março 02, 2005

Capítulo 34 - A batalha sangrenta

A katana de Shihiro se desloca em direção ao pescoço de um dos dragões. O golpe rápido de Iaijutsu abre um profundo corte na garganta verde, cobrindo a espada com sangue. O segundo golpe é detido pela poderosas escamas da criatura que demonstra grande resistência. Flechas atravessam a caverna indo terminar sua trajetória no peito de outro inimigo. Legolas comemora o ataque bem sucedido. Uma explosão atinge três dos dragões de uma só vez, provando que uma Bola de Fogo pode ser uma grande aliada se usada com sabedoria. Após o ataque de Feanor, Fildan parte para cima de um dos monstros ainda chamuscados com sua clava flamejante atingindo-o em cheio no crânio. A lâmina larga de Mercurys vai de encontro ao corpo do alvo das flechas do arqueiro com violência. Aproveitando-se do impulso da corrida, o ranger-ninja consegue deixa a criatura bastante debilitada. Impossibilitador de usar seu sopro por algum tempo, os dragões filhotes contra-atacam corpo a corpo com presas e garra afiadas. Shihiro e Feanor são cercados por duas criaturas cada um. Apesar do poder defensivo de suas armaduras, ambos são gravemente feridos. Mercurys e Fildan sofrem danos menores e somente legolas escapa da voracidade das criaturas ileso. Shihiro termina de matar o dragão que havia ferido antes, mas seu segundo golpe erra o outro alvo que o atacou. Mais flechas cortam o ar, retirando a vida de um dos monstros. Feamor comemora o ataque de Legolas, ao mesmo tempo em que lança mísseis incandescentes nos adversários próximos e se reposiciona. Fildan e Mercurys cercam um dos inimigos e o atacam sem pena, deixando-o à beira da morte. As criaturas também continuam atacando por enquanto se defendem de espadas, flechas, magia e clava. A luta mantém-se equilibrada com cada herói enfrentando um dragão de cada vez. Feanor faz a balança pender para o lado de seus amigos ao evocar um urso negro e um búfalo de dentro de sua bolsa mágica. Com novos aliados em campo, os aventureiros levam vantagem e começam a vencer a batalha pouco a pouco. O primeiro dragão sucumbe pela katana do samurai cravada em seu peito. O mago reserva suas magias para mais tarde e arranca a cabeça de outro dragão com sua flamberge. Outro dragão cai morto cravejado de flechas de madeira negra. Os dois restantes cercados pelos heróis, morrem um vítima das garras do urso negro e outro a golpes de espada e clava desferidos pelo ranger-ninja e pelo druida anão. Os heróis então param para curar os ferimentos tendo em mente que só restava um dragão a ser eliminado. Porém, eles sabiam também que este seria o pior dos inimigos até enfrentados aqui. Sem poder perder tempo para comemorar a vitória, todos se levantam e vão ao encontro do último inimigo.
Caminham por muitos minutos, sempre atentos a armadilhas e inimigos, até que chegam à última câmara do complexo.É uma imensa e lúgubre câmara, guardada por uma dragoa verde com quase 10m de altura. Entulho e carcaças ainda frescas de cavalos tomam conta do piso. No fundo da câmara, sobre uma estalagmite gigante com 6m de altura, cerca 13 pessoas, incluindo uma elfa de idade avançada, equilibram-se com expressões de desespero. Na base da estalagmite, uma grande pilha de tesouros reluz sob a luz das tochas. Legolas reconhece sua sogra no meio dos reféns. Entretanto, antes que possa fazer qualquer movimento, a dragoa vocifera:
_ Malditos, o que fizeram com meus filhotes? Como chegaram até aqui?
_ Matamos todos! – grita Legolas levando carregando seu arco.
_ Não se preocupe, vamos mandá-la pra perto deles já já! – diz Shihiro em tom de desafio.
_ Liberte os reféns e não lhe faremos mal! Vamos esquecer tudo o que se passou! – Feanor demonstra confiança em suas palavras, tentando evitar mais uma batalha.
