maio 26, 2005

Capítulo 45 - Jornada submarina

O rei se voltou para o grupo, falando e gesticulando, sem ser entendido. Então a fêmea disse alguma coisa e se aproximou dos heróis, falando e gesticulando com eles. Sua voz mudava de tom a cada frase dita, até que Sairf entendeu suas palavras quando ela falou em idioma Aquan.
A fêmea conversava com o mago, traduzindo cada palavra do diálogo com o rei. De forma semelhante, Sairf traduzia para seus amigos o que ela dizia.
Os sahuagins exigiam que os heróis devolvessem os tesouros que haviam roubado. De acordo com a mulher, os tripulantes do navio com uma carranca de baleia haviam roubado os tesouros sagrados dos sahuagins. Se eles não devolvessem os tesouros, seriam mortos. Quando Sairf traduziu as palavras da criatura, todos entenderam o que havia acontecido. O navio com carranca de baleia era o navio de Flat Nose. Ele e sua tripulação deveriam ter saqueado os tesouros dos sahuagins de alguma forma. Um dos piratas, Talin, confirmou a história, e explicou que Flat Nose havia conseguido algumas poções mágicas para respirar na água e havia roubado o tesouro das criaturas. Infelizmente, o tesouro estava dentro do navio quando ele afundou, e o navio agora estava desaparecido.
Sairf explicou a situação e se propôs a recuperar o tesouro para as criaturas. Mas o rei era irredutível, e quando soube que o tesouro estava dentro do navio, ordenou que os prisioneiros fossem executados. Sairf tentou dialogar, prometendo procurar pelo tesouro, mas, segundo o rei, o tesouro estava no fundo do abismo e não poderia ser recuperado. Por isso os prisioneiros teriam de morrer. Após uma longa discussão, o mago finalmente conseguiu um acordo. Eles iriam até o abismo recuperar o tesouro, e, se cumprissem a missão, poderiam viver como escravos pelo resto de suas vidas. Os heróis receberiam suas armas e teriam seis horas para recuperarem o tesouro, em especial a estátua sagrada do deus dos sahuagins. Se falhassem seriam mortos, isso se os perigos do abismo submarino não se encarregasse de eliminá-los. O soberano caminhou entre os prisioneiros, escolhendo três dos piratas, Nailo e Yczar como reféns. Os reféns foram enjaulados novamente. Aqueles que iriam em busca do tesouro teriam seis horas para retornar com os itens sagrados. A cada hora que se passasse, o rei mataria pessoalmente um dos reféns. Depois de cinco horas, todos os reféns já estariam mortos, e os heróis teriam apenas mais uma hora para retornarem com o tesouro. Se não o fizessem, seriam caçados pelos melhores soldados da aldeia, e mortos de maneira cruel. Rapidamente, Sairf e seus amigos, junto com dois piratas, pegaram seus equipamentos. A fêmea, uma sacerdotisa, conjurou sobre o grupo uma magia que os permitiria respirar fora das águas mágicas, o ar molhado. A magia duraria cerca de três horas apenas, então ela entregou ao grupo frascos com poções mágicas para prolongar a duração do efeito mágico. Também lançou sobre eles uma magia que lhes permitiria se mover livremente pelas águas, como se estivessem na superfície, durante um período de pouco mais de uma hora. O grupo também recebeu três bastões solares, para poderem enxergar nas profundezas, e partiu em direção ao abismo. Quinze soldados sahuagins os escoltaram até a fossa abissal. Todos foram até o local montados em tubarões. Diante da fenda submarina, os heróis desmontaram seus selakos e saltaram nas profundezas escuras. Os soldados ficaram no local, aguardando o retorno dos aventureiros, ou a ordem para caçá-los e eliminá-los. Os heróis desceram cerca de trinta metros mar abaixo, até que atingiram o fundo do abismo submarino. A pressão era esmagadora e as águas eram extremamente frias. Legolas acendeu um dos bastões solares, e eles partiram em sua jornada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário