junho 07, 2005

Capítulo 55 - Enfim Malpetrim

Cerca de quatorze dias se passaram desde que haviam deixado a ilha de Ortenko. Em suas mentes, a imagem do Tarrasque destruindo Teztal e da ilha afundando em chamas no oceano, ainda permaneciam nítidas. Haviam se passado quase duas horas desde o almoço. Os peixes pescados e servidos sem tempero algum, tinham um gosto nada agradável. Ao menos podiam contar com os frutos encantados por Enola, que eram distribuídos em pequenos pedaços para os tripulantes, e cujo sabor doce animava e dava motivação aos marinheiros. O falcão de Squall retornou do horizonte trazendo uma notícia ao seu mestre, uma notícia que todos esperavam ouvir há tempos. O familiar chegou ao mesmo tempo em que Legolas, na proa do navio, gritou: “Terra à vista!”. Na linha do horizonte era possível distinguir o porto de Malpetrim.
Mais algumas horas no mar, e o Liberdade finalmente atracou no porto. Todos comemoraram a chegada se abraçando com emoção. Yczar foi o último a descer, enquanto agradecia ao seu deus por estar de volta, são e salvo.
_ Capitão Engaris! O senhor é um homem de grande valor! Nos trouxe em segurança por esses mares bravios e nós devemos muito ao senhor! O senhor tem grande conhecimento sobre navios, então eu lhe peço que venda o Liberdade, conseguindo o melhor preço por ele e divida o dinheiro com esse bravos heróis que foram os verdadeiros responsáveis por nossa libertação! Eu venderei essas jóias que pertenceram a Teztal e dividirei o dinheiro entre todos os outros, para que cada um aqui tenha algo para poder recomeçar a vida. Amanhã ao meio-dia, nós nos encontraremos novamente aqui neste local para dividir o dinheiro arrecadado e para finalmente nos despedirmos e cada um seguir o seu caminho!
Todos ouviram atentamente as palavras do paladino antes de saíram pela cidade. Legolas pediu a Yczar que lhe desse alguns rubis para que ele pudesse adornar seu arco, e em troca deu um punhado de ouro para o paladino vender com as jóias restantes. Capitão Engaris devolveu os mapas e a bússola para Squall, agradecendo-o por tudo por tudo. Antes de descer do navio, o capitão parou um jovem que passava pelo cais, perguntando-lhe em que dia estavam.
_ Pois não capitão! Hoje é kalag, estamos no dia dezoito do mês de Allihanna, tenha uma boa tarde!
Todos ouviram a notícia animados, pois sabiam que a Grande Feira de Malpetrim ainda não havia acabado. Os heróis pegaram todas as suas coisas e foram para a cidade, para o evento que tanto desejavam testemunhar. Antes porém, passaram na Estalagem do Macaco Caolho Empalhado, deixando lá tudo que não seria necessário. Enola e Silfo ficaram na estalagem, num quarto pago por Anix, enquanto os heróis iam às compras. Assim, após tantos perigos e aventuras, os jovens aventureiros finalmente tiveram um momento de descanso e alegria. Eles trocaram as pepitas que haviam pego em Ortenko por dinheiro, renovaram todo o seu equipamento e caíram na diversão durante o resto do dia.

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