outubro 24, 2005

Capítulo 120 - As batidas "cogumelosas" de Sam

O som dos gritos continuou por mais alguns instantes, antes de silenciar completamente. Astuciosamente, Squall e Anix enviaram seus familiares fazer um reconhecimento aéreo daquele estranho lugar. Os pássaros voaram por toda a área sem nada encontrar. Percorreram parte de cada túnel de saída, indo até onde podiam enxergar, e retornaram para seus mestres. Cloud informou a Squall que havia descoberto uma outra caverna, e que nela havia um forte ruído de água corrente. Certos de que estavam seguros, os heróis decidiram avançar em direção ao portão. Antes, porém, tentaram abrir as tumbas restantes no sepulcro. Mas os caixões de mármore, cuidadosamente fechados e selados pelas mãos do clã de Durgedin, mesmo aqueles que pareciam estar vazios, não puderam ser abertos. Seria necessário um grande esforço para remover aquelas tampas que os lacravam. Desistindo das tumbas, o grupo seguiu adiante.
Squall liderava a equipe, indo alguns metros à frente, e clareando a área embaixo das copas dos cogumelos com sua lanterna coberta. Mais à frente dele, ia Anix, invisível, tentando localizar quem, ou o que havia emitido aqueles gritos. Todos seguiram, vagarosamente, pela trilha que cortava de um extremo ao outro aquela estranha plantação. Enquanto caminhava, Squall tentava imitar o som dos gritos que haviam ouvido. Vez ou outra, a criatura que emitia aquele som respondia ao chamado do feiticeiro. O som vinha da direção da porta, e Squall se calou conforme ia se aproximando dela. Então, quando passou ao lado do barranco que dava para um patamar rochoso, os gritos começaram novamente, bem acima da cabeça de Squall.
Anix, que já estava diante da porta, estudando uma maneira de abri-la, virou-se e viu seu irmão sendo atacado. Três criaturas, com forma de vermes se projetaram das sombras das cavidades do paredão de pedra e atacaram com quatro tentáculos pouco maiores do que braços humanos. Os tentáculos terminavam cada um numa garra afiada, e pendiam das cabeças das criaturas. Além dos tentáculos cada monstro possuía um bico córneo afiado como o bico de uma ave de rapina, que se projetavam na direção do feiticeiro.
Surpreendido pelo ataque repentino, Squall recebeu todos os ataques dos monstros, sem qualquer chance de defesa. Tanto Squall, quanto Cloud, que estava em seu ombro, sofreram graves ferimentos. Para sua sorte, um dos monstros perdeu o equilíbrio durante a investida e ficou dependurado, preso entre os sulcos de pedra. Os demais reagiram rápido para socorrer Squall, antes que as criaturas se lançassem numa segunda onda de ataques.
Do local onde estava, Legolas disparou seu mais poderoso ataque. Duas flechas infalíveis atravessaram a caverna em altíssima velocidade e atingiram em cheio o alvo. Entretanto, para espanto de todos, os projéteis se espatifaram ao se chocarem no corpo do monstro, sem causar qualquer dano à criatura. Todos ficaram chocados ao ver que o monstro havia resistido ao ataque mais poderoso de Legolas. Sam estava desesperado, sem saber o que fazer para ajudar, sem nada poder fazer sem seu alaúde.
_ Droga, sem meu alaúde não posso usar minha magia! Gritava Sam, desesperado.
_ Sam, você não pode usar outro instrumento para fazer sua mágica? Tipo um tambor ou coisa parecida? – perguntou Legolas.
_ Sim se eu tivesse um tambor...
_ Então use minhas flechas para bater nos cogumelos! Use-os como tambores! - gritou Legolas já com duas flechas nas mãos.
Sam apanhou as flechas sorrindo, e correu até perto de Squall, enquanto Sairf avançava conjurando uma magia. Lucano também chegou mais perto, e Anix retornou da porta para ajudar o irmão. Então todos viram Sam batendo as flechas sobre um enorme cogumelo e cantando uma estranha música que falava de festa e atordoar monstros. O ritmo vibrante era amplificado pelo formato côncavo do cogumelo e ecoava por toda a caverna, contagiando a todos. As batidas ficaram mais altas aceleradas. Então um forte estampido foi gerado no meio dos monstros. O barulho ensurdecedor gerou uma onda de choque que derrubou pedras soltas, sujeira e os três monstros que atacavam Squall. As criaturas caíram no chão, completamente atordoadas e, enquanto rolavam no chão, os heróis avançaram para atacar.


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PS: Sam conjurando Explosão Sonora enquanto batucava no cogumelo: "E vai rolar a festa! Vai rolar! Os monstros do gueto, vou atordoar!!!!" ^_^

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