março 02, 2005

Capítulo 33 - O covil

Lunag 3, Cyd, 1400 C.E. (12/05/1400)
O novo dia amanhece nublado e prometendo chuva. Porém, isso não assusta os heróis que partem bem cedo, às 7:00h, para enfrentar os dragões que raptaram seus amigos de Shimei.
Assim, cerca de 1 hora após eles partirem de Aniel, todos chegam à base da montanha que serve de morada para os dragões seqüestradores. Eles escalam a montanha e encontram dois túneis que conduzem ao seu interior. Decidem seguir o túnel da esquerda, confiando, como sempre, no julgamento do sábio Feanor.
Após avançarem dezenas de metros montanha à dentro, eles encontram uma bifurcação e se separam. Fildan e Legolas seguem em frente, enquanto Feanor, Mercurys e Shihiro investigam o novo túnel. Legolas e Fildan chegam à uma câmara muito grande e de solo arenoso. Um pouco afastado deles, um enorme Escavador abre caminho na parede da câmara como um mineiro devotado. A aberração olha para os aventureiros, mas não os ataca nem intimida, preocupando-se mais em escavar seus túneis. Legolas, sem pensar duas vezes, ataca a criatura com seu arco. Inicialmente o Escavador não dá importância ao elfo. Legolas, ignorando que o monstro não representa ameaça e não tem intenção de lutar, continua atacando com a ajuda de Fildan. Então, sentindo-se ameaçado, o Escavador revida e deixa os dois aventureiros à beira da morte. Por pouco Legolas não morre, e se não fosse pela ajuda de seu amigo druida, já estaria no reino de Glórien. Após apanharem muito, Fildan percebe que o monstro não quer lutar e alerta seu amigo elfo. Então, os dois resolvem deixar a criatura em paz e decidem procurar pelos demais.
Todos reúnem-se novamente na bifurcação e seguem pelo túnel da direita. Após algumas dezenas de metros, chegam a uma caverna muito grande, de formato circular. Seu teto está repleto de estalactites congeladas pelo frio das Uivantes. No chão, diversas carcaças de animais variados podem ser encontradas. Algumas são de animais grandes como cavalos, mas somente os ossos restaram destas criaturas. No meio das ossadas há, ainda, dejetos provavelmente dos dragões, além de estalagmites destroçadas pelo andar das feras. Vendo as carcaças, o grupo começa a procurar por objetos de valor no meio dos corpos humanóides. Porém, o que encontram são diversos ninhos com ovos compridos, semelhantes a ovos de insetos, agrupados nas bordas da caverna. Legolas se aproxima de um dos ninhos e quebra um dos ovos, acreditando tratar-se de ovos de dragão. Então, do meio das carcaças e dos dejetos, surge uma pequena horda de besouros gigantes enfurecidos com os invasores. As criaturas atacam sem piedade em defesa de seu território e sua prole. Shihiro transpassa um dos insetos com o Iaijutsu, dividindo-o ao meio. Mercurys enfrenta duas criaturas de uma vez só. No início ele leva vantagem, mas os besouros excretam uma secreção ácida que o deixa cego e em maus lençóis. Feanor e Legolas, lado a lado, atacam os inimigos à distância, abatendo-os com fogo mágico e flechas de madeira mágica. O jovem druida Fildan dá fim a um dos insetos com uma Esfera Flamejante e corre em auxílio a Mercurys. Com sua clava flamejante, ele abate um dos besouros que tentavam devorar o Rager. Shihiro se encarrega de eliminar o outro adversário de Mercurys, enquanto Legolas e Feanor dão cobertura a todos. Assim, com Mercurys salvo e todos de volta ao combate, os grupo de insetos não tem chance e sucumbe. Ao todo, 12 besouros são eliminados pelos heróis.
Agora ele tem dois caminhos a seguir, dois túneis de aspecto semelhante, um no quadrante norte e outro no quadrante leste da caverna. Feanor sugere o caminho da esquerda, mas Legolas e Fildan, com a surra que levaram do Escavador viva em suas memórias, dirigen-se para o caminho da direita, sendo seguidos pelos companheiros.
