março 13, 2006

Capítulo 183 – Enfim, paz

Capítulo 183 Enfim, paz

Os heróis saíram do tribunal felizes! Legolas escapara da forca, graças à ajuda de seus amigos, especialmente Sam, o bardo. Foram comemorar. Na estalagem, todos beberam e comeram, brindando a vitória obtida e o prenúncio de dias felizes e tranqüilos. Embora o serviço militar fosse separar Legolas de sua amada durante mais um ano, parecia que todas as dificuldades finalmente teriam um fim.

Dois dias depois, o capitão Ron Fumir foi a julgamento pelos seus crimes. Sem a proteção de seu anel mágico, confiscado por Sam, o oficial não resistiu às magias dos clérigos de Khalmyr e confessou sua culpa. O capitão assumiu o assassinato de Elenindow, o roubo do ouro e a armação para incriminar Edgar, fazendo-o levar a culpa pelo roubo das jóias do general e pelo roubo do ouro. Seus soldados tomaram coragem e denunciaram os maus tratos recebidos pelo capitão, além de outras infrações. Ron Fumir encabeçava uma rede de corrupção dentro do exército, envolvendo várias pessoas, inclusive um dos soldados que conduzia Gorosh de volta à cela e facilitou a fuga do grupo de Legolas. Entretanto, esse soldado denunciou a fuga com o único objetivo de se auto promover, mas foi desmascarado. Ron Fumir também estava envolvido com prostituição, e promovia orgias particulares no quartel.

Ficou decidido que o capitão era perigoso demais para continuar em Arton, decisão agravada pela morte de algumas mulheres, com as quais o capitão teve envolvimento. Já que as mulheres em Tollon sempre foram demasiadamente valorizadas, matá-las era o pior crime que se poderia cometer naquele reino. Assim, Ron Fumir foi condenado à forca.

Não tiveram mais notícias do misterioso homem que os fez cair no sono profundo, quando estavam em Darkwood, nem dos companheiros de cela de Legolas. Sunil, entretanto, foi se desculpar pessoalmente com Legolas e os outros heróis, agradecendo a Sam por ter lhe mostrado a verdade. Sunil aproveitou a ocasião para deixar as instruções para Legolas se apresentar ao exército. Já que ele iria para Darkwood, seria melhor ele se apresentar em Follen, por ser mais próxima de Darkwood, no primeiro dia do mês seguinte, logo após o dia da alegria. Lá, um pequeno destacamento do exército o estaria esperando, para levá-lo até o forte Rodick, onde ele cumpriria sua pena. Seus amigos, é claro, estariam com ele e também poderiam ingressar no exército durante o período em que Legolas estivesse cumprindo pena. Edgar também foi ao encontro dos heróis, agradecer ao bardo pela ajuda. O ex-soldado se despediu de todos, e partiu de volta para sua vila natal, para sua família.

Com tudo finalmente resolvido, faltava apenas cuidar dos preparativos para o tão esperado casamento de Legolas e Liodriel. Assim, cada um saiu pelas ruas de Vallahim em busca de roupas apropriadas para o evento e presentes para os noivos. Assim, eles passaram os dias na capital, trocando os tesouros encontrados por dinheiro, e comprando coisas para o casamento. Squall e Nailo aproveitaram o tempo que tinham para procurar por algum representante de Thyatis, o deus da ressurreição e da profecia. Procuravam alguém com poderes suficientes para trazer de volta à vida o seu grande amigo Loand, morto em combate por um ogro, dentro da montanha de Durgedin. Infelizmente, a busca dos dois foi infrutífera e Squall teve que manter o dedo do amigo morto mais algum tempo consigo.

Após alguns dias, Anix partiu até o santuário onde estavam Enola e Silfo. Com a permissão de Allihanna, a ninfa pode se ausentar por alguns dias para prestigiar a união de seus amigos. Assim, numa manhã de morag, no dia 20 de Exinn, os aventureiros finalmente chegaram de volta a Darkwood.

