outubro 11, 2005

Capítulo 111 - Um grito ecoa na escuridão

Todos subiram acompanhando Legolas. Todos exceto Sairf. O mago acendeu uma vela, dizendo que logo se juntaria aos seus amigos. Sairf parecia não ter aprendido a lição. O mago se separou dos companheiros e retornou ao sepulcro dos anões, cego pela ganância e pela cobiça. Nailo também ficou, para acompanhar e proteger Sairf, caso houvesse algum perigo à espera dos dois naquele lugar.
Sairf entrou na caverna das tumbas, enquanto Nailo parou diante da entrada para analisar o chão, onde encontrou dezenas de pegadas que se misturavam e se sobrepunham. Eram marcas de pés com garras, parecidos com pés de pássaros, e do tamanho de pés humanos ou élficos. As pegadas formavam trilhas confusas e impossíveis de serem rastreadas. Mas havia uma delas que podia ser acompanhada. Ela conduzia alguns metros para dentro da câmara para onde Sairf havia ido e depois desaparecia repentinamente. Nailo se levantou e correu para junto do amigo, temendo que houvesse uma nova armadilha aguardando-os.
Lá dentro, com a ajuda de uma magia especial, Sairf traduzia as inscrições das criptas onde os anões do salão do esplendor estavam sepultados. Escrito no idioma do povo de Doherimm, Sairf leu o seguinte epitáfio: “Aqui jaz Ghordin, filho de Amharin”. Ao terminar de ler, Sairf compreendeu que as inscrições eram apenas os nomes dos que estavam sepultados ali. Havia também alguns túmulos sem inscrições, o que levava a crer que nem todos estivessem ocupados.
Nailo chegou neste instante, procurando por Sairf para contar sobre as marcas que havia encontrado. Sem sair do lugar onde estava, Sairf tentou ler as runas de outro túmulo próximo, mas a distância e a ausência de iluminação não permitiam que ele distinguisse um traço do outro. Enquanto o mago forçava os olhos, um grito horripilante ecoou na escuridão. O som estridente vibrou nos ouvidos de Sairf e Nailo, tornando-se cada vez mais alto e mais próximo.
Assustado, Sairf correu em direção à saída, olhando na direção das trevas, tentando localizar a criatura que emitia aquele som assustador. Nailo tentou avisar, mas já era tarde. Sairf se chocou violentamente contra Nailo, indo ao chão. Sairf levantou rapidamente e correu para a escada. Nailo o alcançou ainda nos primeiros degraus e o segurou pelo manto.
_ Sairf, rápido, me dê uma vela! – pedia o ranger enquanto o companheiro tentava fugir desesperado.
Sairf acendeu uma segunda vela, entregou-a a Nailo e subiu as escadas correndo. Nailo foi até a entrada do sepulcro, onde deixou a vela em pé sobre o solo. O ranger retornou às cegas para o topo do peitoril formado pela escadaria. Lá, ele se sentou e aguardou pacientemente a chegada da criatura para poder conhecer seu futuro inimigo.

Um comentário:

  1. Anônimo5:32 PM

    MEU DEUS O SAN VOLTOU PARA A ALEGRIA DOS JOVENS AVENTUREIROS!!!!!!
    MEU DEUSSSS.....

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