Assim, aravessam um curto túnel que termina em outra caverna, desta vez menor que as anteriores. Nesta câmara, várias carcaças de Besouros de quase 2m de comprimento podem ser vistas espalhadas por todos os lados, em meio a pedras e entulho. Percebendo que ali não é a toca dos dragões, eles resolvem retornar, ouvindo críticas do mago por não terem seguido sua opinião. Entretando, eles são surpreendidos quendo já estavam de saída. Da escuridão, um escorpião com quase 5m de comprimento surge impedindo a passagem para fora e os ataca. Com suas pinças, o monstro fere Shihiro e Fildan, sendo que este último ainda é golpeado pelo ferrão venenoso do inimigo. Por sorte, Fildan além de Druida é um anão, e graças ao seu sangue anão, consegue evitar os efeitos nocivos do veneno. Os heróis revidam o ataque com fúria. Mercurys circunda a criatura, desviando de seus ataques com cambalhotas e saltos, mostrando que o treinamento ninja que fez com Nobuaki foi de grande utilidade. Ele então flanqueia o inimigo com Feanor e o golpeia num ponto vital, causando um dano excepcional à criatura. Feanor, que está corpo a corpo com o escorpião, abre mão de suas magias e ataca com sua poderosa flanberge, exibindo a todos o resultado do seu treino com Nobuaki. Ele revela ser, além de um mago poderoso, um grande guerreiro, e arranca uma das pinças do inimigo com sua espada exótica. Legolas afasta-se e sobe em uma rocha para ficar em posição favorável e dispara uma chuva de flechas na criatura ao mesmo tempo em que os demais atacam a curta distância. Enfurecido pelo ferimento recebido, Shihiro saca sua espada usando sua técnica de Iaijutsu e com um golpe rápido como um raio, arranca o ferrão do escorpião, lançando-o ao ar enquanto o sangue e o veneno do animal jorram como uma cascata. O Samurai desfere outro golpe, mas a carapaça ultra resistente do inimigo detem sua poderosa espada. Fildan, muito ferido, afasta-se para curar suas feridas com sua magia. Agora, somente com uma de suas armas utilizável, o escorpião tenta agarrar Feanor, mas o mago-guerreiro rebate a ameaçadora pinça com a espada. Mercurys golpeia novamente o monstro por trás que começa a cambalear sobre as carcaças dos besouros que lhe serviram de alimento. Feanor dá o golpe derradeiro, cravando a lâmina curva da flamberge no corpo do monstro, que vai ao chão retraindo as patas e a cauda. Com a ameaça eliminada, os heróis param alguns instantes para descansar e curar os ferimentos. Já passa das 10:00h quando eles decidem seguir em frente e pegar o túnel da esquerda como Feanor havia sugerido antes.
Após atravessarem um túnel sinuoso, o grupo chega a uma nova câmara. Esta câmara tem o chão repleto de pedras e possui um odor picante de cloro. Encostada na parede a Oeste, há uma carcaça de cavalo semi-devorada. Ao lado dela, uma jaula enferrujada mantém uma bela elfa prisioneira. Entre a jaula e eles está um dragão verde com cerca de 5m de altura e comprimento proporcional da cauda ao focinho. As tochas iluminam o local e Legolas reconhece a refém. É Yelenia, sua noiva amada, por quem ele daria a vida. O dragão de apresenta como Gozkaviks, e exige que todos soltem as armas no chão em troca da libertação de Yelenia. Caso se recusassem ele mataria a pobre elfa com seu sopro ácido. Legolas se adianta e solta no chão suas armas, pedindo aos companheiro para que façam o mesmo. Ele então vai em direção ao dragão com as mão ao alto e orando a Glórien para que a deusa dos elfos protejesse a todos. Sem outra opção, Todos colocam as armas no chão e acompanham o arqueiro. Embora estivessem desarmados, todos confiavam no poder mágico de Feanor para virarem a mesa assim que Yelenia estivessem em segurança e, embora eles tivessem acabado de se conhecer, sabiam que podiam contar com a ajuda do druida anão também. Gozkaviks abre a jaula e agarra Yelenia com suas garra afiadas. Ordena que todos entrem na gaiola já corroída pelo tempo e pela umidade e a tranca. Colocando a elfa de volta no solo, ele ordena que ela vá embora sem olhar para trás. Porém, vendo sacrifício dos heróis, e principalmente do seu amado Legolas, ela dá alguns passos em direção à saída atenta aos movimentos do dragão. Assim que este se vira para a jaula, ela volta correndo, pega o arco e a aljava de Legolas e os joga para o seu noivo. Gozkaviks percebe a traição tarde demais, mas ainda assim ele golpeia Yelenia com sua cauda, arremessando-a contra a parede e deixando-a inconsciente no chão úmido e frio.
