março 02, 2005

Capítulo 18 - Dois corpos, a trajédia de Shimei

Lá chegando, deparam-se com a porta de entrada lacrada, mas os olhos élficos de Legolas percebem que os pregos e tábuas foram colocados ali recentemente. Com uma poderosa machadada, Tau arromba a porta e todos entram cuidadosamente. A não ser pela luz que invade o recinto através da porta arrombada, o ambiente está escuro e cheio de poeira no ar. A mansão, há muito abandonada, está semi destruída, há pedaços da laje espalhados pelo chão todo arruinado e sujo. Duas escadas laterais no fundo da sala conduzem à uma sacada muito alta no segundo piso. No centro dela, uma porta fechada conduz ao interior da mansão. No piso térreo, no centro da parede no fundo da sala, pode-se ver um corpo de uma criatura humanóide deitada diante da porta. Todos se preparam para lutar, e um calafrio percorre a espinha de Shihiro. Legolas se aproxima da criatura vagarosamente, todos o seguem de perto. È um homem, com a face voltada para o chão. Legolas vira o homem para cima e a tristeza e a ira tomam conta de Shihiro e seus companheiros. O homem é Son Gohan, e ele está morto.
Shihiro leva o corpo de seu antigo sensei até a saída da casa e o revista em busca de pistas que levem ao responsável pela morte de seu mestre. Porém, só encontra algumas poções de cura, além de uma cópia dos pergaminhos com o desafio, recebidos por Nobuaki.
Eles param diante da porta, em frente à qual o cadáver de Gohan estava. Nela há um pergaminho com a seguinte mensagem: “A travessia é a morte e somente os mortos atravessam; para a vida a travessia está fechada. Se os mortos que atravessaram para a vida forem mortos por uma lâmina atravessada, a travessia se abrirá para a vida.”. Feanor suspeita que eles só poderiam atravessar aquela porta quando vencessem os quatro desafios e matassem os quatro ronins. Entretanto, antes que ele diga alguma coisa, Tau se precipita e tenta abrir a porta. O jovem minotauro é fulminado por uma energia mágica misteriosa e cai morto no chão diante de seus companheiros.
Ao ver isso e compreender o que deduzir que Son Gohan teve o mesmo destino, o grupo abandona a casa levando consigo os corpos de Gohan e Tau para serem sepultados. Eles trancam a casa e vão até o templo Hoizon.
Pelas ruas da vila, as pessoas ficam curiosas ao ver o grupo carregando os dois corpos e, ao descobrirem que um dos mortos é Gohan, todos começam a acompanhar o grupo até o templo. No templo Hoizon, Nobuaki e os outros monges recolhem os corpos e os levam para o interior do templo para prepará-los para o enterro.
Assim, cerca de 30 minutos depois, o cortejo sai do templo com destino ao cemitério, acompanhado por quase todos os habitantes da aldeia. Tau Maximus e Son Gohan são sepultados com todas as honras que mereciam, especialmente Gohan que era uma pessoa muito querida em Shimei. O velho samurai era o guardião da cidade e todos os respeitavam e admiravam. O jovem clérigo de Lin-Wu Hyuma Sanada (humano, Cle 3 [Lin-Wu], LN), que espera ser tão sábio quanto os monges com quem divide o teto, abençoa os dois heróis falecidos.
Após o fim da cerimônia, as pessoas retornam para seus lares e seus afazeres, menos o grupo de heróis que permanecem no cemitério e decidem continuar as investigações. Nobuaki implora a Shihiro para que a morte de Gohan seja vingada. O jovem samurai, embora muito triste, não se deixa abater e jura por sua vida que irá puni o responsável pela morte de seu mestre.
Nobuaki retorna ao templo e, enquanto Shihiro presta suas últimas homenagens ao seu finado mestre, Legolas, Feanor e Mercurys andam pelo cemitério procurando pistas e planejando seus próximos passos. Eles se deparam com os túmulos dos samurais do antigo Daimyo, os Shiv-Ni-aki, abertos de dentro para fora e sem nenhum corpo dentro das covas.
