junho 14, 2005

Capítulo 57 - Adeus amigos!

No dia seguinte, logo ao nascer do sol, os heróis deram adeus a dois grandes amigos. Yczar e Batloc estavam de partida para Altrim, onde Batloc seria ordenado paladino oficialmente, no mesmo templo onde Yczar havia se tornado um. Antes porém, o paladino entregou aos amigos quase duzentas moedas de ouro, que havia conseguido com a venda do navio e das jóias de Teztal. Anix recusou o dinheiro do navio, e o deixou com os paladinos.
_ Yczar, eu não quero esse dinheiro, fique com você, vocês precisarão dele mais do que eu em sua viagem!
_ Obrigado meu bom amigo! Bom eu ainda irei até o porto, dividir o restante do dinheiro com os outros ex-escravos, depois passarei no templo de Khalmyr para orar um pouco e então partiremos para Altrim. E vocês, o que vão fazer daqui por diante?
_ Nós iremos para Tollon daqui a três dias. Vamos até a vila onde Legolas nasceu – respondeu Anix.
_ Por que vocês não vem com a gente Yczar? – Nailo estava inconformado com a separação e desejava encontrar uma forma de não se separar dos amigos.
_ Não posso meus amigos, preciso me reportar no meu templo e relatar o que aconteceu em Ortenko. Minha missão foi cumprida, com a ajuda de vocês, e outras me aguardam. Se o grande Khalmyr permitir, tenho certeza de nos encontraremos no futuro! Por enquanto eu lhes digo adeus meus amigos, e muito obrigado por tudo. Que Khalmyr abençoe e proteja a todos, adeus!
Yczar e Batloc se despediram de todos e saíram caminhando pelas ruas de Malpetrim rumo ao sul, até desaparecerem entre a multidão nas ruas. Os heróis sabiam que os dois que partiam eram amigos verdadeiros, e desejavam encontrá-los novamente um dia.
Após a despedida, Nailo e Squall rumaram para a sede da administração local.
_ Quem são vocês e o que desejam aqui? – indagou um dos soldados da milícia local que guardava a prefeitura.
_ Nós precisamos trocar nosso dinheiro e falar com o prefeito! – foi a resposta de Nailo.
_ Me acompanhem então! – o soldado conduziu os dois para dentro da mansão da prefeitura. Lá dentro, em um grande salão decorado com tapeçarias finas, uma secretária nada simpática os atendeu.
_ Sim, o que desejam? – a voz rouca da atendente tinha um tom arrogante. Ela olhava os dois por cima de seus óculos com ar de desconfiança.
_ Eu quero trocar algumas moedas! – respondeu Squall.
_ Certo, siga por esse corredor e vire na primeira porta à esquerda. No final do corredor você encontrará uma sala com uma plaqueta escrito “câmbio”!
Squall seguiu pelo caminho indicado, enquanto Nailo tentava convencer a secretária a deixá-lo falar com o prefeito.
_ Eu quero falar com o prefeito, é muito importante!
_ Sobre o que? O que é tão importante assim para merecer a atenção dele?
_ Eu prefiro dizer diretamente a ele.
_ Se você não me disser do que se trata, não poderá falar com ele.
_ Ta bom, é que aconteceu um assassinato ontem na feira. – Nailo começou a blefar, para tentar convencer a moça.
_ Um assassinato! Isso é terrível! Você deve falar urgente com o capitão da milícia, esse assunto que deve ser resolvido por ele, não pelo prefeito!
_ Mas moça, eu já falei com ele, e ele me disse pra falar diretamente com o prefeito! – Nailo começava a ficar aflito, pois a situação ficava cada vez mais complicada.
A secretária pensou alguns instantes e resolveu conversar com o prefeito. Ela pediu a Nailo que a aguardasse por alguns instantes. O ranger tentou segui-la, mas foi impedido pelo guarda que o havia trazido até ali. Após alguns instantes, ela voltou, dizendo que o prefeito o receberia.
Nailo atravessou o grande salão, indo até uma grande porta de madeira nobre toda cheia de belos entalhes. Após a porta, ficava o escritório do prefeito, uma grande sala, com várias estantes repletas de livros. Quatro soldados guardavam o local, armados de lanças e espadas. Atrás de uma pesada mesa de carvalho, um homem de estatura mediana e longa barba cumprimentou Nailo.
_ Saudações meu jovem, sou Agron, o prefeito de Malpetrim! Conte-me mais sobre o tal assassinato.
Nailo desmentiu a história do homicídio, dizendo que havia inventado aquela história apenas para passar pela secretária. O ranger ofereceu-se para ajudar a cidade caso houvesse algum ataque de montros ou outro distúrbio que precisasse de combatentes para resolver. O prefeito agradeceu a proposta, mas descartou os serviços de Nailo, dizendo que o procuraria caso necessitasse da ajuda de um grupo de mercenários.
Nailo saiu da sala do prefeito, após informar o local onde estava hospedado. Encontrou Squall no salão principal, irritado com o funcionário que queria cobrar impostos dele apenas para trocar suas moedas de cobre por moedas de ouro. Juntos novamente, os dois retornaram para a estalagem.

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