março 02, 2005

Capítulo 41 - Enfim uma saída

A jornada prosegue por um túnel não muito estreito. Várias pequenas grutas são superadas sem dificuldades, até que numa delas eles se deparam com um perigo incomum.
A câmara cheia de estalactites assusta o grupo que ainda tem o desabamento anterior na memória. Legolas avança primeiro, cautelosamente, observando o teto com atenção. Ele nota um emaranhado de teias de aranha entre as protuberâncias do teto, além de centenas de tarântulas desfilando por elas. Antes que o elfo possa esboçar qualquer reação, dezenas de aranhas despencam sobre ele e começar a devorá-lo vivo. O elfo tenta se defender como pode, mas enfrentar aquela quantidade de criaturas, ainda que diminutas, mostra-se uma tarefa extremamente difícil.
Jack joga um frasco de óleo para ajudá-lo. O frasco explode no chão à frente de Legolas que já havia largado a tocha acesa no chão.
Adrian e Jack correm circundando a câmara, mas são também são atacados por dezenas de aranhas que despencam do teto sobre seus corpos. O bárbaro, entretanto, consegue alcançar a saída do lugar, apesar das picadas venenosas que recebe.
Brazuzan tenta, com sua magia, adormecer as pequenas criaturas, mas falha. Ele, então, invoca um enxame de ratos para combater as tarântulas.
Legolas chuta a tocha na direção do óleo, se desvimcilha das aranhas que o cobrem e corre para o outro lado da câmara, junto de Adrian. Jack faz o mesmo assim que possível, restando três integrantes do grupo do outro lado da gruta. Os ratos de Brazuzan dão conta, sozinhos, de dois grupos de aranhas mas perecem ante os ataques do terceiro enxame. Mas isso é o suficiente para permitir que os três passem para o outro lado da gruta em segurança. O bardo é o único que recebe ataques das tarântulas, mas consegue superar o obstáculo.
Com todos juntos novamente, Jack pega de sua mochila uma corneta e a aponta na direção das aranhas. Com uma palavra de comando, a Corneta da Destruição emite uma onda sônica que derruba todas as aranhas no chão, inconscientes.
Todos aproveitam a chance e empurram, com seus escudos e lâminas, as aranhas que restavam na direção do óleo em chamas, incinerando todas as criaturas. Com a área livre de perigos, o grupo examina o local. Em meio a carcaças de aranhas, pedras e terra, eles encontram restos de corpos há muito falecidos, e junto a eles, uma grande quantidade de moedas de cobre e algumas jóias. Eles recolhem os tesouros encontrados como podem e fazem uma partilha de tudo o que acharam.
Param no local por alguns minutos para descansar ali. Seus corpos cansados e feridos e suas mentes abaladas pelos horrores da Tormenta diminuem a autoestima e a confiança do grupo. Exceto por Legolas e Feanor, todos ali eram estranhos uns para os outros. Mas eles partilhavam o mesmo destino, sem saber as razões para tal, e odiavam estar ali, juntos. Porém sabiam que para sobreviver naquele inferno, teriam que se aliar, embora não confiassem uns nos outros ainda. De outra forma, não haveria chance de escapar dali com vida. Era isso que os mantinha unidos e que impediam que as diferenças os fizessem lutar entre si. Ao menos, era isso que eles pensavam. Sem muito tempo para devaneios, levantaram-se e partiram túnel adentro, esperando que os perigos cessacem, ao menos por algum tempo.
Após várias dezenas de metros no interior da terra, chegam ao fim do túnel, que termina numa câmara de tamanho indefinido. Ninguém, nem mesmo os que conseguem ver na escuridão, conseguem avistar o outro lado da caverna. Liderados por Adrian, os jovens aventureiros começam a circundar o local, mantendo uma distância fixa das paredes, apenas o necessário para poderem vê-las e orientarem-se.
Encontram um túnel, no lado oposto à entrada da câmara. Adrian percebe que este túnel é inclinado no sentido da superfície. O bárbaro dá um grito, esperando que de lá surgisse uma nova ameaça para enfrentá-los. Entretanto, é a prórpia gruta que tenta dar fim às suas vidas.
O teto desaba, cobrindo-os de pó, pedra e pesar. Aos poucos, começam a se levantar e se recompor. Todos menos um. Brazuzan não resiste aos ferimentos e fica inconsciente à beira da morte.
O jovem e promissor bardo fica muito perto de encontrar-se com Tanna-Toh. Um enorme machado aproxima-se do pescoço do artista, mas sua trajetória é interrompida por Elver. O monge convence Adrian a não matar Brazuzan e se dispõe a carregar o menestrel até a saída.
Percebendo gravidade da situação, ele tenta a todos custo interromper a hemorragia no pescoço do bardo. A primeira tentativa só piora as coisas, mas ele não se rende e consegue estancar o sangramento.
Eles seguem pelo túnel desejando sair daquele lugar o quanto antes. Legolas vai à frente. O elfo vê que a passagem foi interrompida pelo desabamento, mas pequenas frestas de uma luz rubra enchem-no de esperanças. Era uma saída.
Todos cavam desesperadamente e desordenadamente. Legolas, mais tranqüilo que os demais, começa a remover as pedras retiradas pelos companheiros para fora do túnel, o que agiliza o trabalho do grupo. A escavação dura cerca de 40 minutos, assim, às 15:00h¸eles conseguem abrir uma passagem grande o suficiente para que saíssem de lá.
Novamente é Legolas que vai na frente. O arqueiro põe a cabeça para fora e percebe que, apesar de ainda estarem sob as nuvens da Tormenta, o limite da tempestade estava próximo, à cerca de 500m dali.
Ao receber o aviso do elfo, todos saem desesperados e correm em direção ao fim das nuvens rubras. Elver passa o corpo inconsciente de Brazuzan para Legolas, já fora do túnel.
Após uma corrida desesperada, todos conseguem sair da Tormenta, aliviados por estarem vivos. Sentem suas energias retornando e resolvem testar seu equipamento mágico para ver se o mesmo ocorrera com ele. Entretanto, parte dos itens de Elver, Brazuzan e Legolas fica permanentemente danificada pelos efeitos nocivos da Tormenta, e agora somente magias extremamente poderosas, como um Desejo, poderiam restaurar os seus itens.
Legolas procura por algo no equipamento de Brazuzan. Encontra vários frascos de um líquido verde-claro. Sua experiência lhe diz que são poções mágicas de cura. Ele prova uma da poções em si próprio e, ao comprovar seus efeitos, faz com que Brazuzan engula um dose do líquido, trazendo-o de volta à consciência.

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