dezembro 06, 2005

Capítulo 145 - Reescrevendo o futuro

Mais uma ameaça estava exterminada. A existência daqueles objetos com vida, como o manequim de armas e o tapete, deixou os heróis intrigados. Quem teria criado aquelas ameaças e com qual propósito? Eles não sabiam, mas tinham certeza de que todas essas perguntas poderiam ser respondidas mais adiante, quando encontrassem Liodriel e o tal mago que a mantinha presa, se é que ele realmente existia.
Prosseguiram em sua jornada, examinando cada uma das salas restantes e retornando às já visitadas para uma nova busca. Mas não encontraram nada, nenhuma escada que levasse ao andar inferior, tal qual haviam sonhado, nenhuma passagem que conduzisse à tal escada, nada. Nailo se separou do grupo, e retornou ao corredor onde eles haviam lutado contra os esqueletos dos anões. Revirou novamente todos os aposentos sem encontrar nada de novo. Sentou-se dentro da pequena sala secreta, onde Squall havia atirado pedras na esperança de desativar uma possível armadilha, e lá fez sua refeição enquanto aguardava pacientemente que algo acontecesse e lhe revelasse alguma pista. Mas nada aconteceu.
Nailo retornou, algumas horas depois, para junto de seus amigos. No caminho, recolheu todas as armas dos pequenos esqueletos e as atirou dentro da fonte, onde estariam escondidas de seus inimigos. Levou consigo dois escudos, um para ele e o outro para Lucano, para compensar o amigo pelo escudo levado pelos trogloditas. Encontrou seus companheiros cansados e desanimados por não terem encontrado nada em sua árdua busca. Nailo viu todos os corpos de anões e orcs, espalhados pelas salas do corredor e reuniu seus amigos para executar um plano. Todos se juntaram a ele, menos Legolas.
_ Pessoal, eu estava pensando. Nos sonhos que tivemos, nós éramos atacados por mortos-vivos que se levantavam quando o vulto negro os ordenava. Talvez esses cadáveres estejam apenas aguardando uma ordem para se levantar e nos atacar. Vamos destruí-los então antes que nos ameacem! – explicou Nailo aos amigos.
_ Tem razão! Vamos picotá-los com nossas espadas! – exclamou um segundo aventureiro.
_ Não, vamos queimá-los com as tochas! – gritou um terceiro.
_ Não, seria melhor que Lucano abençoasse os corpos, assim eles não poderiam voltar como zumbis! – disse outro integrante do grupo.
_ Não, vamos fazer todas essas coisas! Assim teremos certeza de que esses cadáveres não nos incomodarão! – gritou o último, e assim o fizeram.
Um a um, os corpos foram sendo esquartejados pelas espadas afiadas dos aventureiros. Quando todos estavam aos pedaços, foi ateado fogo ao que sobrava, até que todos se transformassem em cinzas. As cinzas que restaram, receberam uma prece do clérigo Lucano, para protegê-las de serem possuídas por forças malignas. Assim, os heróis estariam protegidos do exército de mortos-vivos que eles haviam visto em seus sonhos. Dessa forma, o futuro revelado nas visões começava a ser reescrito.

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