março 10, 2006

Capítulo 181 – O traidor

Capítulo 181 O traidor

O grupo prosseguiu em sua jornada de volta a Vallahim. Alcançaram Batloc no meio do caminho. O genasi se desculpou por ter partido tão apressadamente e reconheceu que se precipitou. Mesmo assim, todos sabiam que Yczar deveria saber dos fatos o mais rápido possível.

Assim, onze dias após partirem, os heróis finalmente chegaram de volta a Vallahim, no dia 28 de Weez, um morag. Yczar lhes contou que Legolas seria julgado pelo roubo do ouro. Todos ficaram surpresos ao saber da estranha novidade, mas ficaram felizes por saber que Legolas ainda estava vivo. Contaram a Yczar tudo que haviam descoberto, e Laura confirmou toda a história ao paladino. Foram conversar com Legolas e contar a ele as descobertas. Legolas continuou afirmando que não tinha envenenado Elenindow e que tinha tido uma luta justa com ele. Seus amigos acreditaram em sua palavra, mesmo que as evidências apontassem o contrário. Tentaram ainda reunir algo que pudesse livrar Legolas da acusação do roubo do ouro, mas nenhum fato novo surgiu para ajudá-los. Assim, os dias passaram, Weez terminou e um novo mês teve início. Então num lanag, o 3º dia de Exinn, o mês dedicado a Leen, o deus da morte, também conhecido como Ragnar entre os goblinóides.

Todos entraram novamente no tribunal. Legolas estava sentado à direita, junto de Yczar, no banco dos réus. Batloc e os demais ficaram logo atrás, na platéia. Na esquerda, ficavam os jurados, separados do restante das pessoas, capitão Ron Fumir e outros soldados na platéia e Sunil, Edgar e o misterioso advogado sentados lado a lado na mesa da acusação. O advogado manteve o rosto baixo o tempo todo, ocultado por um chapéu de três pontas, até o juiz anunciar o início do julgamento.

Nurin Ironhand entrou no tribunal, anunciado por um dos auxiliares presentes. O anão passou entre os presentes, despertando respeito e até admiração por parte de alguns. Aquela figura pequenina, de cabelos grisalhos, deveria ter grande importância no local. O juiz assumiu seu lugar na tribuna, pedindo silêncio com suas marteladas irritantes, e deu início ao processo.

­_ Ao 3º dia sob Exinn, às dez horas da manhã, damos início ao julgamento do réu Legolas Greenleaf! O referido réu é acusado do assassinato do tenente Elenindow Ruran, e do roubo do ouro que estava sob custódia do real exército de Tollon, desaparecido no dia 21 de Áurea do ano de 1396! O réu já havia sido contenato...digo condenado pelo crime de assassinato e seria enforcado no dia 20 de Weez do presente ano! Entretanto, a promotoria, que representa o real exército na acusação contra Legolas, descobriu novas evidências que ligam diretamente o réu ao caso do ouro roubado e pediu reabertura do processo! Para iniciar o processo de julgamendo...digo, julgamento, chamo o senhor advogado de defesa! – disse o juiz, ainda trocando palavras.

Yczar se levantou, estranhando o fato de ser o primeiro a falar, ao invés da acusação, como era de costume. Fez sua defesa, alegando a inocência de Legolas no caso do ouro roubado, e exaltando os feitos heróicos do arqueiro, para minimizar sua pena pela morte de Elenindow. O paladino se sentou, e o juiz passou a palavra ao advogado de acusação. O homem se levantou, lentamente, tirou o seu chapéu da cabeça, finalmente revelando seu rosto. Depois se voltou para Legolas e os outros e os cumprimentou. O promotor que pedia a condenação de Legolas era ninguém menos que seu velho amigo, o bardo Sam Rael.

Nenhum comentário:

Postar um comentário