Lá, uma bela surpresa os aguardava. As casas da vila já estavam praticamente reconstruídas, graças à ajuda dos soldados do exército que permaneceram na vila para proteger e ajudar os moradores. Descobriram que os dois mensageiros que haviam partido em busca de ajuda, dois dias antes do grupo chegar na vila pela primeira vez, tinham encontrado o exército e o levado na direção da vila. Os soldados se encontraram na estrada com o restante dos moradores que fugiam para Follen, enquanto os heróis rumavam para a forja de Durgedin, para resgatar Liodriel, Draco e os outros. O exército também contava com a ajuda de samaritanos de alto nível. Esses conjuradores, especializados em curar ferimentos, cuidaram de Nevan e do pai de Legolas, que já estavam completamente recuperados quando o grupo retornou.

Mas, nem tudo era alegria naquele dia. Os pais de Draco, Isaulas e os outros, quiseram saber do paradeiro de seus filhos. Tristes, os jovens estavam prestes a contar o trágico destino dos rapazes, quando Sam interferiu.

_ Deixem que eu lhes conte dos feitos heróicos de seus filhos! – o bardo reuniu todos no salão de reuniões da vila e, ao som doce de seu alaúde, começou a cantar as aventuras que tiveram dentro de Khundrukar. Sam contou todos os perigos que enfrentaram dentro da montanha do dente de pedra. Narrou a morte de Loand de uma forma que ninguém ficasse triste com a perda do paladino, que havia dado sua vida heroicamente para que seus amigos pudessem prosseguir em frente. Narrou sua morte e sua ressurreição graças a Allihanna, o sacrifício de Nailo para tentar salvá-lo, e a vitória de seus amigos sobre Kaarghaz para vingar sua morte. O perigo dos orcs, dos stirges, dos gricks, do estrangulador, dos duergar, o encontro com os espíritos dos anões, os mortos-vivos, Idalla, as visões do futuro, tudo foi narrado de forma poética pelo bardo. A batalha final contra Escamas da Noite foi alterada pelo menestrel. Ele exaltou a coragem de Draco e seu grupo, transformando-os em heróis que perderam suas vidas heroicamente para salvar a vila e impedir que a dragonesa retornasse para destruí-la. Segundo a versão de Sam, Draco estava sob controle mental de Escamas da Noite, impedido de raciocinar com livre arbítrio. Isaulas e os outros morreram em combate com o monstro, para impedi-lo de voar para Darkwood, enquanto Draco foi capturado e hipnotizado. Sam exaltou as atitudes do grupo, minimizando a traição de Draco e o destino trágico dos outros. Draco, fora morto por Escamas da Noite, não pela flecha de Legolas, ao despertar e dar suas armas para que os amigos derrotassem a dragonesa. Além disso, a aparição de Glórien, contada de forma épica pelo bardo, fez com que os pais se conformassem com a perda dos filhos. Sabiam que eles estavam em paz ao lado da deusa dos elfos, e se sentiam felizes com isso. Dessa forma, o bardo impediu que a tristeza tomasse conta de todos pelas perdas dos filhos de Darkwood. Estava criada uma nova canção, que percorreria todo o reinado. Uma saga heróica à qual Sam deu o nome de “A forja da fúria”.

Ao pôr-do-sol, um enterro simbólico foi feito para Draco e os outros. Um monumento foi erguido no cemitério, um obelisco com os dizeres “Homenagem a Draco, Isaulas, Saudriel, Celilmir, Arwind, bravos heróis de Darkwood que deram suas vidas pelo bem e pela salvação de seus pais e amigos. Seus nomes e seus feitos jamais serão esquecidos. Mesmo tendo perdido a vida, viverão sempre em nossos corações. Estejam com Glórien! Morag, 20 de Exinn, 1397 C.E.”. Lucano fez uma cerimônia, abençoando o obelisco e orando pelas almas dos falecidos.

Tudo estava em harmonia. Apesar da perda de Draco e os outros, os moradores estavam em paz. Os heróis entregaram aos pais de Draco e dos outros parte do tesouro que coletaram, cumprindo assim a promessa que fizeram a Draco e encerrando de vez essa saga. Após isso, na manhã seguinte, começaram os preparativos para o casamento de Legolas e Liodriel, enterrando as tristezas passadas e anunciando uma nova era de alegria e felicidade para todos.

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