorrentado naquela escuridão, acreditava não haver nenhuma armadilha para seus amigos, pois, apesar de ouvir passos e conversas distantes, nunca tinha visto nenhum dos trogloditas por perto. Nem mesmo para lhe dar comida ou água eles apareciam. Quando Nailo acordava todos os dias, encontrava carne e água jogadas no chão ao seu lado. Sem saber porque as criaturas o mantinham vivo, o ranger se alimentava e orava para Allihanna, pedindo sua proteção, para si e para Sam. Nailo, durante este tempo, não conseguira descobrir se o Bardo estava vivo ou morto. Só o que sabia é que ele não respondia a nenhum de seus chamados. Com a confirmação de Nailo, de que não havia nenhum perigo, o grupo desceu as escadas correndo para libertar seus amigos. Nailo não havia morrido, e ainda havia um fio de esperança de que Sam também estivesse vivo.

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