Capítulo 271 – Presentes
_ Pois bem, Lucano! Pelo que parece você finalmente conseguiu resgatar o artefato de Glórien na caverna, não é mesmo? – Laurelin Ramo de Carvalho pôs a mão no ombro de Lucano e sorriu, logo após os dois terem curado todos os feridos com suas magias. Os elfos negros eram apenas uma lembrança ruim que jamais seria esquecida, mas tudo estava em paz agora.
_ Não, Laurelin! Não encontrei artefato algum lá dentro, acho que falhei na missão! – lamentou Lucano.
_ Não meu jovem, você não falhou! Você conseguiu reaver um bem muito precioso para nossa deusa, e que estava perdido! VOCÊ! Lucano, você reencontrou sua fé e ela é agora maior do que antes! Sua missão foi cumprida! Agora Glórien está mais feliz, por tê-lo de volta como instrumento de seu poder e sua vontade, para o progresso e o bem de todos os elfos! – explicou o velho. – Bem, agora vamos retornar para minha casa! Vamos descansar um pouco e conversar, pois hoje foi um dia muito difícil para todos! E eu os convido a ficarem comigo pelo menos até amanhã, assim terão tempo para recuperarem as suas forças!
E todos acompanharam o velho elfo até sua morada sob a terra. O eremita lhes serviu uma saborosa refeição e todos aproveitaram o restante do dia para descansar. Laurelin conversou longo tempo com Lucano, dando-lhe conselhos e transmitindo a ele sua experiência. O jovem clérigo lhe contou tudo que tinha acontecido dentro da caverna, com grande emoção. Alejandro brincava com as crianças e as fazia sorrir como nunca. Ao final do dia, o pequeno Tallos já imitava o humano, dando cambalhotas e vestindo uma capa e uma máscara que ele próprio fez com um pedaço de pano velho. Já de noite, todos foram dormir tranqüilamente, tendo belos e agradáveis sonhos. Na manhã seguinte, o 21º dia de Áurea, todos se levantaram bem cedo e fizeram os preparativos para a viagem de volta a Forte Rodick. Enquanto os soldados colocavam os seus equipamentos nos cavalos, ajudados pelas crianças, Laurelin chamou Lucano para uma conversa particular no fundo da caverna. Os dois entraram no abrigo, sozinhos, e foram até a parte mais profunda do lugar, onde havia um enorme baú de madeira.
_ Lucano, eu quero lhe dar um presente! Quero que fique com isto! Este amuleto o ajudará em sua jornada, lhe dando maior vigor físico, para que você possa resistir melhor a doenças e ferimentos! É um amuleto mágico, guarde-o bem! – Laurelin falava ao mesmo tempo em que revirava o conteúdo do baú. Tirou de lá de dentro uma pequena caixa de madeira e a abriu. Havia um medalhão prateado, preso a uma corrente também prateada, e o medalhão era cunhado com a figura de um belo urso. Ramo de Carvalho entregou o medalhão a Lucano, que o pendurou no pescoço e agradeceu. Imediatamente, Lucano se sentiu mais forte, como se tivesse terminado de descansar por horas e tivesse energia para correr por quilômetros antes de se cansar.
_ Obrigado Laurelin! – disse o herói.
_ E também, quero que fique com isto! – Laurelin tirou do baú um comprido embrulho envolto num tecido antigo. Colocou o objeto nas mãos de Lucano e começou a desenrolar o pano lentamente, até revelar seu conteúdo. Era uma espada, uma espada de lâmina longa prateada, feita do fino e precioso metal chamado de mitral. Sua lâmina emitia um tênue brilho argentado e continha inscrições em élfico em toda a sua extensão, que traziam as palavras: Dililiümi Tmigailii. Próximo ao cabo havia um brasão, que pertencia ao seu criador, um falcão em chamas voando para o alto em grande velocidade. Seu cabo, todo prateado, possuía o formato de um falcão, sendo que a cabeça com o bico aberto seguravam a lâmina, e as asas abertas do falcão formavam a guarda da espada. Já as pernas do falcão formam saliências que se entrelaçam ao redor do cabo, culminando em duas garras robustas de falcão que seguravam uma majestosa pedra da lua na extremidade do cabo.
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