Perplexos com o fato de novamente terem que enfrentar forças do além túmulo, os heróis se reúnem com Shihiro e decidem não perder mais tempo.
Feanor que estava de posse dos quatro pergaminhos de Nobuaki, suspeita que o local do primeiro desafio seja as ruínas do castelo que Wataru Aoagi construía para que ele e Akemi construíssem um lar após se casarem. Tudo o que os heróis sabem é que o bonzo Nobuaki matou Wataru para vingar a morte de sua filha Akemi, sem saber que o Daimyo era inocente. Na verdade, o verdadeiro assassino é Tamamaru Aoagi, filho de Wataru que nunca saía da mansão de seu pai e era desconhecido por todos da vila. A avó de Tamamaru vivia envenenado a mente do jovem contra seu pai, que ela considerava fraco e indigno. Tanto ela quanto Tamamaru não queriam que Wataru se casasse com Akemi, o que na visão dos dois seria uma desonra e uma falta de respeito com a memória da finada mãe de Tamamaru. Assim, Tamamaru cresceu arrogante e prepotente, visando apenas o poder. Ele usava os Shiv-Ni-aki para desafiar o aldeões, mas eles sempre esbarravam nos alunos de Nobuaki e eram derrotados. Assim, Tamamaru foi alimentando um ódio mortal para com Nobuaki. Quando sua avó faleceu e seu pai ficou livre do principal obstáculo entre ele e Akemi, Tamamaru descobriu que a moça era filha de seu maior inimigo e resolveu intervir. Ele marcou um encontro por carta com a jovem, assinando apenas o sobrenome da família. Isso fez com que tanto Akemi, quanto Nobuaki pensassem que o autor da carta era Wataru. O encontro era na cachoeira, local dos encontros românticos do casal, então Akemi ficou à espera de seu amado desnuda, pensando que o momento finalmente chegara. Ao vê-la, Tamamaru quis se apossar de seu belo corpo e acabou matando-a. Ele fugiu e covardemente se escondeu no porão da mansão, onde pode ver todos os Shiv-Ni-aki lutar até a morte contra os discípulos de Nobuaki, com exceção de Gohan, que não estava na vila naquele momento. Da batalha só restou o mestre, que lutou com Wataru sem saber da verdade. Quando o Daimyo foi vencido e estava prestes a morrer, ele revelou que não era o autor da carta mas sabia quem era. Porém, ele não teve tempo de revelar a verdade sobre Tamamaru para Nobuaki e morreu. Após isso, Nobuaki abandonou a espada, Gohan, com apenas 20 anos se tornou o guardião e protetor da vila, e Tamamaru fugiu de Shimei. Passaram-se 35 anos, Tamamaru creseu se entregou de vez o mal, tornando-se um sacerdote do deus da morte Ragnar e resolveu retornar para Shimei e assumir o posto de Daimyo que era seu por herança de seu pai. Para isso, ele primeiro precisaria se livrar de seu antigo inimigo, o agora bonzo, mestre Nobuaki. Para executar tal tarefa, ele convocou os Shiv-Ni-aki, transformando-os em seus escravos mortos-vivos, os Akuma. Ele enviou seus lacaios para pontos diferentes da vila e mandou quatro desafios para Nobuaki. O clérigo da morte fez da antiga mansão seu esconderijo e bloqueou porta com uma poderosa magia que só poderia ser dissipada quando os quatro shivars morressem, pois eles estavam ligados entre si e com a porta. Espalhou em volta da casa várias vinha assassinas para barrar intrusos que tentassem evitar a porta e aguarda ansioso pela notícia da morte de seu inimigo, ou pela oportunidade de eliminá-lo com suas próprias mãos, caso Nobuaki vença todos os desafios e entre na mansão. Os quatro guerreiros também não sabem da verdade, e estão lutando para defender a honra de seu antigo senhor que foi morto por Nobuaki e assim vingarem sua morte. Um desses guerreiros zumbis está de fato nas ruínas e aguarda pela chegada de Nobuaki ou de alguém que vá no lugar deste para defender a honra do bonzo. E é exatamente para esta cilada que os heróis se dirigem agora.

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