março 10, 2006

Capítulo 180 – 6º Dia – Terrível constatação

Capítulo 180 6º Dia Terrível constatação

A longa jornada até Darkwood finalmente se encerrou na manhã do dia 23, um valag. O grupo de viajantes adentrou na pequena vila, sem saber se seu amigo Legolas estava vivo ou morto. Eles confiavam em Yczar, por isso não perderam tempo e correram até a casa do antigo curandeiro, acreditando que ainda havia tempo para salvar Legolas.

A pequena Laura os recebeu com espanto. Não esperava vê-los ali, mas ficou feliz ao saber que ainda havia uma esperança de salvar Legolas. Após receber os heróis, a pequena elfa começou a contar tudo o que aconteceu no dia em que Elenindow matou o seu avô.

_ Eu estava com meu avô em casa, quando bateram na porta! A pessoa devia estar com muita pressa, pois bateu nela muitas vezes, como se estivesse desesperado! Meu avô foi atender e viu que era o Elenindow quem estava chamando! Ele tentou falar alguma coisa para o meu avô, mas eu não entendi nada do que ele dizia. Parecia que ele estava com a língua queimada, pois falava tudo enrolado. Meu avô começou a discutir com ele, dizendo para ele ter mais respeito, já que ele sempre foi muito malvado quando morava aqui em Darkwood. Ele se sentou no chão mandado pelo meu avô, mas ainda assim ficava falando e gesticulando! Meu avô então me mandou entrar e pegar um frasco de poção para ele e ficou na porta com o rapaz. Quando eu cheguei com o vidro...ele estava com a espada fincada no meu vovozinho! Meu avô caiu sangrando. As pessoas que assistiam ficaram horrorizadas e então chegou o senhor Lanell. Ele, o avô do Legolas foi na direção do Elenindow, mas o Elenindow se virou e cravou a espada no peito dele. Depois disso, as pessoas começaram a jogar pedras e a xingar Elenindow. Ele fugiu pro lado da nossa horta. Depois disso, o Legolas chegou, os dois lutaram e Elenindow perdeu. Isso é tudo que eu sei. – disse a menina entregue às lágrimas.

_ Laura, que poção era essa que você foi buscar naquele dia? – perguntou Nailo.

A menina foi até o interior de sua cabana e retornou com um frasco com um líquido transparente em seu interior. Laura disse que não sabia para que servia aquele líquido, deixando uma grande dúvida pairada no ar. Os heróis olharam para aquele vidro se perguntando o que conteria ali dentro. Foi então que Anix se lembrou do laboratório que recebera de Draco quando o derrotaram. Os heróis correram até a casa de Nailo, onde seus animais e pertences estavam guardados. Rapidamente, pegaram seus cavalos com todo seu equipamento e retornaram para a casa de Laura. Lá, Anix iniciou a análise da misteriosa poção.

Enquanto Anix analisava o líquido com seu laboratório, os outros continuaram conversando com Laura, tentando descobrir mais algum detalhe que pudesse ajudá-los. Após uma longa conversa, eles finalmente lembraram de olhar o lugar onde a poção ficava guardada.

Laura os levou até o armário de seu avô. No meio das prateleiras empoeiradas, cheias de frascos, ela apontou o lugar onde o vidro estava. Nailo começou a olhar os frascos ao redor e viu que todos os que tinham rótulos eram antídotos para algum tipo de veneno. A informação foi passada para Anix que, com uma pista para investigar, teve seu trabalho facilitado.

_ Laura! Depois que o Elenindow fugiu daqui da sua casa, para onde ele foi? – perguntou Batloc.

_ Ele correu na direção da plantação! – respondeu a menina.

_ Você poderia nos levar até o lugar exato onde ele estava quando o Legolas chegou para lutar contra ele? – pediu gentilmente o genasi.

_ Sim, claro! – respondeu a pequena conduzindo-os para fora da casa.

Enquanto Anix examinava a poção, o restante do grupo foi até o local da luta de Elenindow e Legolas. A menina apontou uma árvore debaixo da qual, segundo ela, Elenindow estava sentado quando Legolas apareceu.

_ O que são essas plantas em volta da árvore? – perguntou Batloc.

_ São as ervas que meu avô cultivava para fazer remédios! – respondeu Laura.

_ Pessoal, descobri! – gritava Anix, que chegava ao local – Era um antídoto contra veneno poderoso, capaz de paralisar e até matar uma pessoa. Verme da carniça, ou lótus negra talvez!

_ Então, Elenindow veio até aqui para pedir um antídoto ao avô de Laura. Como não recebeu o remédio, ele o matou e correu até esse lugar para procurar entre as ervas medicinais alguma que pudesse neutralizar o veneno! – raciocinou Batloc.

_ Por isso que ele tinha marcas de arranhões pelo corpo como disse o Legolas. Algum bicho deve ter atacado ele na floresta e ele ficou envenenado! – completou Nailo.

_ Ou então... – Batloc emudeceu, perdido em seus pensamentos.

_ Então o que Batloc?­ – perguntou Anix.

_ Ou então, tudo o que Sunil disse era verdade! Legolas envenenou Elenindow para poder matá-lo com facilidade! – gritou Batloc, levando a mão à cabeça. – Yczar precisa saber disso logo!

Batloc montou em Luar e saiu em disparada, rumo à estrada fora de Darkwood. Os outros tentaram impedi-lo, mas não foram capazes. O ciclo se fechava finalmente. Conforme as evidências mostravam, Legolas era de fato um assassino sujo que envenenara um homem regenerado apenas para matá-lo e satisfazer seus desejos de vingança.

Os heróis prepararam seus cavalos para a jornada de volta, enquanto Nailo procurava em vão por pistas da possível batalha travada por Elenindow com algum animal venenoso, a base de sua teoria. Sem encontrar nada que pudesse desmentir as conclusões de Batloc, o grupo se pôs na estrada para tentar alcançar o genasi antes que ele complicasse ainda mais a situação de Legolas.

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