Todos se calam por um instante, aguardando a resposta da dragoa. Ela não os deixa aguardar por muito tempo, respondendo com palavras e ações:
_ Eu, Jazzeera, vou mastigar suas carcaças, vemes imundos! Vingarei a morte de minha prole! – a bocarra já aberta preparando o sopro.
O vapor de ácido toma conta do local, todos tentam evitar os efeitos da nuvem corrosiva em vão. Grande parte dos equipamentos fica inutilizado, e uma cratera é formada na parede da caverna pelo ácido. Jazzeera levanta vôo e paira sobre as cabeças de todos. O bater de asas dissipa o vapor ácido e todos iniciam os ataques.
Feanor se concentra proferindo versos arcanos. A Bola de Fogo explode em chamas ardentes no ventre de Jazzeera ao mesmo tempo em que as flechas de Legolas se cravam no pescoço da dragoa. Mercurys e Shihiro preparam suas espadas para atacar no solo quando a inimiga descesse, assim como Fildan e sua clava flamejante, afastando-se uns dos outros. A criatura balbucia palavras em idioma arcano e seu corpo é tomado por um brilho azulado que ilumina a gruta. Feanor reconhece a magia Agilidade Felina, mas antes que possa realizar qualquer cois, sente o peso do corpo da adversária. Jazzeera pousa seu corpo sobre o do mago que tenta defender-se com sua espada em vão. Mercurys, que estava mais próximo, tenta atingi-la, mas sua espada é detida pela poderosa pele coberta de escamas verde-escuras. Legolas e Shihiro sacam suas Azagaias de Trovão e arremessam-nas com força. As azagaias riscam o ar faiscantes e chocam-se nos flancos de Jazzeera, produzindo explosões violentas. Ao mesmo tempo, uma esfera de chamas com quase 2 metros de diâmetro desliza pelo chão indo de encontro ao corpo de Jazzeera. O ataque de Fildan, combinado com as azagaias, faz com que a dragoa se mova, retirando o peso que esmagava Feanor. Furiosa, ela revida. Recebendo dói golpes das poderosas garras de Jazzeera, Mercurys é arremessado contra a parede da câmara muito ferido. A cauda atinge Legolas, jogando-o próximo de Shihiro, e com suas asas ela golpeia o pobre Fildan que fica caído à beira da morte. Revés pior sofre o mago Feanor, que recebe os dentes da dragoa em seu frágil corpo. Por pouco o mago não tem o mesmo destino do druida. Ele recua, então, para se recobrar do ataque, afastando-se o máximo possível da ameaça. Legolas deposita toda sua força e sua energia em seu arco e atinge o rosto e um dos olhos da dragoa com sua técnica Flechas Infalíveis. O elfo ainda se prepara para uma possível evasiva. Shihiro corre na direção da besta para atacá-la, mas o tamanho avantajado, permite que ela alcance o samurai antes que ele desenbanhe a espada. A bocarra decorada com dentes afiados como facas se aproxima do samurai que se vê indefeso. Entretanto, Legolas que estava pronto para recuar, corre para auxiliar o amigo tentando tirá-lo do alcance da fera. As mandíbulas se fecham e o sangue jorra. O grito do elfo ecoa por todo o complexo subterrâneo indo até os ouvidos de Yelenia que entra em desespero. De um lado, o arco de Tollon tomba ainda inteiro. Do outro lado, o braço de Legolas, ainda vertendo sangue, encontra o piso pedregoso da caverna. Shihiro atônito vendo o sofrimento do amigo. O samurai grita num misto de fúria e coragem, cobrindo-se de uma força sobrenatural. Saca a espada numa velocidade nunca antes vista, quase incendiando o ar à sua volta. A lâmina tamuraniana se desloca levando com sigo o olho inutilizado pelo elfo e parte do crânio de Jazzeera. Sob o olhar angustiado de Mercurys que curava Fildan e de Feanor que curava a si mesmo com uma poção, a fera levanta vôo outra vez, urrando como um animal enlouquecido. Do alto ela inicia uma conjuração. Feanor atento às palavras mágicas