março 14, 2005

Capítulo 2 - A partida

Antes de deixar o porto, o elfo encontrou o falcão de seu amigo Anix, que trazia uma mensagem dizendo que Anix havia encontrado trabalho para todos. Seguindo o vôo do pássaro, Nailo rumou para encontrar os amigos.
Já de volta ao Macaco Caolho Empalhado, Nailo encontrou todo o seu grupo sentado em volta de uma mesa com outros três desconhecidos, discutindo as oportunidades de emprego encontradas.
_ Parem tudo, já sei para onde vamos! Encontrei um navio precisando de tripulação que oferece 100 tibares de ouro mais uma parte do tesouro que vamos procurar !– o desejo de procurar aquele tesouro era tanto que Nailo elevou o valor da recompensa afim de conseguir convencer seus amigos mais facilmente.
_ Oitenta tibares de ouro mais um tesouro?! Pode fechar o negócio! Quando vamos partir? – Legolas, visivelmente empolgado com a proposta, interrompeu Nailo para dar sua opinião.
Todos demonstraram muito interesse pela proposta do capitão Arthur, exceto Anix que receava em arriscar a vida numa caça ao tesouro em pleno mar negro. Ele preferia ficar em Malpetrim trabalhando na taverna, ou coisa parecida, sem correr riscos, ainda que ganhando menos dinheiro. Porém, suas dúvidas e as de todos os heróis se tornaram certeza quando Nailo mostrou-lhes a pepita dada pelo capitão do Lázarus. Estava decidido, eles iriam para o mar.
Com tudo resolvido, cada um foi cuidar de seus afazeres pessoais. O grupo de Zulil despediu-se dos novos marinheiros, prometendo torcer por Legolas no torneio de arcos na grande feira quando, e se, ele voltasse do mar.
Ansioso para iniciar a jornada, Nailo desejava partir antes das quatro horas da manhã, um pouquinho antes do sol nascer, segundo suas próprias palavras. A ansiedade do ranger provocou risos por parte dos demais. Assim, todos se separaram com as mentes cheias de sonhos e esperanças.
O resto do dia seguiu tranqüilo, sem incidentes. Os heróis aproveitaram o tempo que ainda tinham em terra para descansar e preparar seu equipamento para a jornada. Legolas ainda aproveitou para praticar sua mira atrás da estalagem, alvejando montes de feno e palha. Afinal, estariam de volta antes do torneio e ele queria vencê-lo a todo custo.
Durante a noite, enquanto o grupo dormia tranqüilamente, Legolas se divertia com uma das garotas que costumavam freqüentar a casa. Enquanto o arqueiro se enroscava nos braços da moça, experimentando prazeres indescritíveis, Anix também acordado, conversava com Rud sobre o emprego na taverna. Conseguiu a promessa de uma vaga de garçom quando a feira de Malpetrim começasse, época em que a quantidade de pessoas no estabelecimento aumentava drasticamente. Curioso a respeito da história de Petra Tipsh, a garota que trabalhava no local, decidiu conversar com a mesma, após a recusa de Rud em falar sobre o passado da moça.
Anix entrou na cozinha. Petra lavava pratos, e de um caldeirão no fogo saia um aroma delicioso que tomava todo o ambiente. Sem saber da deficiência olfativa da jovem, que a impedia de cozinhar qualquer coisa que pudesse ser aproveitada, Anix lhe fez um elogio pelo prato que estava sendo preparado.
Conversaram por um longo tempo. Petra contou-lhe sobre o acidente no laboratório de Vladslav, seu pai, sobre a morte de sua mãe, sobre o ofício de seu pai, a necromancia. A moça, apesar de tantos problemas parecia uma pessoa feliz. Anix também conheceu Tarso, um singelo esqueleto criado por Vlad, segundo as palavras da própria Petra. Porém, nem Anix, nem Petra sabiam da verdadeira identidade do singelo morto-vivo, nem seu papel nos acontecimentos que estariam por vir e que definiriam o destino de todo o mundo.
Já era quase madrugada quando Anix finalmente resolveu deitar-se. Despediu-se de sua nova amiga e recolheu-se ao seu quarto.
O Lanag amanheceu ensolarado e com uma brisa fresca soprando para o mar. Era um dia perfeito para navegar. Como prometido, os aventureiros levantaram-se antes do sol surgir no horizonte e rumaram para o porto. Era o dia 15 do mês de Salizz, dia em que teria início uma nova saga que tornaria aqueles jovens em grandes heróis.