Enfurecido ao ver sua amada sofrendo, Legolas começa a atacar o dragão com suas flechas, enquanto Feanor se encarrega de destruir a tranca com seus Mísseis Incandescentes. Fildan lança uma magia no solo abaixo de Gozkaviks, fazendo brotar das rochas várias raízes que prendem o dragão, impedindo-o de se deslocar. Todos aproveitam a chance e correm até suas armas. Shihiro saca sua katana emitindo o místico Grito de Kiai, em conjunto com a devastadora técnica do Iaijutsu e abre uma enorme fenda no dorso de Gozkaviks.
Mercurys aproveita a impossibilidade de movimento do dragão e furtivamente golpeia-o abaixo do coração tingindo a lâmina de sua espada de sangue. Gozkaviks se livra das raízes que o prendiam e alça vôo. Os mais próximos tentam impedir o movimento do inimigo, mas seus ataques são em vão. Feanor aproveita a chance e começa a recitar versos em linguagem arcana, compreenssíveis apenas para ele, dentre os presentes. Uma pequena esfera é arremessada e corta o ar velosmente. A Bola de Fogo explode sobre o peito de Gozkaviks, iluminando toda a caverna com um brilho ofuscante. Enfurecido, Gozkaviks revida o ataque com seu sopro de vapor ácido, atingindo a todos. Ainda com os corpos queimando sob os efeitos do ácido, os heróis se espalham pela câmara e proseguem seus ataques sem hesitar. Duas flechas cortam o ar e sulfuroso em direção a Gozkaviks, mas somente uma delas atinge o alvo, cravando-se na asa esquerda do monstro. Legolas prageja ao mesmo tempo em que fildan lança balas de funda no inimigo, sem êxito. Busca uma posição onde possa mirar com sua besta. O virote atinge com precisão o pescoço de Gozkaviks. Tentando prever os movimentos do dragão, Mercurys se posiciona no campo de batalha, aguardando que a criatura desça para atacar. Outra Bola de Fogo explode em Gozkaviks, mas desta vez, ele se protege com suas garras e os ferrimentos são minimizados. O dragão então desce próximo ao mago e suas presas afiadas se cravam no corpo de Feanor. Uma das flechas de Legolas atinge o olho do dragão que se volta para atacar o elfo, mas é impedido por Shihiro e Mercurys. Suas espadas rasgam a carne dracônica quase simultaneamente, enviando Gozkaviks para o reino de Megalokk, o deus dos monstros. Fildan se encarrega de curar os ferimentos de Feanor e Yelenia. Legolas a leva até a caverna onde enfrentaram o Escavador, pois ninguém ousaria atacar aquele monstro poderoso e como ele era pacífico, sua amada estaria em segurança junto dele. O elfo svolta para junto de seus companheiros e após alguns instantes de descanso, o grupo segue sua jornada.
Vários metros montanha adentro, conduzem os heróis ao encontro com os dragões verdes. Após uma terrível batalha com apenas um deles, todos ficam se perguntando o que aconteceria se tivessem que enfrentar mais do que um ao mesmo tempo. Um calafrio percorre suas espinhas, um misto de frio e temor. A dúvida não tarda a ser respondida. Após alguns minutos caminhando pelos túneis da montanha, eles chegam a uma nova câmara. Muita sujeira cobre o chão desta gruta. Entre o entulho, e carcaças ainda frescas de animais do tamanho de ovelhas, pequenas escamas de dragão quebradas podem ser vistas. Subtamente, do meio das trevas, surgem 7 dragões verdes com mais de 2m de altura e comprimento que os cercam ameçadoramente. Os temores de todos tornam-se realidade, pois, embora ainda sejam filhotes, os dragões representam uma ameaça muito grande, principalmente pelo fato de estarem em bando. Sem proferir uma só palavra, os pequenos monstros atacam impiedosamente com seu vapor ácido, todos ao mesmo tempo. O vapor corrosivo danifica as armaduras e armas dos aventureiros, além de causar-lhes grandes ferimentos. Cercados pelos inimigos, eles não tem outra saída senão lutar com todas as suas forças. E assim eles fazem, para infelicidade dos dragões.

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