grita pra que todos se segurem. A Lufada de Vento, voraz como um tufão, varre a caverna, arremessando o mago, o elfo e o samurai contra a parede, próximos ao druida que recobrava a consciência. Todos juntos num mesmo local, um alvo fácil para o sopro do monstro. Este pensamento percorre as mentes dos heróis que se preparam para o pior. Mercurys usa sua varinha para tentar amenizar a dor de Legolas, enquanto os outros tentam formar uma barricada com escudos e mochilas. O druida ainda lança sobra os amigos uma magia de proteção para aumentar as chances de resistir aos efeitos do ataque do monstro. Um cone de vapor ácido atravessa a caverna, confirmando as previsões dos heróis. O plano funciona, e com exceção de Mercurys, todos escapam quase ilesos do sopro de Jazzeera. O ranger, entretando não leva sorte e é atingido nos olhos, ficando parcialmente cego de um deles e perdendo toda a visão do outro. A dragoa voa para trás, ocultando-se na escuridão da caverna. Nem mesmo os olhos do elfo podem avistar o local onde a fera se escondeu. Todos aguardam impacientes pelo apacerimento da criatura. Feanor então lança uma bola de fogo, o mais longe possível para iluminar o local. A explosão revela a posição de Jazzeera. Porém, a dragoa já voava em grande velocidade em direção aos heróis. Ela pousa próximo do grupo e com sua cauda golpeia cada um com força suficiente para derrubar uma casa. Todos são derrubados ou arremessados contra a parede. Com a força do golpe, Feanor quebra uma das pernas, e Shihiro seu braço esquerdo, ficando com os ossos à mostra. Fildan cai sobre uma estalagmite, perfurando seu corpo. Legolas cai próximo a ele e percebe pelo sangue na boca do druida, que Fildan está com o pulmão perfurado. Tudo parece perdido, mas o olhar esperançoso e aflito dos aldeões que observavam tudo de cima da rocha, não os deixam perder as esperanças. O elfo se levanta. Ignorando a ausência de um membro, Legolas saca sua espada Nazil e ataca. O elfo cambaleia com pela perda de sangue, mas consegue deixar a espada cravada no olho restante da dragoa. Um grito gutural, expressão de dor e ódio, ecoa pela caverna. Todos aproveitam a chance criada pelo elfo e atacam em conjunto com suas armas. A katana rasga o dorso da fera de cima abaixo expondo suas entranhas. A espada larga é cravada bem no peito da fera, dividindo seu coração em dois. O focinho de Jazzeera explode e se incendeia com o poderoso golpe de clava. Cravada no crânio da fera, a flamberge põe fim aos planos e lembranças da dragoa. Assim, a dragoa verde Jazzeera, outrora soberana em seus domínios, vai ao chão, derrotada e humilhada por aqueles que ela considerava como inferiores. Entretanto não há tempo para comemorações. Mercurys saca sua varinha mágica e utiliza seu poder para curar seus amigos antes que todos morram. Todos recebem a cura mágica e as hemorragias são cessadas. No entanto, os danos foram muito grandes. Legolas está sem um braço, Mercurys quese não enxerga e Fildan não pode sequer respirar direito. Com certeza este seria o fim das aventuras para este heróico grupo. Mas ainda restava uma meta a cumprir. Eles tinham que levar os aldeões em segurança de volta a Shimei, só depois disso poderiam se dar o luxo de descansar. E assim o fazem. Feanor e Shihiro, em melhores condições do que os outros, resgatam os aldeões de cima da coluna de pedra um a um com a ajuda de uma corda. Dez minutos depois, todos estão no solo novamente. Os heróis então, recolhem o tesouro dos dragões e o colocam em três sacos grandes para transportar as riquezas para casa. Eles conseguem sair da caverna sem enfrentar problemas e retornam à superfície à salvo.

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