Poucos minutos caminhando e todos estavam diante do Lázarus. Um navio a vela imponente com mais de vinte metros de proa a popa e outros seis de largura. Suas velas brancas como a neve das Uivantes agitavam-se ao vento, presas aos dois mastros. O capitão Arthur Tym deu as boas vindas aos novos marujos, apresentou-lhes o restante da tripulação, mais sete homens além deles mesmos e do capitão, e o navio zarpou rumo ao Mar Negro já com o sol forte em sua popa.
O capitão dava ordens aos homens ao mesmo tempo em que controlava o leme da nau. Todos o obedeciam sem questionar. O dia não ofereceu riscos aos marujos, porém quando a noite começava a se aproximar, uma tempestade pôs à prova as habilidades do capitão. Seguindo as instruções de seu comandante, sobreviveram aos ventos de 80 quilômetros por hora e às ondas gigantescas que jogavam o Lázarus de um lado para outro no oceano. Após sete horas de tormenta, o tempo se acalmou e todos puderam relaxar.
Sem perder a rota, seguiram viagem por mais cinco dias tranqüilos. O clima ajudou e o navio deslizou calmamente pelas águas avançando bastante em sua jornada.
Contudo, a manhã do dia 21 anunciava que aquele Aztag seria difícil. As nuvens anunciavam uma nova tempestade que não tardou a vir. Novamente as habilidades do capitão Arthur foram testadas. Pra felicidade de toda a tripulação, o capitão passou no teste. Mas não com nota máxima, pois a força dos ventos e das ondas desviou o navio da rota e eles teriam que gastar mais tempo do que o esperado para chegar até a ilha de Ortenko, onde um tesouro os aguardava.
A noite chegou serena, o capitão recolheu-se na sua cabine, os outros marujos também foram descansar, Anix e seus companheiros preferiram ficar mais algum tempo apreciando a brisa fresca do mar.
Quando o grupo preparava-se para dormir, Nailo, que ficaria com o primeiro turno da guarda aquela noite, viu criaturas se aproximando do navio rapidamente. Alertou seus companheiros. Todos ficaram atentos, armas em punho, esperando um possível ataque. Quando Legolas, do alto do cesto da gávea, tentou atingir uma das criaturas com suas flechas, elas desapareceram num rápido mergulho, para logo em seguida reaparecer no convés do navio, armadas com lanças prontas para atacar.
Eram quatro criaturas, de formato humanóide, que pareciam sapos. Homens-sapo, mas não pertenciam a nenhum tipo de licantropo, eram Kuo-toas, com dentes e lanças afiadas. A luta era inevitável.
Rapidamente Legolas subiu no mastro central e se posicionou no cesto da gávea com seu arco para dar cobertura do alto para os seus companheiros.
Sairf, armado de seu cajado, tentou um ataque contra um inimigo próximo, mas a criatura se esquivou do golpe e o contra-atacou, deixando-o severamente ferido.
Os inimigos avançaram contra os heróis. Nailo e Anix foram atacados quase que simultaneamente por dois dos monstros. Felizmente nenhum dos dois ficou ferido, assim como Lucano que defendeu o golpe de lança do outro inimigo que o atacava.
Nailo cercou um dos Kuo-toas com seu lobo, deixando a criatura sem chances de resistir aos ataques combinados dos dois. Em pouco tempo uma das criaturas tombou no convés do Lázarus. Anix tinha dificuldade para combater seu adversário, causando apenas ferimentos superficiais na criatura, mas como não sofreu nenhum ferimento, sua confiança não foi abalada. Lucano, com um poderoso golpe de sua espada abriu uma grande fenda nas costas de um dos inimigos que depois foi eliminado pela espada bastarda do paladino Loand. Sairf, muito ferido, lutava com dificuldades, auxiliado por seu familiar coruja. Suas magias minavam pouco a pouco a vida de seu adversário enquanto ele recuava para evitar os golpes do inimigo. Percebendo a situação de seus companheiros, e sem conseguir mirar direito devido ao balanço do mar, Legolas lançou-se no convés, deslizando por uma corda e passou a lutar corpo a corpo ao lado de seus amigos.
Com o reforço extra, as criaturas não resistiram por muito tempo. O último inimigo, cercado por todo o grupo, com exceção de Loand que dava o golpe de misericórdia num dos adversários caídos, não teve chances sequer de fugir para o mar, embora tivesse tentado.
A primeira batalha estava ganha e, embora Sairf e Nailo estivessem feridos, o desafio havia sido relativamente fácil. Mas este era apenas o primeiro de muitos outros que estavam por vir.

3 comentários:

  1. Anônimo8:47 PM

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