junho 15, 2005

Capítulo 58 - A partida

Os jovens aventureiros passaram o restante do dia descansando e aproveitando o último dia da feira de Malpetrim. A roda do tempo girou e três dias tranqüilos se passaram num piscar de olhos. O robe de Legolas ficou finalmente pronto, e era chegado o momento da partida. Reunidos na frente da Estalagem do Macaco Caolho Empalhado, os heróis se despediam de seus grandes amigos.
_ Então meus amigos, para onde vão agora? – perguntava Zulil com sua voz sempre serena.
_ Nós vamos para Tollon, visitar minha vila natal. E vocês o que farão agora que a feira acabou, Zulil? – respondeu Legolas.
_ Estamos de partida também meu amigo, vamos para o oeste, ainda sem destino certo.
_ Por que vocês não vem conosco para Tollon? Tem bastante lugar nas duas carroças que eu comprei! – Nailo, como de costume, não aceitava facilmente se separar de velhos amigos.
_ Agradeço o convite Nailo! Mas nós já passamos por Tollon antes de vir para Malpetrim. Quem sabe numa outra ocasião. Bem meus amigos, é o momento, partam em paz, e que T..., que Glórien os abençoe!
Todos se despediram e se abraçaram emocionados. Legolas e Flint brincaram um com o outro. O elfo advertiu o pequenino para que ficasse longe das canecas de cerveja. Flint apenas riu. Rud se despedia agradecendo aos bons fregueses pelo tempo que haviam passado juntos. Petra tinha lágrimas nos olhos quando abraçou Anix. Então chegou a vez de Enola e Silfo.
_ O que você pretende fazer Enola?
_ Não sei Anix, esse mundo é novo para mim, não tenho noção de pra onde devo ir aqui.
_ Venham conosco então!
Enola sorriu e seus olhos brilharam como duas estrelas ao ouvir o convite de Anix. Ela subiu em seu cavalo despedindo-se de Zulil e dos outros com um aceno. Silfo subiu numa das carroças de Nailo. Assim, na manhã do dia 23 de Terraviva, tirag, os heróis partiram da Estalagem do Macaco Caolho Empalhado, deixando para trás grandes amizades, mas levando boas lembranças consigo.
A pequena caravana seguiu pelas ruas da cidade cada um montado em seu próprio cavalo, comprados com o ouro trazido de Ortenko. Enola ia na garupa do cavalo de Anix, abraçada ao elfo e admirada com tudo o que via naquele mundo novo. A bela ninfa, que vivera isolada numa pequena ilha durante toda a vida, tinha muito a conhecer e aprender sobre o continente. Enquanto atravessavam as ruas de Malpetrim, Nailo perguntava a cada pessoa que encontrava se alguém queria carona para Tollon. Já na saída da cidade, avistaram um misterioso homem encostado numa árvore. Vestia um corselete de couro, uma capa e um chapéu que cobria quase todo o seu rosto. Os heróis passaram devagar ao lado dele, observando-o.
_ Estão indo pra Tollon! Poderiam dar carona a um viajante? – indagou o homem.
_ Isso depende! Quem é você estranho? – aquela figura misteriosa preocupava Anix.
_ Ora, não estão me reconhecendo, senhores heróis? – o homem levantou o chapéu, mostrando o seu rosto. Todos o reconheceram rapidamente, era o bardo que havia cantado seus feitos na estalagem, algumas noites atrás. – Sou Sam Rael, o bardo! Muito bom dia para vocês meus amigos heróis! – o menestrel se apresentou sorridente e subiu numa das carroças, sentando-se ao lado de Nailo. Com mais um integrante, a pequena caravana de aventureiros finalmente deixou a cidade de Malpetrim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário